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Lavapés
Escola de Samba Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Sociedade Recreativa Beneficente e Esportiva Lavapés Pirata Negro (ou simplesmente Lavapés) é uma das mais antigas escolas de samba da cidade de São Paulo, sendo a mais antiga ainda em atividade, tendo sido fundada em 9 de fevereiro de 1937, tendo como cores oficiais o vermelho e o branco.
Já foi 7 vezes campeã do Grupo Especial, porém, com o passar do tempo, a escola não acompanhou a evolução das concorrentes e acabou rebaixada até parar no último grupo de desfiles da UESP. O atual presidente é o ator Ailton Graça, que assumiu a presidência da agremiação em dezembro de 2019.
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História
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Perspectiva
Tradicional Escola de Samba da capital paulista, localizada no Bairro da Liberdade, também próximo ao Bairro Cambuci, na Rua Lavapés, é a Escola de Samba mais antiga em atividade na cidade de São Paulo.[1] Foi fundada em 9 de fevereiro de 1937, após a ida de Madrinha Eunice em 1936 ao Rio de Janeiro, onde ela se encantou pela São Carlos, uma escola vermelha e branca, que hoje é a tradicional Estácio de Sá.
A Lavapés teve participação decisiva na oficialização do Carnaval Paulistano,[2] além de contribuir para a união de todas as Escolas de Samba, para garantir a propagação do carnaval. Também é atribuído a Lavapés a primeira Comissão de Frente Feminina de São Paulo.
É herdeira da forma de batucar paulistana, forma esta que nasceu em solo paulistano como o Tambor de Pirapora e as Batidas das Festas para Nossa Senhora do Rosário e para São Benedito, trazidos pelas mãos de escravos e ex-escravos. Madrinha Eunice, a fundadora da Lavapés, era assídua frequentadora destas festas.
Grandes nomes do samba desfilaram na Lavapés e de lá saíram para fundar escolas tais como Carlão do Peruche, fundador da Unidos do Peruche, José Jambo Filho, presidente da Vai-Vai, Germano Matias, tradicional intérprete do samba paulistano e Inocêncio Mulata, que refundou a Camisa Verde e Branco. Além disso, Seu Nenê, fundador da Nenê de Vila Matilde, era amigo chegado de Madrinha Eunice e com ela participava de rodas de samba.
Fatos e Datas
Décadas de 30 e 40
A Lavapés nasceu em uma região que era forte em desfiles de blocos e ranchos, o bairro da Liberdade. O local era refúgio de festas e gueto de sambistas dos mais famosos, um núcleo cultural, que ainda contava com salões de baile e a tradicional festa na Igrejinha de Santa Cruz, festa de negros e de sambistas como Madrinha Eunice.[3] O samba integrava diversas novidades e os desfiles de carnaval foram sofrendo inúmeras alterações. O carnaval na década de 30 na cidade de São Paulo ainda era dominado pelos grupos carnavalescos e cordões.
Década de 50
No início da década de 50, a disputa das escolas de samba da cidade foi unificada, esta acontecia na Praça da Sé, centro de São Paulo. A Lavapés conquistou os títulos de 1950 a 1953 e de 1956, ano em que o carnaval da cidade começou a ficar mais disputado, dividindo o título com a Nenê de Vila Matilde. Por volta de 1950, com a chegada de Popó, um sambista carioca que veio morar em São Paulo e logo se envolveu com a Lavapés, a escola inovou, implantando o Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira e a Comissão de Frente.
Foi por esta época que começaram a surgir também nos desfiles de São Paulo, os primeiros sambas de enredo (músicas que contavam a história que desfilava na avenida), feitos por compositores de cada agremiação carnavalesca e exclusivamente para o carnaval e seu desfile. Madrinha Eunice, Chico Pinga, Popó e Doca foram parceiros constantes até 1968. Na época os sambas eram chamados de samba-tema. Sendo o primeiro deles: “São Paulo Antiga.”
Década de 1960 e Oficialização do Carnaval de São Paulo
No ano de 1961, a Lavapés voltava a ser campeã, conquistando seu sexto título de melhor da cidade. Já em 64, a Lavapés ganha seu sétimo e até hoje, último título da elite do carnaval paulistano, voltando ao topo da cidade.
Após a luta de grandes sambistas paulistanos como Madrinha Eunice e Seu Nenê de Vila Matilde,[4] para o carnaval de 1968, foram tomadas uma série de medidas pelo prefeito da cidade Faria Lima, e a disputa do carnaval foi oficializada. A Lavapés ficou em 3º lugar nesse ano (numa disputa de 3 escolas), atrás de Nenê de Vila Matilde e Unidos do Peruche, o que se repetiu em 1969.
