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Polypodiaceae

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Polypodiaceae
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Polypodiaceae é uma família de fetos, que inclui mais de 60 gêneros, divididos em várias tribos, contendo cerca de 1500 espécies, sendo a quarta maior família de plantas vasculares epífitas.[1] No entanto, a grande quantidade de homoplasias de caracteres morfológicos pode refletir em erros na filogenia do grupo.[1] A maioria dos taxa incluídos nesta família são epífitos (87% das espécies[2]), mas alguns são saxícolas e terrestres.[3] Se destacam por ser um grupo rico em espécies, diverso e abundante de epífitas vasculares nas florestas tropicais e subtropicais nos paleotrópicos.[1]

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Ilustação de Polypociaceae epífita
Factos rápidos Classificação científica, Subfamília/Tribos/Clades ...
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Descrição

Os caules dos gêneros incluídos na família Polypodiaceae variam entre erectos e rastejantes. As frondes são inteiras, pinatifendidas ou com diversos tipos de formas entre o partido e o pinado. Os pecíolos não têm estípulas e contém um ou dois feixes vasculares . Os rizomas são escamosos e geralmente rastejantes e dorsiventrais. Os esporos são redondos, reniformes e monoletos, sem clorofila na maturidade[1] armazenados dentro de um leptosporângio. Os gametófitos dessa família são filamentosos em forma de tira e, por serem tolerantes a dessecação, são de vida longa.[2]

Exemplos notáveis de fetos pertencentes a esta família incluem Pleopeltis polypodioides e Phlebodium aureum.[3]

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Distribuição

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Polipodiaceae apresentam vernação circinada

Estima-se que a família tenha se originado no Novo Mundo e passaram por diversos eventos de dispersão pelo Oceano Atlântico. Sua diversificação ocorreu em união à colonização de ambientes na Cordilheira dos Andes estando relacionada aos diferentes climas e fatores ambientais da região.[2] A maioria das espécies da família Polypodiaceae encontram-se em climas úmidos, com destaque para as florestas hiper-úmidas. Nas zonas temperadas, a maioria das espécies é epífita ou epipétrica.[3] São componentes importantes da vegetação tropical estando presentes em todos os domínios (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal) e estados brasileiros[2] sendo que 69 espécies são endêmicas do Brasil.[4]

Mais informação Estado, Nº de Espécies ...

Vale comentar que o número de espécies para cada estado é baseado na quantidade de nomes aceitos[4] e que dependem da quantidade de pesquisas sobre a família em cada região.

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Classificação

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Perspectiva

Análises recentes de filogenética molecular conduziram à divisão da família Polypodiaceae em 5 subfamílias e a inclusão de generos que em diferentes tempos foram integrados em outras famílias, incluindo as Drynariaceae, Grammitidaceae, Gymnogrammitidaceae, Loxogrammaceae, Platyceriaceae e Pleurisoriopsidaceae.[5] Na lista que se segue, os taxa assinalados com o prefixo "(=)" são considerados como sinonimos para a subfamília cujo nome precede, consideradas como taxonomicamente aceitos. Contudo, a equivalência atrás apontada, não implica que a subfamília contém todos os sinonimos do genero previamente considerado.

  • Subfamília Loxogrammoideae H.Schneid. 2011
(=) tribo Loxogrammeae R.M.Tryon & A.F.Tryon 1982
(=) família Loxogrammaceae Ching ex Pic.Serm. 1975
Esclerênquima (tecido de suporte) presente apenas nas raízes[6]
  • Géneros: Dictymia, Loxogramme
  • Subfamília Drynarioideae Crabbe, Jermy & Mickel 1975
(=) tribo Drynarieae Subh.Chandra 1982
(=) tribo Selligueeae (autor?)[6]
(=) família Drynariaceae Ching 1978
Combina fetos dos taxa Drynarioideae e Selligueeae
  • Géneros: Aglaomorpha, Arthromeris, Christiopteris, Drynaria, Gymnogrammitis, Paraselliguea, Phymatopteris, Polypodiopteris, Selliguea
  • Subfamília Platycerioideae B.K.Nayar 1970
(=) família Platyceriaceae Ching 1978
Frondes com tricomas estelados (radiando de um ponto central).[6]
  • Géneros: Platycerium, Pyrrosia
  • Subfamília Microsoroideae B.K.Nayar 1970 (como ‘Microsorioideae’)
(=) tribo Microsoreae V.N.Tu 1981
  • Géneros: Dendroconche, Goniophlebium, Kaulinia, Kontumia, Lecanopteris, Lemmaphyllum, Lepisorus, Lepidomicrosorium, Leptochilus, Microsorum, Neocheiropteris, Neolepisorus, Paragramma, Phymatosorus, Podosorus, Thylacopteris, Tricholepidium
(=) tribo Polypodieae Hooker & Lindley ex Duby (sensu Mabberley 2008)
  • Fetos não-gramitídeos
  • Géneros: Campyloneurum, Microgramma, Niphidium, Pecluma, Phlebodium, Pleopeltis, Pleurosoriopsis, Polypodium, Serpocaulon, Synammia
  • Fetos gramitídeos (incluindo a família Grammitidaceae)
  • Géneros: Acrosorus, Adenophorus, Calymmodon, Ceradenia, Chrysogrammitis, Cochlidium, Ctenopterella, Dasygrammitis, Enterosora, Grammitis, Lellingeria, Leucostrichum, Luisma, Melpomene, Micropolypodium, Oreogrammitis, Prosaptia (incluindo Ctenopteris), Radiogrammitis, Scleroglossum (incluindo Nematopteris), Terpsichore, Themelium, Tomophyllum, Xiphopterella, Xiphopteris, Zygophlebia
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Filogenia

Polypodiaceae é uma família dentro da classe das Polypodiopsida. O seguinte filograma mostra o relacionamento filogenético entre as subfamílias de Polypodiaceae[7]:

Polypodiaceae

Loxogrammoideae

Drynarioideae

Platycerioideae

Microsoroideae

Polypodioideae


Gêneros com ocorrência no Brasil[4]

Notas

  1. Sundue, Michael A.; Parris, Barbara S.; Ranker, Tom A.; Smith, Alan R.; Fujimoto, Erin L.; Zamora-Crosby, Delia; Morden, Clifford W.; Chiou, Wen-Liang; Chen, Cheng-Wei (dezembro de 2014). «Global phylogeny and biogeography of grammitid ferns (Polypodiaceae)». Molecular Phylogenetics and Evolution. 81: 195–206. ISSN 1055-7903. doi:10.1016/j.ympev.2014.08.017
  2. «Angiosperm Phylogeny Website». www.mobot.org. Consultado em 6 de novembro de 2019
  3. G. Panigrahi and S.N. Patnaik (1961), Cytology of Some Genera of Polypodiaceae in Eastern India, Nature 191, 1207 - 1208.
  4. Polypodiaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em:
  5. D. J. Mabberley (2008). Mabberley's plant-book: a portable dictionary of plants, their classification and uses. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 690. ISBN 9780521820714
  6. Schuettpelz (2008)[ligação inativa] Schuettpelz & Pryer "Fern pylogeny" in Biology and Evolution of Ferns and Lycophytes], ed. Tom A. Ranker and Christopher H. Haufler. Cambridge University Press 2008
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