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Língua cristã
língua crioula de base portuguesa falado em Malásia e em Singapura Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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A língua cristã, português de Malaca, crioulo de Malaca, malaquês,[3] papiá kristáng ou simplesmente papiá, é uma língua crioula de base portuguesa com estrutura gramatical próxima do malaio, falado na Malásia e em Singapura pelos descendentes dos colonizadores portugueses e suas famílias miscigenizadas. Papiá é a pronúncia crioula de papear, i.e., falar, conversar, dizer. Kristáng é a pronúncia de "cristão", posto que a maioria dos falantes do citado crioulo seguiam a religião cristã, oficial em Portugal e seus domínios coloniais ultramarinos.[4]
Um crioulo comum é a língua Kristang, que é uma mistura de português e do dialeto local em Malaca. Kristang se originou em 1511, quando os comerciantes portugueses que chegaram a Malaca precisavam encontrar uma língua comum para mergulhar na cultura e facilitar o comércio.[5]
Diferentemente do que se diz nas histórias da comunidade kristáng em Malaca, a dança do vira não foi introduzida pelos primeiros colonizadores portugueses chegados nas caravelas, mas sim por padres lusitanos enviados nas décadas de 40 e 50 pelo governo português para assistir religiosamente a comunidade crioula e transmitir-lhes um pouco da cultura portuguesa metropolitana.[6]
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Etimologia
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Perspectiva
Seu endônimo Papia Kristang é tirado do português papear cristão ("conversar com cristão"). O elemento papia do nome é cognato com Papiamento, outro crioulo de base portuguesa falado nas Índias Ocidentais Holandesas.[7]
Existem duas etimologias diferentes para a palavra Kristang. A primeira é histórica e derivada da palavra portuguesa Cristão, que significa cristão.[7]
Isso é advindo através da prática acadêmica ocidental da pesquisa linguística histórica, também através de uma compreensão das conexões muito visíveis no cristianismo e podem entender facilmente como as mudanças morfológicas e fonológicas na palavra Cristão deram origem à palavra Kristang.[7]
No entanto, desde 28 de novembro de 2022, existe uma segunda opção etimológica para interpretar a palavra Kristangnow através da pesca dos sonhos, pelo qual o lexema Kristang é reinterpretado como um calque morfológico da palavra grega xρυσός (crisos), que significa 'ouro', e a palavra holandesa steen, que significa 'pedra'. Além do português e do malaio, as duas línguas mais conhecidas que contribuem para a gramática e o léxico de Kristang, que por si só é uma língua crioula ou indígena mista, a contribuição holandesa tanto para a língua Kristang quanto para a nossa cultura e identidade também tem sido significativa, mas muitas vezes não é tão abertamente reconhecida na esfera pública.[7]
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Distribuição
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Perspectiva
A língua tem cerca de 800 falantes em Malaca,[3][8] dos quais 100 são falantes plenos, do total de 1000 a 2000 que constituem a comunidade actual kristáng na cidade. Há também alguns falantes em Kuala Lumpur e Singapura devido à emigração, havendo menos de 100 falantes fluentes em Singapura[9] e não se conhecendo o estado da língua em Kuala Lumpur. O kristáng é também falado por alguns imigrantes e seus descendentes no Reino Unido, para onde alguns se mudaram após a independência, e também na Austrália, em particular na cidade de Perth, que é um destino popular de retornados na comunidade.[10]
A língua encontra-se ameaçada, com baixa transmissão para a juventude, perdendo importância social para o inglês e o malaio,[11] tendo esforços de revitalização encontrado dificuldades na pandemia do Covid-19.[12]
O Kristang é uma língua crioula de base portuguesa falada principalmente na Malásia e em Singapura. Em Malaca, estima-se que haja cerca de 750 falantes, enquanto em Singapura o número é menor, com aproximadamente 100 falantes. Além disso, pequenas comunidades de falantes podem ser encontradas em outras regiões, como em Perth, na Austrália.[13]
A disseminação do Kristang está intimamente ligada às comunidades de descendentes de portugueses e malaios, conhecidas como "Eurasians" ou "Kristang". Essas comunidades surgiram a partir do século XVI, durante o período colonial português na região. Com o tempo, houve migrações dessas comunidades para outras áreas, contribuindo para a formação de pequenas diásporas de falantes de Kristang.[14]
