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Marília Pêra

actriz brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Marília Pêra
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Marília Soares Pêra (Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1943 — Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2015)[1] foi uma atriz, cantora e diretora teatral brasileira. Conquistou ao longo de sua carreira cerca de 80 prêmios, atuando em 49 peças, 29 novelas e mais de 20 filmes.[2]

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Biografia e carreira

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Filha do ator português Manuel Pêra e da atriz de ascendência italiana Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado dos pais, que integravam o elenco da companhia de Henriette Morineau.

Dos 14 aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre eles, Minha Querida Lady (1962), protagonizado por Bibi Ferreira. Segundo Marília, ela passou porque os diretores estavam procurando alguém que poderia fazer acrobacias, o que era raro naquela época.[3] Atuou também em outras peças como O Teu Cabelo Não Nega (1963), biografia de Lamartine Babo, no papel de Carmen Miranda. Voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo A Pequena Notável (1966), dirigido por Ary Fontoura; no A Tribute to Carmen Miranda no Lincoln Center, em Nova Iorque (1975), dirigido por Nelson Motta; na única apresentação A Pêra da Carmem, no Canecão, em 1986, e no musical Marília Pêra canta Carmen Miranda (2005), dirigido por Maurício Sherman.[4][5]

Em 1964, Marília derrotou Elis Regina num teste para o musical Como Vencer na Vida sem Fazer Força, ambas ainda desconhecidas do público na época.

A primeira aparição na televisão foi em Rosinha do Sobrado, na Rede Globo, em 1965 e, em seguida, em A Moreninha. Em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical, A Úlcera de Ouro, de Hélio Bloch.

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Marília Pêra e Francisco Cuoco em O Cafona, 1971. Arquivo Nacional.

Nos anos 60, chegou a ser presa durante a apresentação da peça Roda Viva (1968) de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês.[6] Foi presa uma segunda vez, visto que era tida como comunista, quando policias invadiram a residência, assustando a todos, inclusive o filho de sete anos, que dormia.[7]

Em 1969, conquistou grande sucesso no papel da protagonista do drama Fala Baixo Senão eu Grito, de Leilah Assumpção, com direção de Clóvis Bueno, primeira peça teatral da dramaturga paulista. Pela interpretação da complexa personagem Mariazinha, solteirona virgem que vive em um pensionato de freiras, Marília recebeu o Prêmio Molière e também o Prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), atual Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Seu futuro marido Paulo Villaça interpretou um ladrão que numa noite pula a janela do seu quarto com a intenção de roubar. Na conversa entre os dois, que dura a noite toda, a solteirona revela ao público e a si mesma suas frustrações.

Em 1975, gravou o LP Feiticeira, lançado pela Som Livre.[8]

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Marília Pêra, 1970. Arquivo Nacional.

Marília foi a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo atrair o público infantil para a difícil arte do monólogo. Além de Carmen Miranda, desempenhou nas telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek. A estreia como diretora aconteceu em 1978, na peça A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado.

Em 1992, apresentou o musical Elas por Elas, para a TV Globo. Ao lado da cantora Simone [9] e de Cláudia Raia tornou público o apoio ao candidato Fernando Collor de Mello,[10] nas eleições de 1989.

Em uma declaração feita ao programa televisivo Fantástico em 2006, devido ao sucesso de sua personagem Milu, na novela Cobras & Lagartos, Marília falou sobre sua carreira, revelando que não suportava contracenar com atores de mau hálito e chulé. Comentou que há muitos atores que não se preocupam com a higiene, sem citar nomes (uma indireta para seu par romântico na novela, Herson Capri). Marília afirmou que nunca se achou bonita e que sempre foi desengonçada.

Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, Polaroides Urbanas, de Miguel Falabella, no qual interpretou duas irmãs gêmeas.

Em 2009, foi escalada pela TV Globo para viver a hippie Rejane Batista na minissérie Cinquentinha, de Aguinaldo Silva. Após várias cenas gravadas, a atriz desistiu do papel, causando mal estar na direção da emissora. No lugar de Marília, entrou a atriz Betty Lago, que se encaixou perfeitamente no papel, sendo muito elogiada pela crítica. Algumas notícias que circularam na época afirmavam que o motivo para não querer seguir com a interpretação foi não se sentir à vontade com o papel.[11]

Em 2010, fez parte do elenco da série A Vida Alheia, de Miguel Falabella, na Rede Globo, como Catarina.

