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Primavera Árabe
protestos e revoluções no mundo árabe na década de 2010 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Primavera Árabe (em árabe: الربيع العربي) foi uma série de protestos antigovernamentais, revoltas e rebeliões armadas que se espalharam por grande parte do mundo árabe no início da década de 2010. A onda revolucionária que teve início na Tunísia em resposta à corrupção e estagnação econômica.[1][2] Da Tunísia, os protestos se espalharam para outros cinco países: Líbia, Egito, Iêmen, Síria e Bahrein. Os governantes foram depostos (Zine El Abidine Ben Ali da Tunísia em 2011, Muammar Gaddafi da Líbia em 2011, Hosni Mubarak do Egito em 2011 e Ali Abdullah Saleh do Iêmen em 2012) ou ocorreram grandes revoltas e violência social, incluindo motins, guerras civis, ou insurgências. Manifestações de rua sustentadas ocorreram em Marrocos, Iraque, Argélia, Líbano, Jordânia, Kuwait, Omã e Sudão. Pequenos protestos ocorreram no Djibuti, Mauritânia, Estado da Palestina, Arábia Saudita e no Saara Ocidental ocupado pelo Marrocos.[3]
A onda de revoluções e protestos iniciais desapareceu em meados ou finais de 2012, quando muitas manifestações foram recebidas com violência por parte das autoridades,[4] milícias pró-governamentais, contramanifestantes e militares. Estes ataques foram respondidos com violência por parte dos manifestantes em alguns casos.[5] Seguiram-se vários conflitos militares de grande escala após os protestos: a Guerra Civil Síria;[6][7] a ascensão do Estado Islâmico,[8] a insurgência e a subsequente Guerra Civil Iraquiana;[9] a crise, a eleição e a destituição de Mohamed Morsi no Egito, e a subsequente agitação e insurgência;[10] a crise líbia; e a crise iemenita e a subsequente guerra civil.[11] Os regimes que não dispunham de grandes riquezas petrolíferas nem de acordos de sucessão hereditária tinham mais probabilidades de sofrer mudanças de regime.[12]
Uma luta pelo poder continuou após a resposta imediata à Primavera Árabe. Enquanto a liderança mudava e os regimes eram responsabilizados, vácuos de poder se abriram no mundo árabe. Em última análise, isto resultou numa batalha contenciosa entre a consolidação do poder pelas elites religiosas e o crescente apoio à democracia em muitos Estados de maioria muçulmana. As esperanças iniciais de que estes movimentos populares acabariam com a corrupção, aumentariam a participação política e trariam maior equidade económica ruíram rapidamente na sequência dos movimentos contrarrevolucionários de intervenientes estatais estrangeiros no Iémen,[13] das intervenções militares regionais e internacionais no Bahrein e no Iémen, e das guerras civis destrutivas na Síria, no Iraque, na Líbia e no Iêmen.[14]
Alguns referiram-se aos conflitos subsequentes e ainda em curso como o Inverno Árabe.[6][7][9][10][11] As recentes revoltas no Sudão e na Argélia mostram que as condições que deram início à Primavera Árabe não desapareceram e que os movimentos políticos contra o autoritarismo e a exploração ainda estão a ocorrer.[15] Desde o final de 2018, múltiplas revoltas e movimentos de protesto na Argélia, Sudão, Iraque, Líbano e Egipto têm sido vistos como uma continuação da Primavera Árabe.[16][17]
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Perspectiva
A revolução democrática árabe é considerada a primeira grande onda de protestos democráticos do mundo árabe no século XXI. Os protestos, de índole social e, no caso da Tunísia, apoiada pelo exército, foram causados por fatores demográficos estruturais,[18] condições de vida duras promovidas pelo desemprego, ao que se aderem os regimes corruptos e autoritários[19] revelados pelo vazamento de telegramas diplomáticos dos Estados Unidos divulgados pelo Wikileaks. Estes regimes, nascidos dos nacionalismos árabes dentre as décadas de 1950 e 1970, foram se convertendo em governos repressores que impediam a oposição política credível que deu lugar a um vazio preenchido por movimentos islamistas de diversas índoles.[19]