Dialetos e Línguas Relacionadas
O Kristang não possui uma diversidade significativa de dialetos internos reconhecidos. No entanto, existem variações linguísticas influenciadas por fatores geográficos e sociais, especialmente entre as comunidades de Malaca e Singapura. Essas variações refletem as influências locais e as interações com outras línguas presentes nessas regiões.[15]
Em relação às línguas relacionadas, o Kristang pertence ao grupo das línguas crioulas de base portuguesa. Dentro desse grupo, está associado ao crioulo malaio-português, que inclui outras variantes crioulas desenvolvidas em áreas do Sudeste Asiático sob influência portuguesa. Essas línguas compartilham características linguísticas devido à base lexical portuguesa combinada com estruturas gramaticais e vocabulário de línguas locais.[16]
A preservação e revitalização do Kristang enfrentam desafios devido ao número reduzido de falantes e à influência predominante de outras línguas na região. Esforços comunitários e acadêmicos têm sido implementados para promover o ensino e o uso do Kristang, com o intuito de assegurar a continuidade dessa língua e cultura únicas.[17]
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História
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Perspectiva
Interessados em dominar o estratégico estreito de Malaca, por onde escoavam as especiarias oriundas das Filipinas, de Timor-Leste, das Ilhas Molucas e de Macau, os portugueses se apossaram da região em 1511, estabelecendo uma feitoria e um forte, posteriormente tomados pelos Países Baixos por iniciativa da Companhia das Índias Orientais. Ulteriormente toda a região e zonas próximas cairiam sob administração britânica, assim permanecendo até a Segunda Guerra Mundial, quando esteve sob fortes ataques da expansão nipónica no sueste asiático. Atualmente faz parte da Malásia.[8][18]
Ao chegarem a Malaca, os portugueses se depararam com a cultura Penang, fruto da mestiçagem entre comerciantes chineses e malaias. Paulatinamente, o português se mesclou com o malaio e palavras de origem chinesa. Desta fusão das três línguas surge o papiá kristáng, crioulo de base portuguesa com influências fonéticas e gramaticais dos substratos chinês e malaio. A comunidade de falantes descende principalmente de casamentos entre navegadores portugueses e mulheres locais malaias, assim como de um certo número de migrantes vindos de Goa, eles próprios de ascendência indo-portuguesa.[8][19]
O kristáng teve uma influência substancial no Patuá macaense, a língua crioula falada em Macau, dado à migração substancial de Malaca após a região ser ocupada pelos holandeses. Mesmo após Portugal perder Malaca e quase todo o contacto em 1641, a comunidade kristáng largamente preservou a sua língua. Devido a melhores condições de vida e trabalho em Singapura, centenas de falantes de Papiá kristáng fixaram-se no país vizinho e levaram o crioulo consigo; porém, com os casamentos com singapureanos a tendência é ao desaparecimento do kristáng em Singapura. Em Malaca a comunidade crioulófona falante de papiá kristáng conta com escola e associação. Foi publicado um dicionário de português-papiá kristáng, e o crioulo e sua comunidade foram tema de um artigo da Revista de Cultura do Instituto da Cultura de Macau.[8][20]
História da Língua
O Kristang originou-se no século XVI, após a conquista de Malaca pelos portugueses em 1511. A interação entre os colonizadores portugueses e a população local malaia resultou em casamentos mistos e na formação de uma comunidade mestiça conhecida como "Kristang". Essa comunidade desenvolveu uma língua crioula que incorporava elementos do português e do malaio.[21]
Com a chegada dos holandeses em 1641 e, posteriormente, dos britânicos, a influência portuguesa diminuiu, mas a comunidade Kristang manteve sua identidade linguística e cultural. No entanto, ao longo dos séculos XIX e XX, fatores como a urbanização, a educação em línguas dominantes e a migração contribuíram para o declínio do uso do Kristang.[22]
História da Documentação
