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Nathalia Timberg

atriz, dama do teatro e da teledramaturgia brasileira Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Nathalia Timberg
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Nathalia Timberg (Rio de Janeiro, 5 de agosto de 1929)[1][2][3] é uma atriz brasileira.

Factos rápidos

Sua carreira abrange mais de sete décadas no teatro, cinema e televisão. Graduada pela Escola de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro, iniciou sua trajetória nos palcos na década de 1950, participando de importantes montagens teatrais.

No teatro, destacou-se em peças como Senhora dos Afogados, A Cerimônia do Adeus, A Graça da Vida, O Pagador de Promessas, Meu Querido Mentiroso, A Morte do Caixeiro Viajante, Longa Jornada Noite A Dentro, O Jardim das Cerejeiras e Três Mulheres Altas. No cinema, participou de filmes como Viagem aos Seios de Duília (1964), Condenado à Liberdade (2000) e Vendo ou Alugo (2013). Na televisão coleciona inúmeros papéis memoráveis como Maria Helena de Juncal, de O Direito de Nascer, Juliana de A Sucessora, Cecília Spina de Ti Ti Ti, Celina Junqueira de Vale Tudo, Constância Eugênia de O Dono do Mundo, Emília de Éramos Seis, Idalina de Força de um Desejo, Yolanda Mendes de Celebridade, Bernarda Campos de Amor à Vida e Estela Marcondes de Babilônia.

Ao longo de sua carreira recebeu duas vezes o Prêmio Molière, um Prêmio APCA, um Troféu Mambembe, um Prêmio Shell, além de já ter sido condecorada com o Troféu Mário Lago.

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Carreira

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Perspectiva

Década de 50: Início e primeiros trabalhos

Entre 1951 e 1954, fez o curso de formação de atores na escola francesa Education Par le Jeu Dramatique (EPJD), dirigida por Jean-Marie Conty, em Paris, com Jean-Louis Barrault, Etienne Decroux, Jacqueline Levant e Tania Balachova. Aos 25 anos, retornou ao Brasil e trabalhou na Companhia Dramática Nacional. Estreou profissionalmente na peça Senhora dos Afogados.

Dois anos depois, passou a integrar o Teatro Brasileiro de Comédia, em São Paulo. Permaneceu na companhia até 1962, atuando em peças como O Pagador de Promessas.

Também em 1956, iniciou sua carreira na televisão, participando do programa O Grande Teatro, da TV Tupi São Paulo. O teleteatro, passou a ser exibido pela TV Rio em 1963 e, dois anos depois, pela recém-criada TV Globo, e apresentava semanalmente encenações de clássicos da dramaturgia.

Década de 60: sucesso no teatro e ingresso na televisão

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Com Sérgio Britto em Meu Querido Mentiroso, no Teatro Carioca (1965)

Em 1964, ganhou seu primeiro Prêmio Molière, por sua atuação como a artista Beatrice Stella Campbell em Meu Querido Mentiroso. Voltaria a ganhar o mesmo prêmio em 1988, pela atuação na mesma peça. Além do Molière, também ganhou prêmios como o da APCA, o Governador do Estado de São Paulo, o Saci e o Mambembe, além de outros relacionados a sua atuação na TV.

Também naquele ano, viveu seu primeiro grande sucesso em telenovelas, na famosa O Direito de Nascer, exibida pela TV Tupi, onde interpretou a protagonista Maria Helena de Juncal.

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Com Fernanda Montenegro e Maria Isabel de Lizandra em A Muralha (1968)[4]

Na televisão, trabalhou em praticamente todas as grandes emissoras, mesmo sem assinar contrato com nenhuma delas. Começou na TV Globo em 1965, apresentando um quadro de crônicas no Tele Globo, primeiro telejornal da emissora. No final daquele ano, fez sua estreia em telenovelas da casa, protagonizando Um Rosto de Mulher. Depois, em 1966, pela TV Tupi, protagonizou a novela A Ré Misteriosa.

