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Revoluções atlânticas
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Revoluções atlânticas é um conceito usado para designar uma onda revolucionária no Mundo Atlântico que se estende do final do século XVIII às primeiras décadas do século XIX (19 de abril de 1775 - 4 de dezembro de 1838). São revoluções associadas de alguma forma com o ideário iluminista.
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Agosto de 2020) |
Na sequência do Século das Luzes, aprofundou-se e generalizou-se a crítica às monarquias absolutistas europeias, movida pela difusão dos ideais do Iluminismo e pelo ideário liberal, suscitando movimentos pela derrubada desses regimes.
Outras revoluções, na África Ocidental, defendiam formas do Islã mais igualitárias, em relação às formas tradicionais.[1]
Em 1755, surgiram os primeiros sinais de mudanças de regime, com a formação da República Corsa e a Guerra de Pontiac. A maior dessas primeiras revoluções foi a Revolução Americana, iniciada em 1775, que resultou na fundação dos Estados Unidos da América.[2] A Revolução Americana inspirou outros movimentos, incluindo a Revolução Francesa (1789) e a Revolução Haitiana (1791). Com a Espanha envolvida em guerras na Europa, as colônias espanholas do continente garantiram sua independência nos anos 1820.[3]
Em uma perspectiva de longo prazo, essas revoluções foram, em sua maioria, bem-sucedidas: difundiram amplamente os ideais de liberalismo e republicanismo, a derrubada de aristocracias, reis e igrejas estabelecidas. Enfatizaram os ideais universais da Iluminismo, como a igualdade de todos os homens, incluindo a justiça igual perante a lei, com tribunais desinteressados, em oposição à justiça particular guiada por caprichos de nobres locais. Enfim, mostraram que a noção moderna de revolução - recomeçar do zero com um governo radicalmente novo - poderia de fato funcionar na prática.[4]
Entretanto o tema comum das revoluções atlânticas se desfaz, até certo ponto, com a leitura das obras de Edmund Burke. Burke inicialmente apoiou os colonos americanos em seu discurso On American Taxation (1774) [5], e considerou que a propriedade e outros direitos estavam sendo violados pela Coroa. Mais tarde, em aparente contradição, Burke deplorou o processo da Revolução Francesa, em Reflections on the Revolution in France (1790), posto que, nesse último caso, os direitos de propriedade, consuetudinários e religiosos estavam sendo removidos sumariamente pelos revolucionários - e não pela Coroa. Em ambos os casos, ele estava seguindo a teoria de Montesquieu de que o direito de possuir propriedade é um elemento essencial da liberdade pessoal.
Esses vários fatos históricos incluem entre os itens:
- Uma preocupação com os Direitos do Homem e à liberdade do indivíduo;
- Uma ideia (muitas vezes tendo como base John Locke ou Jean-Jacques Rousseau) de soberania popular;
- Crença em um contrato social, que por sua vez, foi muitas vezes codificada em forma escrita, ou seja, a Constituição;
- Uma certa complexidade de convicções religiosas, muitas vezes associados com deísmo, Voltaire, agnosticismo e caracterizado pela veneração da razão;
- Aversão ao feudalismo e muitas vezes da monarquia.
As Revoluções Atlânticas também tinham muitos símbolos compartilhados, incluindo:
- O termo "pátria", utilizada por muitos grupos revolucionários;
- Usar o lema "liberdade";
- O barrete frígio;
- A deusa Marianne(representando a república francesa);
- A árvore da liberdade e assim por diante.
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Personagens históricos
- George Washington (Estados Unidos)
- Thomas Jefferson (Estados Unidos)
- Benjamin Franklin (Estados Unidos)
- Sons of Liberty (América do Norte)
- Marquês de Lafayette (França e América do Norte)
- Patriotas neerlandeses (Holanda)
- Société des Amis des Noirs (França)
- Richard Price e Joseph Priestley (Inglaterra)
- Jacobinos (França, 1789-1794)
- Lautaro Lodge
- Maximilien Robespierre (França)
- Society of the United Irishmen (Irlanda, 1791-1804)
- Thomas Paine (Grã-Bretanha e América do Norte)
- Friends of the People Society (Inglaterra, 1792 -)
- Society of the United Scotsmen (Escócia)
- Society of the United Englishmen
- Tom Wolfe (Irlanda)
- Toussaint Louverture (no Haiti)
- London Corresponding Society (Londres)
- Francisco de Miranda
- Société des Fils de la Liberté (Quebec)
- Tadeusz Kosciuszko
- Simón Bolívar (América do Sul)
- José de San Martín (América do Sul)
- Maria Leopoldina da Áustria (Brasil)
- D.Pedro I (Brasil)
- José Bonifácio de Andrada (Brasil)
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Referências
- Getz, Trevor. «READ: West Africa in the Age of Revolutions». Khan Academy (em inglês)
- «Timeline of the Revolution». nps.gov
- Jaime E. Rodríguez O., The Independence of Spanish America (1998)
- Robert R. Palmer, The Age of the Democratic Revolution: A Political History of Europe and America, 1760-1800. (2 vol., 1959-1964)
- Freudenthal, Aida (2013). «Republicanismo em Angola: os "filhos do país" perante a Era Nova (1870-1912).» (PDF). São Paulo. Via Atlântica (23)
- Pereira, Eduardo Adilson Camilo (2014). «Cabo Verde: entre uma civilização agrícola e uma civilização industrial e comercial (1822-1841)». Lisboa: Universidade Nova de Lisboa. Sankofa. Revista de História da África e de Estudos da Diáspora Africana (14)
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Bibliografia
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