Em 1982, doutorou-se na Universidade de Lisboa (em Letras) com a dissertação Espontaneidade da razão: A analítica conceptual da refutação do empirismo na filosofia de Wittgenstein (editada em 1986 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda). Ocupou um cargo de Leitor de português nas Universidades de Oxford (1968-1971) e da Califórnia (Santa Bárbara, EUA; 1972-1975), leccionando depois (1976-1980) na Universidade do Estado de Indiana (EUA) e mais tarde (1983-1984) na Universidade de Innsbruck (Áustria). Foi ainda Fellow (1979-1980) no National Humanities Center (Chapel Hill, EUA). Entre 1999 e 2004 presidiu à Sociedade Portuguesa de Filosofia. A sua actividade de ensino foi quase exclusivamente preenchida com a divulgação da Filosofia da Matemática e da Lógica.
M. S. Lourenço, do seu casamento (1962-1987) com Maria Manuela Brito Bio Lourenço (1937-1998), professora de história e de filosofia no ensino secundário, foi pai de Frederico Lourenço (1963-), helenista, ensaísta e professor universitário, e de Catarina Lourenço (1965-), bailarina clássica; e, do casamento (1991-2009) com Sylvia Wallinger (1948-), foi pai de Leonora Wallinger Lourenço (1981-2001). Foi ainda detentor das seguintes Ordens: Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (4 de outubro de 2004)[1] e Cruz de Honra de I Classe da República da Áustria.
Após uma luta prolongada contra um cancro do maxilar, M.S. Lourenço faleceu em 1 de Agosto de 2009, na companhia dos familiares mais próximos.
Os degraus de Parnaso, 1991 (1.ª edição). Obra com a qual ganhou o Prémio D. Dinis da Casa de Mateus, em 1991.
Os degraus de Parnaso, 2002 (2.ª edição integral).
O caminho dos Pisões, 2009. A obra poético-literária reunida de M.S. Lourenço (preparada ainda em vida do autor) foi editada por João Dionísio para a Assírio & Alvim[ligação inativa]. Esta obra foi lançada no dia 28 de Outubro às 18h30, na sala 5.2 da Faculdade de Letras (UL); participantes: Fernando Martinho, Miguel Tamen e João Dionísio.
A tradução parcial (a primeira página) de Finnegans wake foi publicada na revista O tempo e o modo, nº 57/58, pp. 243-244. M.S. Lourenço aborda dois problemas acerca da tradução de Finnegans Wake: "Finnegans Wake em Português", 1969; in Colóquio/Letras, nr. 23, Jan. 1975 (aqui).