Dois anos depois, voltou a protagonizar uma novela na emissora, A Rainha Louca, onde interpretou a rainha Charlotte, um de seus grandes sucessos. Ainda em 1967, ao lado de Sylvan Paezzo, com quem foi casada durante 15 anos, criou em São Paulo o Circo do Povo, teatro popular construído numa lona de circo onde teve a experiência de encenar textos baseados na literatura de cordel. Em seguida, no ano de 1968, despontou em O Terceiro Pecado, como Anjo da Morte, que ordena a morte da protagonista vivida por Regina Duarte, e por último, em 1969, protagonizou a novela Vidas em Conflito, ambas pela TV Excelsior.

Década de 70: novelas

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Nathalia em uma cena de Editora Mayo, Bom Dia em 1971.

Na década de 1970, um dos raros períodos em que se dedicou mais à televisão do que ao teatro, podem ser destacadas as seguintes produções em que atuou: pela TV Tupi, esteve em As Bruxas, (1970), onde viveu a vilã Dagmar, Rosa dos Ventos (1973), na pele da antagonista Eleonora, e Divinas & Maravilhosas, também de 1973, em que viveu uma das três protagonistas, Haydée. Na Rede Record, protagonizou as novelas O Tempo Não Apaga e Quero Viver, ambas de 1972. Em 1978, na TV Globo, encarnou a vilã Juliana de A Sucessora. Teve também papel de destaque em dois teleteatros dirigidos por Antunes Filho, na TV Cultura: Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues e Reveillon de Flávio Márcio.

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Lílian Lemmertz, Rolando Boldrin, Nathalia e Sebastião Campos nos bastidores de Quero Viver, em 1972.

Década de 80: popularização nacional

Nos anos 1980, trabalhou no Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro. Em 1987, por sua atuação em A Cerimônia do Adeus, recebeu o prêmio Mambembe de Melhor Atriz Coadjuvante. Na mesma época, associou-se a Wolf Maya na Virgo Produções Artísticas.

Ainda na década de 1980, integrou o elenco de várias produções dramatúrgicas, entre as quais, a novela Maria Stuart, exibida pela TV Cultura, em que deu vida a protagonista Rainha Elizabeth e Elas por Elas, como a enfermeira Eva, ambas de 1982.

Em 1984, atuou na minissérie Meu Destino É Pecar e, logo em seguida, transferiu-se para a Rede Manchete, vivendo a protagonista Marta na minissérie Santa Marta Fabril S.A, que lhe rendeu o Troféu APCA de Melhor Atriz de Televisão.

Na Globo, em 1985, integrou o elenco de Ti Ti Ti, interpretando Cecília Spina, uma mulher com problemas mentais que cria elegantes figurinos para suas bonecas.

Em 1986, de volta à Manchete, atuou em Novo Amor.

Já em 1988, em Vale Tudo, viveu Celina Aguiar Junqueira, irmã da grande vilã Odete Roitman, interpretada por Beatriz Segall.

Década de 90: vilãs na teledramaturgia

Em 1990, participou da minissérie Desejo e ainda integrou o elenco de um dos maiores sucessos da antiga TV Manchete, a novela Pantanal. Na trama, interpretou Mariana Novaes, sogra de José Leôncio e avó materna de Joventino, protagonista da trama. De volta à TV Globo, atuou em tramas como O Dono do Mundo (1991), interpretando a vilã Constância Eugênia Barreto e De Corpo e Alma (1992), interpretando outra vilã, Nágila Pastore.

Em 1994, transferiu-se para o SBT, onde trabalhou no remake de Éramos Seis, vivendo Emília. Depois, fez uma rápida passagem pela Band, onde atuou na novela O Campeão, interpretando Mãezinha. Em 1997, na Globo, participou de Zazá, interpretando Tereza.

Em 1999, viveu mais um grande momento em sua carreira ao encarnar a maquiavélica Idalina Menezes de Albuquerque Silveira, em Força de um Desejo.

Década de 2000: dedicação à televisão

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Nathalia em 2003

Em 2000, retornou à RecordTV, depois de 23 anos, para atuar como Marrita na novela Marcas da Paixão. Em seguida, de volta à Rede Globo, esteve presente em Porto dos Milagres, como a empregada Ondina.

Em 2002, marcou presença na minissérie O Quinto dos Infernos como Chuchu.