A documentação do Kristang começou no século XIX, com missionários e linguistas registrando aspectos da língua e da cultura Kristang. Um dos primeiros trabalhos significativos foi a publicação de um dicionário e uma gramática por W. G. Shellabear em 1885. Desde então, diversos estudos acadêmicos têm sido realizados para documentar e analisar a língua, visando sua preservação e revitalização. W. G. Shellabear em 1885
História do Ensino
Tradicionalmente, o Kristang era transmitido oralmente dentro das famílias e comunidades. Com o declínio no número de falantes, iniciativas de revitalização têm sido implementadas. Em Singapura, por exemplo, o projeto "Kodrah Kristang" oferece aulas de Kristang para a comunidade, buscando reverter o processo de perda linguística e promover o uso da língua entre as novas gerações. Kodrah Kristang
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Fonologia
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Perspectiva
A fonologia do Kristang apresenta consoantes e vogais simples, pensando na origem. O sistema fonológico inclui um conjunto de consoantes e vogais bem definido.[23][24]
Consoantes
O inventário consonantal do Kristang inclui os seguintes fonemas:
Os fonemas /ʃ/ e /z/ ocorrem principalmente em empréstimos do português. A consoante /ŋ/ ocorre geralmente em posição final de sílaba e é frequente em palavras de origem malaia.[23][24]
Vogais
O sistema vocálico do Kristang é composto por cinco vogais:
As vogais podem ocorrer em encontros vocálicos, formando ditongos, principalmente em palavras de origem portuguesa. Ditongos comuns incluem /ai/, /au/ e /oi/.[25][24]
Parece que as vogais nasais portuguesas /ĩ/, /ẽ/, /ɐ/, /ũ/, /õ/ como tais não aparecem em kristang. Assim pode-se dizer, resumidamente, que em vez das vogais nasais encontramos uma vogal oral + a consoante nasal velar /ŋ/,representado na escrita como ng.[25][24]
Tons
O Kristang não é uma língua tonal; ou seja, o tom não é utilizado para distinguir significados entre palavras.[23]
Transformações fonológicas
Alguns fenômenos fonológicos ocorrem no Kristang, incluindo: - **Elisão**: Algumas vogais átonas (vogais sem ênfase/entonação) podem ser omitidas na fala rápida. - **Redução vocálica**: As vogais médias podem ser reduzidas em sílabas não tônicas (que são as sílabas sem ênfase/entonação). - **Palatalização**: Em alguns casos, sons alveolares podem se tornar palatais em contato com vogais anteriores. [23]
Fonotática
A estrutura silábica típica do Kristang segue o padrão Consoante-Vogal (CV), embora ocorram também sílabas com estruturas mais complexas, como CVC. Encontros consonantais no início das sílabas são raros e geralmente resultam de empréstimos linguísticos. [23]
Prosódia
A acentuação do Kristang segue um padrão previsível, com a tonicidade no Kristang geralmente fixa na penúltima sílaba das palavras. No entanto, há exceções, especialmente em palavras emprestadas de outras línguas. A entonação é utilizada para expressar destaques em contextos (nuances) emocionais e estruturais na fala, similar ao que ocorre em outras línguas não tonais. O ritmo é geralmente silábico, semelhante ao português. [23]
Variações
Existem variações dialetais no Kristang, especialmente entre as comunidades de Malaca e Singapura. Essas diferenças manifestam-se principalmente na pronúncia de certos fonemas e no léxico, influenciadas pelas línguas locais e pelo grau de contato com outras comunidades linguísticas. Algumas variações regionais e individuais ocorrem, especialmente na pronúncia de consoantes fricativas e nasais. Em algumas variedades, /ʃ/ pode ser realizado como [s], e /ŋ/ pode ser substituído por [n] em certos contextos. [23] [26]
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Ortografia
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Perspectiva
O Kristang é escrito predominantemente com o alfabeto latino em uma ortografia semipadronizada. A escrita segue a direção horizontal da esquerda para a direita. Como um crioulo baseado no português, a ortografia do Kristang frequentemente reflete a fonologia da língua de maneira relativamente fonética, embora haja algumas variações entre diferentes comunidades de falantes.[27]
Tabela de Grafema-Fonema
A tabela a seguir apresenta os principais grafemas utilizados na escrita do Kristang, seus correspondentes fonemas em AFI e exemplos de pronúncia baseados em sons equivalentes no português.[27]
Diacríticos
O Kristang usa poucos diacríticos na escrita cotidiana, mas alguns textos mais formalizados podem empregar acentos para distinguir vogais abertas e fechadas:[27]
´ (agudo): Indica vogal aberta, como em é (/ɛ/) e ó (/ɔ/).
