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MSNBC
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MS NOW (anteriormente MSNBC) é um canal televisão por assinatura estadunidense especializado em notícias, pertencente à divisão NBCUniversal News Group da NBCUniversal, subsidiária da Comcast. Foi lançado em 15 de julho de 1996, com sede no 30 Rockefeller Plaza em Manhattan, e transmite principalmente cobertura contínua de notícias e comentários políticos de tendência liberal.[1] Em agosto de 2025, foi anunciado que o canal passaria a se chamar MS NOW, sigla de My Source | News | Opinion | World (em português: Minha Fonte | Notícias | Opinião | Mundo), como parte de seu futuro desligamento da NBCUniversal.[2][3][4]
A MSNBC foi criada como uma parceria entre a NBC News e a Microsoft, tendo seu nome formado pela junção de MSN e NBC. A parceria incluía tanto o canal quanto o site de notícias MSNBC.com. A Microsoft vendeu sua participação no canal em 2005 e no site em 2012;[5] após isso, o site passou a se chamar NBCNews.com, vinculando-se mais diretamente à NBC News, enquanto o MSNBC.com tornou-se voltado exclusivamente ao conteúdo do canal e suas análises opinativas.
A MSNBC inicialmente priorizava a cobertura contínua de notícias, com reportagens mais longas, programas interativos e matérias enviadas pelas redações locais das afiliadas da NBC. No fim dos anos 2000, passou a dar destaque a programas de opinião, conduzidos por comentaristas de perfil liberal. Já em meados da década de 2010, diante da queda na audiência, a emissora retomou o espaço dedicado às notícias factuais e acrescentou programas apresentados por jornalistas da NBC News. Sob nova direção, a partir dos anos 2020, a MSNBC começou a reduzir gradualmente a dependência da NBC News e de seus profissionais, ao mesmo tempo em que voltou a expandir a programação opinativa em faixas como as manhãs e os finais de semana.
No primeiro trimestre de 2025, a MSNBC foi o segundo canal de notícias da TV por assinatura mais assistido, com média de 593 mil espectadores diários, atrás da Fox News e à frente da CNN. Nesse período, o programa The Rachel Maddow Show foi o único fora da Fox News entre os 15 mais assistidos.[6]
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História
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Perspectiva
1996–2001: Fundação e primeiros anos
MSNBC foi criada em 1996 a partir de uma parceria estratégica entre a NBC e a Microsoft. O executivo da NBC Tom Rogers desempenhou papel central na negociação, enquanto James Kinsella, executivo da Microsoft, presidiu o componente online, o msnbc.com. A Microsoft investiu 221 milhões de dólares para uma participação de 50% no canal, e ambas as empresas compartilharam os custos de um estúdio de 200 milhões de dólares em Secaucus, Nova Jersey. O canal sucedeu o efêmero America's Talking.[7]
O canal foi lançado em 15 de julho de 1996, com cobertura de notícias, entrevistas e comentários. Após os ataques de 11 de setembro de 2001, MSNBC passou a transmitir notícias contínuas de forma complementar à programação da NBC, aumentando seu perfil jornalístico. Nesse período, contratou diversos comentaristas e adotou o slogan “America's News Channel”.[8]
2005–2015: Consolidação e crescimento
Em dezembro de 2005, a NBC Universal adquiriu mais 32% do canal da Microsoft, consolidando seu controle sobre a operação televisiva. A MSNBC começou então a atrair maior público liberal e progressista, especialmente com o programa Countdown With Keith Olbermann.[9]
Em 2006, Dan Abrams assumiu como gerente geral e promoveu mudanças na programação do início da noite e do horário nobre, incluindo a estreia de programas como Tucker e MSNBC Investigates. Em setembro de 2007, Abrams deixou o cargo e a supervisão do canal passou para Phil Griffin, vice-presidente sênior da NBC.