Em 2003, repetiu mais de uma de suas parcerias com o autor Gilberto Braga em Celebridade, interpretando Yolanda Mendes, mulher ambiciosa, de caráter fraco e duvidoso.

Em 2006 foi destaque na minissérie JK.

Já em 2008, trabalhou em mais uma minissérie, Queridos Amigos.

Década de 2010

Em 2011, retornou à televisão na novela Insensato Coração na pele da rica matriarca Vitória Drummond. No ano de 2013, ganha destaque interpretando a ética Bernarda, de Amor à Vida, uma senhora solitária que vive um inusitado romance de meia idade com um médico.[5] Em 2015, foi escalada para Babilônia, na qual interpretou Estela, que fez um casal homossexual com Fernanda Montenegro, no papel de Teresa. As duas atrizes protagonizaram três beijos, que não foram muito bem vistos pelas parcelas mais conservadoras, o que gerou um dos motivos para os baixos índices de audiência da trama.[6][7][8][9] Em janeiro de 2016, foi homenageada com uma sala de espetáculos com seu nome no Rio de Janeiro.[10] e em abril, na série Nomes da TV.[11] Em 2017, foi escalada para fazer uma pequena participação em O Outro Lado do Paraíso, interpretando Beatriz, uma senhora abandonada em um sanatório e que acaba morrendo envenenada.[12] Em 2019, foi novamente escalada para fazer uma novela de Walcyr Carrasco, A Dona do Pedaço, interpretando Gladys, uma senhora da alta sociedade.

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Vida pessoal

Nathalia é judia, filha de mãe belga e pai holandês.[13] Não teve filhos.

Foi casada durante quinze anos com o autor de telenovelas Sylvan Paezzo.[14]

Filmografia

Televisão

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Cinema

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Documentários
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Teatro[25]

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Perspectiva

Em mais de sessenta anos de carreira, participou de dezenas de espetáculos teatrais, interpretando de tudo: da clássica tragédia grega à comédia de boulevard, dos musicais a espetáculos de vanguarda. Sempre ao lado de grandes nomes, do elenco à direção. A seguir, alguns de seus grandes sucessos:

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Prêmios e indicações

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Notas

      Referências

      1. «Nathalia Timberg». Memória Globo. Consultado em 3 de fevereiro de 2016
      2. Marcela Ribeiro (28 de agosto de 2014). «"Temos é que acabar com esse enfoque de casal gay", diz Nathalia Timberg». UOL Televisão. Consultado em 1 de setembro de 2014
      3. Gabriel Perline (30 de março de 2014). «Globo escala Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg para formar casal lésbico em novela». Estadão. Consultado em 1 de setembro de 2014
      4. «Nathalia Timberg sobre papel gay em 'Babilônia': 'É como esperar um grande amor'». Pure People. 24 de agosto de 2014. Consultado em 1 de setembro de 2014
      5. Maria Fortuna (24 de agosto de 2014). «Caneta Montblanc some em noite de autógrafos: saiba quem pegou». O Globo. Consultado em 1 de setembro de 2014
      6. Rodrigues, Guilherme. «Nathalia Timberg volta a gravar cenas como Beatriz de O Outro Lado do Paraíso». Observatório da Televisão. Consultado em 19 de março de 2018
      7. Hygino, Cacau (14 de março de 2013). Nathalia Tinberg: momentos. [S.l.]: M. Books
      8. «Tele Globo». Memória Globo
      9. Redação (21 de janeiro de 2019). «David Júnior e Nathalia Timberg vão participar da série "Sessão de Terapia"». Notícias de TV. Consultado em 25 de janeiro de 2019
      10. Kogut, Patrícia (19 de maio de 2023). «Nathalia Timberg, de 93 anos, gravará 'Fuzuê'. Saiba mais». O Globo. Consultado em 21 de julho de 2023
      11. «Fruto Proibido». Cinemateca Brasileira. Consultado em 3 de agosto de 2022
      12. «Zimba». Globo Filmes. Consultado em 24 de junho de 2021
      13. «Através da Íris». Consultado em 18 de junho de 2024
      14. «A Mulher da Van». Consultado em 22 de agosto de 2024
      15. «Nathália Timberg». IMDb. Consultado em 11 de novembro de 2016
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      Ligações externas

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