ˆ (circunflexo): Indica vogal fechada, como em ê (/e/) e ô (/o/).
Regras Ortográficas
1. Dígrafos: Certos sons são representados por combinações específicas de letras:[28]
"ch" representa /ʃ/ (como em "chave" em português).
"nh" representa /ɲ/ (como em "banho" em português).
"lh" representa /ʎ/ (como em "milho" em português).
2. Tonicidade: A acentuação gráfica pode ser usada em materiais didáticos para marcar sílabas tônicas, mas na prática cotidiana, a tonicidade é geralmente determinada pelo contexto.[28]
3. Omissão de letras: Algumas palavras podem ser escritas de maneira simplificada para refletir a pronúncia coloquial, como "ngka" para "nunca" e "ke" para "quê".[28]
O sistema de escrita do Kristang não é rigidamente padronizado, o que resulta em variações ortográficas entre diferentes textos e comunidades de falantes. [28]
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Gramática
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Perspectiva
A língua Kristang, uma língua crioula de base portuguesa falada principalmente em Malaca, apresenta características gramaticais que refletem sua origem portuguesa e as influências das línguas locais. A seguir, descreve-se as principais características gramaticais dessa língua.[29] [30][24]
Artigos Definidos e Indefinidos
Kristang possui artigos definidos e indefinidos para indicar se algo é específico ou não.[29] [30]
Artigos definidos: "o" (masculino) e "a" (feminino), usados para referir-se a algo específico ou já conhecido pelo falante e ouvinte.
Artigos indefinidos: "um" (masculino) e "uma" (feminino), usados para referir-se a algo não específico ou desconhecido.
Pronomes Possessivos
Os pronomes possessivos em Kristang são usados para indicar posse e geralmente seguem a mesma estrutura dos pronomes pessoais, com a adição de um possessivo. Eles concordam em gênero e número com o objeto possuído.[24]
Exemplo:
"minha casa" (minha casa) "seu carro" (seu carro)
Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais em Kristang, assim como em outras línguas, são usados para referir-se às pessoas do discurso: quem fala (1ª pessoa), com quem se fala (2ª pessoa) e de quem se fala (3ª pessoa). Estes pronomes variam por número (singular e plural) e podem ser divididos da seguinte maneira:[29] [30]
1ª pessoa: yo (singular), mus (plural)
2ª pessoa: bos (singular), bolota (plural)
3ª pessoa: eli (singular), olotu (plural)
Em relação ao português, há diferença na segunda e na terceira pessoa do plural. [29] [30]
Conjugação Verbal
Os verbos em Kristang são conjugados para indicar o tempo, modo, aspecto, pessoa e número. O sistema verbal é relativamente simples em comparação com o português, mas mantém aspectos importantes de sua origem portuguesa.[29] [30][24]
Tempo
Kristang distingue entre passado, presente e futuro. O tempo passado é marcado pela partícula "já", enquanto o futuro é indicado pela partícula "mai". O presente pode ser expresso sem marcação explícita ou por meio do uso do verbo "ta" (estar) seguido do verbo principal.[29] [30]
Exemplo:
"Eu já comeu" (Eu comi)
"Eu ta comendo" (Eu estou comendo)
"Eu mai come" (Eu comerei)
Modo
O modo indicativo é o mais utilizado, mas o subjuntivo também aparece em contextos de desejo ou hipótese, assim como o imperativo, utilizado para dar ordens ou pedidos.[29] [30]
Aspecto
O aspecto é geralmente expresso com verbos auxiliares como "ta" (em curso) ou "já" (completado), refletindo a continuidade ou a conclusão de uma ação. [29] [30]
Ordem da Frase e Alinhamento
Kristang segue uma ordem básica de frases do tipo Sujeito-Verbo-Objeto (SVO), semelhante ao português. No entanto, a flexibilidade da língua permite que, em algumas situações, a ordem da frase seja alterada para dar ênfase a certos elementos da sentença.[29] [30]
Exemplo:
"Eu ta come peixe" (Eu estou comendo peixe)
"Peixe eu ta come" (Peixe, eu estou comendo)
O alinhamento morfossintático de Kristang é do tipo nominativo-acusativo, em que o sujeito de um verbo intransitivo e o agente de um verbo transitivo são tratados da mesma forma, enquanto o objeto do verbo transitivo é marcado de maneira distinta. [29] [30]
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Vocabulário
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Perspectiva
O vocabulário apresenta forte influência do português arcaico, juntamente com elementos do malaio e de outras línguas da região. Como exemplo, umas expressões comuns e um poema de Malaca a seguir:[31] [32]
Expressões Comuns
- Mutu merseh (port. Muito obrigado)
- Teng bong? (port. Estás bem?)