Em 22 de outubro de 2007, MSNBC e NBC News começaram a transmitir de novos estúdios no complexo 30 Rockefeller Plaza em Nova Iorque, centralizando toda a operação de notícias. O antigo estúdio em Secaucus foi posteriormente ocupado pela MLB Network em 2009.[10]
Entre meados de 2007 e meados de 2008, a MSNBC registrou um aumento significativo em audiência nos índices Nielsen, com a audiência do horário nobre crescendo 61%.[11] A morte repentina de Tim Russert, em junho de 2008, deixou a emissora sem a pessoa considerada pelo The Wall Street Journal como sua "bússola", iniciando um período de transição.[12]
Durante a eleição presidencial de 2008, a cobertura política do canal, apresentada por Keith Olbermann, Chris Matthews e David Gregory, contribuiu para um crescimento de 158% na audiência nos três primeiros meses.[13] Olbermann e Matthews foram posteriormente afastados devido a críticas sobre comentários com viés à esquerda.[14] A MSNBC superou a CNN em audiência no horário nobre nos últimos três meses da campanha, na faixa etária chave de 25–54 anos.[14]
Em setembro de 2008, Rachel Maddow foi contratada para apresentar The Rachel Maddow Show, programa que se tornou um sucesso de audiência e competitivo em seu horário.[13][15]
No primeiro trimestre de 2010, a MSNBC superou a CNN em audiência no horário nobre e no total do dia, pela primeira vez desde 2001.[16] O canal manteve essa liderança ao longo de 2010, sendo o canal de notícias a cabo mais assistido entre espectadores afro-americanos e hispânicos.[17]
Em 16 de julho de 2012, a Microsoft vendeu sua participação no site MSNBC.com para a NBCUniversal, que rebatizou o site como NBCNews.com.[18] O NBCUniversal News Group foi criado em 19 de julho de 2012, sob a presidência de Pat Fili-Krushel, e atua como a divisão de notícias da NBCUniversal, reunindo as unidades NBC News, CNBC e MSNBC..[19]
Em 2014, a audiência da MSNBC na faixa etária de 25–54 anos caiu 20%, ficando em terceiro lugar atrás da CNN, mas manteve a liderança entre espectadores hispânicos e afro-americanos.[20]
2015–2024: Mudanças e aumento de audiência
Em 2015, Andrew Lack tornou-se presidente da NBC News e da MSNBC, determinando a redução de programas de opinião e o fortalecimento da integração com a NBC News. Phil Griffin iniciou a transição da MSNBC para uma programação de notícias mais tradicional, substituindo quase todos os programas opinativos diurnos por programas apresentados por jornalistas da NBC News, como Brian Williams, Jose Diaz-Balart, Chuck Todd e Kate Snow. O novo visual da rede estreou no final do verão de 2015.[21][22]
Entre 2016 e 2017, a MSNBC lançou novos programas como Dateline Extra, The 11th Hour with Brian Williams, For the Record with Greta (substituído por The Beat with Ari Melber) e Deadline: White House de Nicolle Wallace. O canal começou a valorizar mais a marca NBC News na programação diurna e passou a usar o slogan "This is who we are" ("É assim que somos").[23] Durante este período, a MSNBC alcançou pela primeira vez o topo da audiência no horário nobre, superando CNN e Fox News.[24]
Em dezembro de 2020, Rashida Jones foi anunciada como futura presidente da MSNBC, com planos de investir em documentários e diferenciar claramente notícias e análise.[25]
Em janeiro de 2021, a MSNBC atingiu sua semana de maior audiência após o Ataque ao Capitólio dos Estados Unidos em 2021, superando a Fox News pela primeira vez desde 2000.[26]
Em 29 de março de 2021, a MSNBC introduziu um logotipo e identidade visual renovados, incluindo a reformulação do bloco de notícias contínuas MSNBC Live para MSNBC Reports, com cada bloco trazendo o nome do âncora, seguindo o modelo do programa diurno Andrea Mitchell Reports.[27][28] Sob a liderança de Rashida Jones, a MSNBC reduziu a integração mais estreita com a NBC News, com algumas personalidades priorizando contribuições para o canal de streaming NBC News Now.[29]
Em julho de 2021, a MSNBC expandiu sua presença no serviço de streaming Peacock com o hub "The Choice by MSNBC", oferecendo programas originais de notícias e opinião com personalidades como Mehdi Hasan, Zerlina Maxwell e Sam Seder.[30]
Brian Williams deixou a rede no final de 2021, sendo substituído por Stephanie Ruhle em The 11th Hour. Rachel Maddow entrou em hiato prolongado, retornando em maio de 2022 para apresentar o programa apenas às segundas-feiras, com anfitriões convidados durante o restante da semana. Em 16 de agosto de 2022, Alex Wagner assumiu permanentemente o horário de Maddow com o programa Alex Wagner Tonight.[31]
Em março de 2022, foi anunciado o lançamento de um hub na Peacock para substituir "The Choice by MSNBC", oferecendo streaming sob demanda de programas, especiais e documentários.[32]
Entre 2022 e 2023, a MSNBC expandiu blocos de programas diurnos, lançou novos programas como Inside with Jen Psaki e promoveu ajustes em horários de âncoras, incluindo a rotação de apresentadores em All in with Chris Hayes e a substituição do horário de segunda-feira pelo Inside with Jen Psaki.[33]
Em janeiro de 2024, a MSNBC reformulou sua programação de fim de semana com o lançamento do programa em painel The Weekend, apresentado por Alicia Menendez, Symone Sanders-Townsend e Michael Steele.[34]
2024-presente: Cisão, reestruturação e MS NOW
Em 20 de novembro de 2024, a NBCUniversal anunciou a intenção de alienar a maioria de seus canais a cabo, incluindo a MSNBC, criando a empresa Versant.[35]
Em janeiro de 2025, The Rachel Maddow Show retornou temporariamente à programação semanal, enquanto Rashida Jones anunciou sua saída da presidência da MSNBC, sendo substituída interinamente por Rebecca Kutler, que assumiu oficialmente em fevereiro de 2025.[36]
Entre fevereiro e maio de 2025, Kutler promoveu mudanças na grade, incluindo o cancelamento de The ReidOut, Alex Wagner Tonight e The Katie Phang Show, e o lançamento de novos programas como The Weeknight e The Briefing with Jen Psaki. Blocos de MSNBC Reports foram ajustados e o painel The Weekend foi reformulado.[37][38]
Em 18 de agosto de 2025, como parte da cisão entre NBCUniversal e Versant, foi anunciado que a MSNBC seria renomeada para MS NOW, reforçando sua desvinculação com a NBC News.[39]
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Referências
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- PODER360 (18 de agosto de 2025). «TV de notícias "MSNBC" vai mudar de nome para "MS Now"». Poder360. Consultado em 19 de agosto de 2025
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