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Mário Travassos

Militar e Geopolítico Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Mário Travassos
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Mário Travassos ComTE (Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1891 — Rio de Janeiro, 20 de julho de 1973) foi um marechal brasileiro.[1]

Factos rápidos Dados pessoais, Nascimento ...
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Biografia

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Era filho do General Silvestre Rodrigues da Silva Travassos e da senhora Maria José de Araújo Travassos, tendo se casado, em 1912, com Felismina Duarte de Oliveira Travassos.[1]

Ingressou na Escola Militar de Porto Alegre em 1908, sendo declarado aspirante a oficial em 2 de janeiro de 1911. Foi promovido a segundo tenente em 1915 e participou da Guerra do Contestado. Em 1920, ascendeu ao posto de primeiro tenente e, em 1925, a capitão.[1]

Seria ainda promovido a major em 1925, a tenente-coronel em 1933 e a coronel em 1941. Foi comandante do 8º Batalhão de Caçadores em São Leopoldo. Serviu no Estado-Maior do Exército em 1940 e foi instrutor da Escola de Estado-Maior em 1941.[1]

Em 1942 e 1943, comandou a Escola Preparatória de Cadetes do Ceará. Juntamente com o General José Pessoa, criou a Escola que seria a Academia Militar de Agulhas Negras.[1]

Comandou a Escola Militar do Realengo entre 9 de janeiro de 1943 e 28 de fevereiro de 1944. Em seguida, foi para Resende instalar o primeiro ano na nova Escola Militar de Resende, que comandou de 1 de março de 1944 até 27 de dezembro de 1945.[1]

Em 1946, foi promovido a general de brigada. Em 1947, foi comandante da 5.ª Região Militar, em Curitiba. Foi ainda Comandante do CAER em 1948 e Diretor de Ensino do Exército, onde realizou vários simpósios e seminários para reforma total do ensino na Força Terrestre. Em 1951, ascendeu a general de divisão e, em 1952, a general de exército. Foi transferido para a reserva e posteriormente promovido a marechal.[1]

Também participou da comissão que demarcou Brasília, juntamente com o Marechal José Pessoa.[1]

Foi autor de Projeção Continental do Brasil, um dos primeiros estudos sobre geopolítica feitos no Brasil.[2]

Foi também o primeiro presidente da Sociedade Pró-Livro-Espírita em Braille (SPLEB).

Em 5 de setembro de 1945 foi feito Comendador da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito de Portugal, sendo então Coronel.[3]

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Pensamento geopolítico

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Mário Travassos é considerado um dos principais pensadores da Geopolítica do Brasil, compondo um círculo seleto de autores coo Everardo Backheuser (1879-1951), Lysias Augusto Rodrigues (1896-1957), Golbery do Couto e Silva (1911-1987), Therezinha de Castro (1930-2000) e Carlos de Meira Mattos (1913-2007). Esse circulo de intelectuais compõe, em linhas gerais, o cerne do pensamento geopolítico das forças armadas brasileiras, sendo Mário Travassos um pioneiro neste campo.[4]

Travassos tem sua concepção geopolítica desenvolvida no livro Aspectos geográficos sul-americanos (1931), que teve as suas novas edições lançadas com o título Projeção continental do Brasil a partir de 1935. Interpretado pelos especialistas como o seu magnum opus, Projeção continental do Brasil foi complementado no ano de 1942 pelo livro Introdução à geografia das comunicações brasileiras.[5]

No trabalho de 1931, o autor avalia as possibilidades estratégicas para o desenvolvimento territorial do Brasil, cujo corolário seria o aperfeiçoamento da projeção do Estado brasileiro para a América do Sul. Tal melhoria deveria acontecer no sentido de mitigar a influência argentina sobre o Uruguai, o Paraguai e a Bolívia que deveriam passar a compor a esfera de influência brasileira. Travassos também percebe com preocupação a influência territorial que os EUA exercem na bacia do Rio Amazonas a partir de suas bases avançadas na América Insular. As referências elogiosas feita pelo autor aos mexicanos por conta de sua resistência ao expansionismo estadunidense na guerra de 1846 e as preocupações referentes ao imperialismo estadunidense põem Travassos como um autor anti-EUA.[6]

No livro de 1942, Travassos considera o problema da integração nacional e analisa as características morfológicas do território brasileiro e as opções para um plano de viação nacional cuja missão seria integrar o território nacional, com consequente fortalecimento do poder nacional brasileiro.[7]

Muito influenciado pela filosofia positivista, Travassos foi um dos principais nomes de uma geração de militares brasileiros preocupados com o desenvolvimento nacional e que viram na industrialização e na vertebração do território nacional as chaves para o desenvolvimento.[8]

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Referências

  1. «Marechal Mário Travassos» (PDF). Consultado em 24 de junho de 2021
  2. Saboya, André Nassim de. «O pensamento de Mario Travassos e a política externa brasileira». Revista de Geopolítica. 9 (2). ISSN 2177-3246
  3. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Mário Travassos". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de abril de 2015
  4. Mello, Leonel Itaussu Almeida (1997). «A geopolítica do Brasil e a Bacia do Prata». Consultado em 23 de julho de 2025
  5. Mello, Leonel Itaussu Almeida (1997). «A geopolítica do Brasil e a Bacia do Prata». Consultado em 23 de julho de 2025
  6. Martins, Marcos Antonio Favaro; Mello, Leonel Itaussu Almeida (2011). «Mario Travassos e Carlos Badia Malagrida: dois modelos geopolíticos sobre a América do Sul». Consultado em 23 de julho de 2025
  7. Martins, Marcos Antonio Favaro; Mello, Leonel Itaussu Almeida (2011). «Mario Travassos e Carlos Badia Malagrida: dois modelos geopolíticos sobre a América do Sul». Consultado em 23 de julho de 2025
  8. Martins, Marcos Antonio Favaro; Mello, Leonel Itaussu Almeida (2011). «Mario Travassos e Carlos Badia Malagrida: dois modelos geopolíticos sobre a América do Sul». Consultado em 23 de julho de 2025
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Precedido por
Álcio Souto

20º Comandante da Escola Militar do Realengo

1943 — 1944
Sucedido por
Augusto da Cunha Duque Estrada
Precedido por
-

1º Comandante da Escola Militar de Resende

1944 — 1945
Sucedido por
Aristóteles de Sousa Dantas
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