- Bong pamiang (port. Bom dia)
- Bong atadi (port. Boa tarde)
- Bong anuti (port. Boa noite)
- yo (port. eu)
- bos (port. vós)
- bolotudu (port. vós todos, vocês todos)
- mai (port. mãe)
- pai (port. pai)
- muleh (port. mulher)
- maridu (port. marido)
- bela (port. velha)
- belu (port. velho)
- Quenino ou Kenino (Port. Pequenino)
- godru (port. gordo)
- Bonitu (port. bonito)
- festa (port. festa)
- ungua, dos, tres, kuatu, singku, sez, seti, oitu, novi, des (port. um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez)
Poema de Malacca
- Keng teng fortuna ficah na Malaka,
- Nang kereh partih bai otru tera.
- Pra ki tudu jenti teng amizadi,
- Kontu partih logo ficah saudadi.
- Ó Malaka, tera di San Francisku,
- Nten otru tera ki yo kereh.
- Ó Malaka undi teng sempri fresku,
- Yo kereh ficah atih moreh.
Tradução em português:
- Quem tem fortuna fica em Malaca,
- Não quer partir para outra terra.
- Por aqui toda a gente tem amizade,
- Quando partir logo fica a saudade.
- Ó Malaca, terra de São Francisco,
- Não há outra terra que eu quero.
- Ó Malaca, onde tem sempre ar fresco,
- Eu quero ficar até morrer.
Numeração
Kristang possui três sistemas de contagem divididos entre os de base-10, base-12 e base-16. Os "nanamba" são base-10, os "lusembra" são base-12 e os diseides são base-16. Kristang é o único idioma do mundo com três sistemas de contagem separados atualmente.[33]
O nanamba permite que o Kristang funcione mais rapidamente os cálculos psicoemocionais relacionados à Osura Elisia ou Teoria da Convivificação, e à Teoria da Osura Samaserang ou Ressurreição.[33]
Já a lusembra execução mais rapidamente de cálculos psicocomputacionais relacionados à Teoria da Transfiguração de Osura Spektala.[33]
Por fim, as diseides são os números de pesca dos sonhos e existem para facilitar a execução mais rápida de cálculos psicoemocionais relacionados à Osura Pesuasang ou Teoria da Individuação e permitir a escavação dos aspectos ocluídos da realidade através da pesca dos sonhos.[33]
Influência do Português e Outras Línguas
A maior parte do vocabulário da língua crioulo de Malaca deriva do português do século XVI, mas também inclui influências do malaio, chinês hokkien e outras línguas regionais. O vocabulário do crioulo de Malaca reflete a rica história de contato entre culturas e a herança linguística da comunidade kristang.
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Referências
- «Malaccan Creole Portuguese». Idiomas em risco. Consultado em 21 de setembro de 2023
- O’Neill, Brian Juan (21 de março de 2018). Branco, Jorge Freitas; Castelo-Branco, Salwa El-Shawan, eds. «Capítulo 41. Folclorização e identidade crioula no bairro português de Malaca». Lisboa: Etnográfica Press. Antropologia: 587–598. ISBN 979-10-365-1123-3. Consultado em 22 de setembro de 2023
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- Portuguesa, Observatório da Língua (8 de abril de 2021). «O Papiá kristáng de Malaca 'migra' da sala de dança e música para a internet». Observatório da Língua Portuguesa. Consultado em 21 de setembro de 2023
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- «Kristang: 500 anos depois ainda se fala português e se dança o Vira na Malásia | VortexMag». www.vortexmag.net. 12 de julho de 2021. Consultado em 5 de março de 2025
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Bibliografia
Ligações externas
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