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Pós-punk
gênero musical Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Pós-punk (em inglês: post-punk), originalmente chamado new musik, é um amplo gênero de rock que surgiu no final da década de 1970 na esteira do punk rock. Os músicos pós-punk afastaram-se dos elementos tradicionais e da simplicidade crua do punk, adotando uma abordagem mais ampla e experimental que englobava uma variedade de sensibilidades de vanguarda e influências fora do rock.[1]
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O pós-punk teve outras características anteriores vindas de vários outros estilos e experimentos musicais como o dub jamaicano, o funk americano e o krautrock alemão. A sonoridade era mais artística, complexa e experimental. A incorporação de elementos do krautrock trouxe os teclados, a repetição da dub music e do funk americano introduziu experimentações e melodias de baixo.
Determinados a romper com os clichês do rock, os artistas e bandas pós-punk experimentaram estilos como eletrônica, jazz, disco e dance music, as técnicas de produção de dub e idéias de arte — incluindo teoria crítica, arte modernista, romantismo, cinema e literatura. Essas comunidades produziram gravadoras independentes, artes visuais, performances multimídia e fanzines.
O pós-punk foi a base do rock alternativo, ampliando a estética sonora do rock para um estilo mínimo, mais livre, explorando uma originalidade sonora, incorporando técnicas e riffs de baixo (que predomina no gênero), efeitos de guitarra, baterias tribais (4/4) e experimentações de estúdio. A vanguarda do pós-punk foi representada por grupos como Siouxsie and the Banshees, Joy Division, The Cure, Bauhaus, Public Image Ltd, Gang of Four, Wire, Magazine, The Pop Group, Throbbing Gristle, The Slits, Killing Joke, Cabaret Voltaire, The Fall, Au Pairs, Talking Heads e Pere Ubu.[2] O movimento estava intimamente relacionado ao desenvolvimento de gêneros auxiliares como rock gótico, neo-psicodelia, dance punk, no wave e industrial.
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Etimologia
Resumir
Perspectiva
Pós-punk é um gênero diverso que emergiu do meio cultural do punk rock no final da década de 1970.[3][nb 1] Originalmente chamado de "new musik", os termos foram usados pela primeira vez por vários escritores no final da década de 1970 para descrever grupos que estavam indo além do modelo de garage rock do punk e entrando em áreas distintas.[5] O termo "pós-punk" foi cunhado na edição de 26 de novembro de 1977 da Sounds em um artigo intitulado "New Musick: Devo Look Into the Future!" pelo escritor Jon Savage. O artigo também apresentou o primeiro uso conhecido do termo "new musik". No artigo, Savage descreveu bandas como Devo, Pere Ubu, Throbbing Gristle, The Feelies, Subway Sect, The Prefects, Siouxsie and the Banshees e The Slits como os primeiros exemplos de pós-punk.[6]
Na época, havia um sentimento de entusiasmo renovado em relação ao que a palavra implicaria, com a Sounds publicando vários editoriais preventivos sobre a "new musik".[7][nb 2] Perto do final da década, alguns jornalistas usaram "art punk" como um pejorativo para atos derivados do garage rock considerados muito sofisticados e fora de sintonia com o dogma do punk.[9][nb 3] Antes do início da década de 1980, muitos grupos agora categorizados como "pós-punk" foram incluídos sob o amplo guarda-chuva da "new wave", com os termos sendo usados de forma intercambiável. Posteriormente, "pós-punk" tornou-se diferenciado de "new wave" depois que seus estilos se estreitaram perceptivelmente.[11]
Nicholas Lezard, no The Guardian, descreveu o termo "pós-punk" como "tão multifacetado que apenas o uso mais amplo... é possível".[12] Lezard escreveu que a música do período "era de vanguarda, aberta a quaisquer possibilidades musicais que se sugerisse, unida apenas no sentido de que era muitas vezes cerebral, inventada por jovens inteligentes, homens e mulheres, interessados tanto em perturbar o público, ou fazê-los pensar, como em fazer uma canção pop".[13]
Além disso, o pós-punk é frequentemente entendido não apenas como um gênero, mas também como um período da música alternativa. O jornalista musical Simon Reynolds definiu a era pós-punk como ocorrendo aproximadamente entre 1978 e 1984.[14][7] Ele defendeu que o pós-punk fosse concebido como "menos um gênero de música do que um espaço de possibilidade",[15] sugerindo que "o que une toda essa atividade é um conjunto de imperativos abertos: inovação; estranheza intencional; o abandono intencional de todas as coisas precedentes".[14] Reynolds afirmou que o período pós-punk produziu inovações e música significativas por si só.[16] Ele descreveu o período como "uma combinação justa para os anos sessenta em termos da grande quantidade de ótima música criada, o espírito de aventura e idealismo que a infundiu e a maneira como a música parecia inextricavelmente conectada à turbulência política e social de sua época.[17]
O historiador musical Clinton Heylin coloca o "verdadeiro ponto de partida para o pós-punk inglês" em algum lugar entre agosto de 1977 e maio de 1978, com a chegada do guitarrista John McKay no Siouxsie and the Banshees em julho de 1977, o primeiro álbum do Magazine, a nova direção musical do Wire em 1978 e a formação do Public Image Ltd.. O historiador musical Simon Goddard escreveu que os álbuns de estreia dessas bandas lançaram as bases características do pós-punk.