Outras causas das más condições de vida, além do desemprego e da injustiça política e social de seus governos, estão na falta de liberdades, na alta militarização dos países e na falta de infraestruturas em lugares onde todo o benefício de economias em crescimento fica nas mãos de poucos e corruptos.[20]
Com poucas exceções, até a Guerra Fria, maiores liberdades políticas não eram permitidas nesses países. Diferentemente da atualidade, a coincidência com o amplo processo da globalização, que difundiu as ideias do Ocidente e que, no final da primeira década do terceiro milênio, terminaram tendo grande presença as redes sociais, que em 2008 se impuseram na internet.[21] Esta, por sua vez, se fez presente na década de 2000, devido aos planos de desenvolvimento da União Europeia.[22] A maioria dos protestantes são jovens (não em vão, os protestos no Egito receberam o nome "Revolução da Juventude"), com acesso a Internet e, ao contrário das gerações antecessoras, possuem estudos básicos e, até mesmo, graduação superior. O mais curioso dos eventos com início na Tunísia foi sua rápida difusão por outras partes do mundo árabe.[23]
Por último, a profunda crise do subprime de 2008 e a crise climática de 2009-2012[24] na qual foi muito sentida pelos países norte-africanos, piorando os níveis de pobreza, foi um detonador para a elevação do preço dos alimentos e outros produtos básicos.[22] A estas causas compartilhadas pelos países da região se somam outras particulares. No caso da Tunísia, a quantidade de turistas internacionais e, em especial, os europeus que recebia, promoveu maior penetração das ideias ocidentais; ademais, o governo da Tunísia é um dos menos restritivo.[22]
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Histórico
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Perspectiva

As redes sociais desempenharam um papel considerável nos recentes movimentos contra a ditadura nos países árabes. A propagação do movimento conhecido como Primavera Árabe, que começou em 2010 na Tunísia, para todo o Norte da África e Oriente Médio não teria sido a mesma sem os recursos proporcionados pela internet. Foi na Internet que os setores mais inconformados da sociedade encontraram o instrumento ideal para exercer o ciberativismo, de onde eles puderam canalizar as críticas contra os abusos do poder das autoridades, agendar e realizar ações de protesto.[25]
Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, Mohamed Bouazizi, ateou fogo ao próprio corpo como forma de manifestação contra as condições de vida no país que morava. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que o levaria à própria morte, acabaria culminando no que, mais tarde, viria a ser chamado de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.[26]
Evolução
O termo Primavera Árabe, como o evento se tornou conhecido,[27][28][29][30][31][32] apesar de ter-se iniciado durante o inverno do hemisfério norte, é uma alusão à Primavera de Praga. Começou com os primeiros protestos que ocorreram na Tunísia em 18 de Dezembro de 2010, após a autoimolação de Mohamed Bouazizi, em uma forma de protesto contra a corrupção policial e os maus tratos.[33][34] Com o sucesso dos protestos na Tunísia, a onda de protestos atingiu Argélia, Jordânia, Egito e Iêmen,[35] com as maiores e mais organizadas manifestações de um "dia de fúria".[36][37][38] Os protestos também provocaram manifestações semelhantes fora da região.
Até a data, as manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, na sequência dos protestos da Revolução de Jasmim; no Egito, o presidente Hosni Mubarak renunciou em 11 de Fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos em massa, terminando seu mandato de 30 anos; e na Líbia, o presidente Muammar al-Gaddafi, morto em tiroteio após ser capturado no dia 20 de outubro e torturado por rebeldes, arrastado por uma carreta em público, morrendo com um tiro na cabeça, terminando seu mandato de 42 anos. Durante este período de instabilidade regional, vários líderes anunciaram sua intenção de renunciar: o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, anunciou que não iria tentar se reeleger em 2013, terminando seu mandato de 35 anos.[39] O presidente do Sudão, Omar al-Bashir também anunciou que não iria tentar a reeleição em 2015,[40] assim como o premiê iraquiano, Nouri al-Maliki, cujo mandato terminou em 2014,[41] embora tenha havido manifestações cada vez mais violentas exigindo a sua demissão imediata.[42] Protestos na Jordânia também causaram a renúncia do governo,[43] resultando na indicação do ex-primeiro-ministro e embaixador em Israel, Marouf Bakhit, como novo primeiro-ministro pelo rei Abdullah.[44]
A volatilidade dos protestos[45] e as suas implicações geopolíticas atraíram a atenção global,[46] e cogitou-se que algumas lideranças do movimento poderiam ser indicadas ao Prêmio Nobel da Paz de 2011.[47]
Situação por país

Grandes protestos Protestos menores Outros protestos e ação militante fora do mundo árabe
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Consequências
Inverno Árabe[76] ou Inverno Islamita[77] é um termo para a violência e instabilidade em larga escala desenvolvida na sequência dos protestos da Primavera Árabe nos países do mundo árabe. O Inverno Árabe se caracteriza por extensas guerras civis, instabilidade regional geral, declínio econômico e demográfico da Liga Árabe e guerras religiosas globais entre muçulmanos sunitas e xiitas.
Ver também
- Inverno Árabe
- Revolta Árabe
- Guerra Fria Árabe
- Nacionalismo árabe
- Revoluções de 1848
- Lista de conflitos modernos no Norte da África
- Conflitos no Oriente Médio
- Revoluções coloridas
- Revoluções do Atlântico
- Revoluções de 1820
- Revoluções de 1830
- Revoluções de 1848
- Revoluções de 1905-1911
- Revoluções de 1917-23
- Protestos de 1968
- Revoluções de 1989
Referências
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Bibliografia
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