Em janeiro de 2013, ocorreu a estreia do seriado Pé na Cova, em que Marília interpretava Darlene, uma maquiadora na funerária do ex-esposo Ruço (Miguel Falabella), e que vive no subúrbio. Em abril de 2014, por conta de problemas pessoais, a atriz deixou o seriado,[12] retornando às gravações no dia 11 de junho de 2014.[13]

No carnaval de 2015, Marília foi homenageada pela escola de samba Mocidade Alegre, de São Paulo. Em agosto do mesmo ano, foi a grande homenageada do Festival de Cinema de Gramado, no qual recebeu o Troféu Oscarito.[14]

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Vida familiar

Casou-se pela primeira vez aos dezessete anos com o músico Paulo Graça Mello, morto num acidente de carro em 1969. Aos dezoito anos deu à luz ao também ator Ricardo Graça Mello. Seu segundo casamento foi com o comediante Agildo Ribeiro, de quem se separou em 1968. No ano seguinte casou-se com o ator Paulo Villaça, seu parceiro em Fala Baixo Senão Eu Grito, separando-se em 1971. Em 1972, casou-se com Nelson Motta, separando-se em 1980. Deste casamento nasceram as filhas Esperança Motta e Nina. Seu último casamento, desde 1998 até sua morte em 2015, foi com o economista carioca Bruno Faria. Marília era irmã de Sandra Pêra, neta de Antônia Marzullo, também atrizes, e sobrinha do ator Abel Pêra.[15]

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Morte

Marília Pêra morreu em seu apartamento no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, no dia 5 de dezembro de 2015. Nos últimos meses de vida, a atriz lutava contra um câncer de pulmão. Passara o ano em tratamento médico, combatendo um desgaste nos ossos do quadril, o que a impedia de atuar.[14][16] Foi sepultada no Cemitério de São João Batista, na cidade do Rio de Janeiro.[17]

Filmografia

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Televisão

Depoimento de Marília Pêra e Daniel Filho sobre sobre a TV e o cinema (1973).Imagem do Fundo Documental Agência Nacional.
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Cinema

Fonte: Mulheres do Cinema Brasileiro - Marília Pêra[25]

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Teatro

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Marília Pêra em Mademoiselle Chanel
  • 1948 - Medéia
  • 1948 - Frenesi
  • 1948 - O casaco encantado
  • 1957–59 - Grande Teatro Tupi / Teatro da Imperatriz da Seda
  • 1957–59 - Espetáculos Tonelux / Teatrinho Trol
  • 1957–59 - Ballet às Segundas / Câmera Um
  • 1959–60 - O filé vem de fora
  • 1960 - Circo Thiany
  • 1960 - Boite Plaza Show Todas elas são barbadas (Cole)
  • 1960 - Terra seca
  • 1960 - O rei mentiroso
  • 1960–61 - My fair Lady
  • 1961 - Espanta gato
  • 1960 - Divorciados
  • 1960 - Society em baby doll
  • 1961 - Minha querida lady
  • 1963 - O teu cabelo não nega
  • 1964 - A ópera dos três vinténs
  • 1964 - Como vencer na vida sem fazer força
  • 1966 - Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come
  • 1966 - Onde canta o sabiá
  • 1967 - A megera domada
  • 1967 - A úlcera de ouro
  • 1968 - O barbeiro de Sevilha
  • 1968 - Roda viva
  • 1969 - A moreninha
  • 1970 - A vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato
  • 1971 - A pequena notável
  • 1973 - Apareceu a Margarida
  • 1974 - Pippin
  • 1975 - A feiticeira
  • 1975 - Síndica, qual é a tua?
  • 1976 - Deus lhe pague
  • 1977 - O exércício
  • 1978 - A menina e o vento (atuação e direção)
  • 1979 - Pato com laranja
  • 1980 - Brasil da censura à abertura
  • 1981 - Doce deleite
  • 1983 - Adorável Júlia
  • 1984 - Brincando em cima daquilo
  • 1986 - O mistério de Irma Vap (direção)
  • 1987 - A estrela Dalva
  • 1989 - Elas por ela
  • 1991 - Quem matou a baronesa?
  • 1992 - Elas por ela
  • 1992 - A prima dona
  • 1996 - Master Class
  • 1997 - Padre Antonio Vieira
  • 1998 - Toda nudez será castigada
  • 1998 - Ciranda dos homens, carnaval dos animais
  • 1999 - Além da linha d'água
  • 1999 - Altar do incenso
  • 2000 - O amigo oculto (direção)
  • 2001 - Estrela tropical
  • 2001 - Vitor ou Vitória
  • 2002 - A filha da...
  • 2003 - Marília Pêra canta Ari Barroso
  • 2004 - Mademoiselle Chanel
  • 2005 - Marília Pêra canta Carmen Miranda
  • 2006 - Pasárgada!
  • 2006 - W In Tour 2006 - Era Uma Vez... (direção)
  • 2007 - Um lobo nada mau (direção)
  • 2008 - Doce Deleite (direção)
  • 2009 - Gloriosa
  • 2012 - Herivelto como Conheci
  • 2013 - Alô, Dolly!
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Discografia

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Prêmios e indicações

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Notas

  1. Embora a atriz tenha falecido em 2015, ela já havia deixado uma última temporada do programa gravada, sendo esta exibida até no ano posterior ao de sua morte.

            Ligações externas

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