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Características
O nome post-punk (ou pós-punk) foi usado para descrever uma inclinação sonora e atmosférica mais alternativa, intimista, poética e experimental.
Apesar deste momento de agitação cultural ter sido inicialmente chamado de new wave, é mais comum atribuir este nome para as bandas da época com inclinações comerciais e com orientações para música pop, disco, eletrônica e pela estética artística colorida e futurista. A new wave tomou proporções comerciais maiores na cultura pop da década de 1980 em relação ao pós-punk, que em parte se manteve no underground com poucas bandas como The Cure e Siouxsie and the Banshees obtendo sucesso comercial. Pode-se considerar, de forma geral, a new wave como a evolução acessível (mainstream) do punk rock, enquanto que o pós-punk pode ser considerado uma resposta menos comercial com um caráter mais intimista, alternativo e experimental.
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História
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Em particular, o ano de 1977 foi considerado crucial para o início do pós-punk inglês com bandas como Joy Division precedendo bandas como Siouxsie and the Banshees, Wire, Magazine e Public Image.[18]
Referências
- «AllMusic | Record Reviews, Streaming Songs, Genres & Bands». AllMusic (em inglês). Consultado em 25 de setembro de 2025
- Heylin 2007, "If there is a 'true' starting-point for English post-punk, it may be Siouxsie & the Banshees' recruitment of guitarist John McKay, or the formation of Magazine and PiL, which places it somewhere between August 1977 and May 1978. Or perhaps Wire's decision to turn from a quintet into a quartet and slow down the songs in January 1977"; Reynolds 2013, "... the 'post-punk vanguard'—overtly political groups like Gang of Four, Au Pairs, Pop Group ...", p. 210; Kootnikoff 2010, "[Post-punk] bands like Joy Division, Gang of Four, and the Fall were hugely influential", p. 30; Cavanagh 2015, "So far this year [1979] Peel has played several bands – Gang of Four, Cabaret Voltaire, the Cure, PiL, Throbbing Gristle – who will be synonymous with post-punk, but perhaps the most important ... are Joy Division", pp. 192–193; Bogdanov, Woodstra & Erlewine 2002, "Their music [Pere Ubu] ... set the pace for much of American post-punk ... One of the only American post-punk bands to reach both a large cult audience and the mainstream were Talking Heads", p. 1337; Cateforis 2011, "Writers like Jon Savage threw their loyalties behind the more overtly experimental and radical musical deconstructions of groups like Devo, Throbbing Gristle, Siouxsie and the Banshees, the Slits, and Wire.", p. 26
- Ogg, Alex (October 2009). «Beyond Rip It Up: Towards A New Definition of Post Punk?». The Quietus. Consultado em 20 February 2016. Cópia arquivada em 9 October 2023 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=(ajuda) - Taylor 2003, pp. 14, 16.
- Cateforis 2011, pp. 26–27.
- Savage, Jon (26 November 1977). «New Musick: Devo Look Into the Future!». Sounds. Consultado em 17 June 2025 Verifique data em:
|acessodata=, |data=(ajuda) - Wilkinson 2016, p. 1.
- Reynolds 2005, p. xxvii.
- Gittins 2004, p. 5.
- Murray, Noel (28 May 2015). «60 minutes of music that sum up art-punk pioneers Wire». The A.V. Club. Consultado em 21 April 2020. Cópia arquivada em 17 August 2017 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=(ajuda) - Jackson, Josh (8 September 2016). «The 50 Best New Wave Albums». Paste. Consultado em 24 January 2017. Cópia arquivada em 1 October 2017 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=(ajuda) - Wilkinson 2016, p. 8.
- Lezard, Nicholas (22 April 2005). «Fans for the memory». The Guardian (Book review: Simon Reynolds, Rip it Up and Start Again: Post-Pink 1978–1984). Consultado em 21 March 2016. Cópia arquivada em 26 January 2021 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=(ajuda) - Reynolds 2009, pp. 408–418.
- name="TheQuietus"
- Kitty Empire (17 April 2005). «Never mind the Sex Pistols». The Guardian (Book review: Simon Reynolds, Rip It Up And Start Again: Post-Punk 1978–1984). Consultado em 17 February 2016. Cópia arquivada em 26 January 2021 Verifique data em:
|acessodata=, |arquivodata=, |data=(ajuda) - Reynolds 1996, p. xi.
- Heylin, Clinton (2006). Babylon's Burning: From Punk to Grunge. [S.l.]: Penguin Books. ISBN 0-14-102431-3.
If there is a 'true' starting-point for English post-punk, it may be Siouxsie & the Banshees' recruitment of guitarist John McKay, or the formation of Magazine and PiL, which places it somewhere between August 1977 and May 1978. Or perhaps Wire's decision to turn from a quintet into a quartet and slow down the songs in January 1977
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Ver também
Referências
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