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Oreoicidae
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Oreoicidae é uma família recém-reconhecida de aves passeriformes insetívoras de pequeno porte da Nova Guiné e Austrália, de nome comum carrilhoneiros. A família contém três gêneros, cada um contendo uma única espécie: Aleadryas, que contém Aleadryas rufinucha; Ornorectes, que contém Ornorectes cristatus [en]; e Oreoica, que contém Oreoica gutturalis.
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Taxonomia e sistemática
As três espécies contidas na família foram movidas entre diferentes famílias por cinquenta anos, incluindo Colluricinclidae, Falcunculidae [en] e Pachycephalidae. Uma série de estudos de ADN de aves australianas entre 2001 e 2006 encontrou forte apoio para tratar os três gêneros como uma nova família, que foi formalmente nomeada em 2016 (embora o nome tenha sido proposto pela primeira vez por Sibley e Ahlquist em 1985).[1]
Dentro dos passeriformes, a relação de Oreoicidae com outras famílias de aves tem sido difícil de estabelecer; pensou-se que estivessem próximas de uma variedade de famílias, incluindo Campephagidae, Pachycephalidae, Rhagologus leucostigma [en], Paramythiidae, Artamidae e Oriolidae.[1]
Lista taxonômica
- Aleadryas
- Aleadryas rufinucha, Carrilhoneiro-de-Coroa-Vermelha
- Ornorectes
- Ornorectes cristatus [en], Carrilhoneiro-Castanho
- Oreoica
- Oreoica gutturalis, Carrilhoneiro-de-Poupa
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Descrição
A família compartilha um pequeno número de características. São aves canoras de pequeno a médio porte com corpos robustos, variando de 16,5 a 18 cm de comprimento em Aleadryas rufinucha a 25 a 26 cm em Ornorectes cristatus.[1][2][3] Todos eles também têm cristas semi-eréteis e bicos semelhantes aos de picanços. A plumagem é a mesma entre os sexos (como me Aleadryas rufinucha e Ornorectes cristatus) ou ligeiramente diferente (como em Oreoica gutturalis).[1][4]
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Distribuição e habitat
A família ocupa uma variedade de habitats. Duas espécies, Aleadryas rufinucha e Ornorectes cristatus, são endêmicas da Nova Guiné, enquanto Oreoica gutturalis é endêmica da Austrália. As duas espécies da Nova Guiné são encontradas em florestas tropicais; floresta de planície e de colina no caso de Ornorectes cristatus, ou floresta montana e floresta secundária no caso de Aleadryas rufinucha.[3][2] Oreoica gutturalis ocupa habitats mais secos na Austrália, incluindo bosques secos e matagais.[4]
Vocalização
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Perspectiva
Todos os membros de Oreoicidae têm cantos melodiosos e aflautados que consistem em notas retumbantes ritmicamente repetidas de diferentes comprimentos, tipicamente todas ou quase todas no mesmo tom. A qualidade de sino de seus cantos é a origem do nome comum "carrilhoneiros" (bellbird em inglês, que pode ser traduzido de forma livre para algo como "pássaro-sino "), que foi aplicado pela primeira vez a Oreoica gutturalis e, mais recentemente, às outras duas espécies, uma vez que sua relação próxima com Oreoica gutturalis e sua relação distante com Pachycephalidae (no caso de Aleadryas rufinucha) e outros (no caso de Ornorectes cristatus) foi revelada.[5][4][6] Aleadryas rufinucha também faz chamados ásperos e rangentes.[7][5]
O ornitólogo John Gould (e o naturalista John Gilbert [en]) descreveram o canto de Oreoica gutturalis da seguinte forma:[8]
Lamento muito não poder transmitir uma ideia dos sons emitidos por esta ave, pois eles são extremamente singulares; além disso, ela é uma ventríloqua perfeita, seu assobio peculiar e melancólico parecendo vir de uma distância considerável, enquanto a ave está empoleirada em um grande galho de uma árvore vizinha. Gilbert descreveu da melhor maneira possível o canto singular dessa espécie, e eu reproduzo aqui suas próprias palavras; mas nenhuma descrição pode transmitir uma ideia precisa dele... “A característica mais singular”, diz Gilbert, “relacionada a esse pássaro é que ele é um ventríloquo perfeito. No início, seu canto começa em um tom tão baixo que parece estar a uma distância considerável e, então, aumenta gradualmente de volume até parecer vir da cabeça do ouvinte surpreso, estando o pássaro que o emite o tempo todo na parte morta de uma árvore, talvez a não mais do que alguns metros de distância; sua postura imóvel torna muito difícil descobri-lo. Ele tem dois tipos de canto, sendo o mais comum uma sucessão contínua de notas, ou duas notas repetidas juntas de forma bastante lenta, seguidas por uma repetição três vezes mais rápida, com a última nota parecendo o som de um sino devido ao seu tom agudo; o outro canto é praticamente o mesmo, só que termina com uma queda repentina e peculiar de duas notas.”
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Referências
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