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Moloque
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Moloque, Moloc ou Moloch é uma palavra que aparece diversas vezes na Bíblia Hebraica, principalmente no livro de Levítico. A Septuaginta grega traduz muitas dessas ocorrências como "seu rei", mas mantém a palavra Moloque em outras, incluindo uma ocorrência adicional no livro de Amós, onde o nome não aparece no texto hebraico. O texto bíblico condena veementemente as práticas associadas a Moloque, que aparentemente se relacionam ao sacrifício de crianças.[1]

Tradicionalmente, o nome Moloque foi entendido como uma referência a um deus cananeu. No entanto, desde 1935, estudiosos especulam que Moloque pode se referir a um tipo de sacrifício, visto que a palavra hebraica mlk é idêntica em grafia a um termo que significa "sacrifício" no idioma púnico. Esta segunda posição tem se tornado cada vez mais popular, mas permanece contestada.[2] Entre os que apoiam esta segunda posição, discute-se se os sacrifícios eram oferecidos a Javé ou a outra divindade, e se eram um costume religioso nativo israelita ou uma importação fenícia.[3]
Desde o período medieval, Moloque tem sido frequentemente retratado como um ídolo com cabeça de touro e mãos estendidas sobre o fogo; esta representação combina as breves menções de Moloque na Bíblia com várias fontes, incluindo relatos antigos de sacrifícios de crianças cartagineses e a lenda do Minotauro.[4]
A partir da era moderna, o termo "Moloque" tem sido usado figurativamente em referência a um poder cuja posse exige algum sacrifício terrível.[5] O personagem Moloque aparece em várias obras da literatura e do cinema, como Paraíso Perdido (1667) de John Milton, Salammbô (1862) de Gustave Flaubert, Cabiria (1914) de Gabriele D'Annunzio, Metropolis (1927) de Fritz Lang e Uivo (1955) de Allen Ginsberg.
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Etimologia
Do fenício Molek (“rei”), através do hebraico Molech, do grego e latim Moloch.[6]
Características da adoração

De acordo com as Escrituras, os povos amorreus, por volta de 1 900 a.C., adoravam Moloque. Segundo o antigo testamento da Bíblia, nos rituais de adoração, havia atos sexuais e sacrifícios de crianças. Estas eram jogadas em uma cavidade da estátua de Moloque, onde havia fogo que consumia assim a criança viva.[7] Tal fogo seria ao mesmo tempo purificador, destruidor e consumidor.
A aparência de Moloque era de corpo humano com a cabeça de boi ou leão, e no seu ventre havia uma cavidade em que o fogo era aceso para consumir sacrifícios. Muitas pessoas o adoravam, porém com o fortalecimento do povo hebreu e de outros reinos, tais povos foram desaparecendo, deixando o costume dessa adoração. Segundo a crença bíblica contida no Antigo Testamento, pelas ordens de Deus, dadas ao povo hebreu através de Moisés, era expressamente proibida a adoração a Moloque, bem como o sacrifício de crianças a ele, e tal prática seria severamente punida (Levítico 20:2–5).
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Referências
- Xella 2013, p. 265.
- [4]Rundin 2024, p. 429-439.
- [5]
- Dicionário etimológico da língua portuguesa, volume 2. [S.l.]: Ed. Francisco Alves, Rio de Janeiro. 1932
- Bibliotheca das sciencias sociaes, volume 9. [S.l.]: Ed. Antonio Maria Pereira. 1893. 259 páginas
Ver também
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