Década de 1970 e 1980
Em 1970[5] a Lavapés ficou em 4º lugar com seis escolas e em 1971 veio o primeiro rebaixamento, com um 7º e último lugar. Durante 3 anos, a Lavapés ficou no segundo grupo das escolas paulistanas, e só conseguiu o acesso em 1974, quando ficou com a 2ª colocação. No carnaval de 1975 a escola disputou pela última vez com as grandes do carnaval de São Paulo, e com um 10º lugar a escola foi rebaixada.
A Lavapés ficou entre 76 e 78 no grupo de acesso, até que sofreu mais uma queda. Passou o ano de 1979 no Grupo 1, sofreu mais uma queda, que a obrigou a passar os anos de 80 e 81 no grupo 2. Com mais uma queda em 81, a escola chegou ao grupo da Vaga Aberta, o último grupo do carnaval paulistano na época, e com um 11º lugar em 84, a Lavapés é retirada da disputa dos próximos três carnavais. Em 1987, a escola voltou a desfilar, e desde então vem oscilando entre os grupos inferiores do carnaval paulistano.
Atualidade
Em 2007, ficou em quarto lugar do Grupo 3 da UESP (o que equivale à quinta divisão do Carnaval Paulistano), sendo promovida para o Grupo 2.[6] Em 2010, ocorre a fundação do Marco Zero do Samba, projeto de autoria de Camilo Augusto Neto, atualmente diretor da UESP (União das Escolas de Samba Paulistanas).[7] Em 2015, vence um carnaval depois de 15 anos.[8]
Após a posse do ator Aíton Graça, em 2019,[9] a escola recebe a adição do segundo nome "Pirata Negro", em alusão ao projeto do ator. Além disso, ocorreu a mudança de local de ensaio para o Jabaquara, deixando a escola mais atrativa com incentivo cultural e financeiro.[10] Para o carnaval de 2020, trouxe como enredo "O mundo a partir da África e o tambor que faz gira girar", se sagrando campeã.[11]
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Segmentos
Presidentes
Diretores
Intérprete
Comissão de Frente
Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira
Corte de Bateria
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Carnavais
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Perspectiva
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Notas
- Empatada com Acadêmicos do Tatuapé.
Referências
- «Escola de Samba mais antiga da capital recebe homenagem». Câmara Mun. de São Paulo. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Dia da Escola de Samba é celebrado por agremiações de São Paulo». Srzd. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Conheça a história das escolas de Samba de São Paulo». Memoria.ebc. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Enfrentando racismo, ela fundou a escola de samba mais antiga de São Paulo». UOL. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Samba de resistência: A Lavapés, mais antiga escola em atividade, desfila no grupo 3 e tenta reviver os tempos de campeã em SP». Folha de S.Paulo. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Carnaval 2007 - Resultados». SASP. Consultado em 29 de maio de 2023
- «São Paulo tem seu Marco Zero do Samba». Estadão.com. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Carnaval 2015 - Resultados». SASP. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Ator Ailton Graça assume a presidência da Lavapés, primeira escola de samba de São Paulo». g1. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Ator Ailton Graça assume presidência da mais antiga escola de samba de São Paulo». Srzd. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Escola de samba comandada por Ailton Graça é campeã no Carnaval de São Paulo». Revista Quem. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Carnaval 2013 - Resultados». SASP. Consultado em 29 de maio de 2023
- Sasp. «Carnaval 2014». Consultado em 31 de maio de 2014
- «Carnaval 2017 - Resultados». SASP. Consultado em 29 de maio de 2023
- «Central do Carnaval 2019». SASP. Consultado em 25 de janeiro de 2019
- «Central Carnaval». SASP. Consultado em 25 de janeiro de 2019
- «Central do Carnaval 2020». SASP. Consultado em 17 de fevereiro de 2020
- Santiago, Tatiana (12 de fevereiro de 2021). «Após adiar carnaval em 2021, Prefeitura de SP anuncia cancelamento da festa neste ano». G1. Consultado em 28 de abril de 2021
- «Confira o resultado final do carnaval 2022». SASP. Consultado em 3 de junho de 2022
- «Carnaval 2022: veja a classificação final de todos os grupos da Liga-SP e Uesp». SRzd. Consultado em 3 de junho de 2022
- «Central do Carnaval 2023». SASP. Consultado em 19 de fevereiro de 2023
- «Agremiações 2024». UESP. Consultado em 15 de fevereiro de 2024
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