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Raymundo Damasceno
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Raymundo Damasceno Assis (Capela Nova, 15 de fevereiro de 1937) é um cardeal brasileiro da Igreja Católica, atual arcebispo emérito de Aparecida, membro do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e da Pontifícia Comissão para América Latina, na Santa Sé.[2] Foi, também, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, entre os anos de 2011 e 2015.
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Presbítero
Em 1955 entrou para o Seminário Menor na cidade de Mariana, onde cursou o segundo grau.[3] Em 1961 foi para Roma onde cursou filosofia[4] e, em 1965 para a Alemanha, onde acompanhou o Curso Superior de Catequese.[5] Foi ordenado padre em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais, aos 19 de março de 1968.[6]
Depois de ordenado sacerdote, exerceu as seguintes funções: Coordenador de Catequese da Arquidiocese de Brasília, de 1968 a 1970; Pároco da Igreja do Santíssimo Sacramento em Brasília, de 1968 a 1976 e Chanceler da Arquidiocese de Brasília, de 1968 a 1979.[7] Exerceu também as funções de Reitor do Seminário maior de Brasília.[8]
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Bispo
A ordenação episcopal de Dom Damasceno aconteceu em 15 de setembro de 1986 na Catedral de Nossa Senhora Aparecida, em Brasília.[9] Daí exerceu as funções de bispo auxiliar e vigário geral da Arquidiocese de Brasília, de 1986 a 2003[10] e diretor do Curso Superior de Teologia para leigos da Arquidiocese de Brasília, de 1986 a 2003.[11] Foi nomeado arcebispo de Aparecida em 2004,[12] onde desempenhou as funções de arcebispo até dia 16 de novembro de 2016, quando o Papa Francisco acolheu seu pedido de renúncia ao governo pastoral da arquidiocese.[13]
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Sínodos
Dom Raymundo foi Padre Sinodal na 1ª Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, que aconteceu em Roma no mês de abril de 1994; Padre Sinodal nomeado por João Paulo II, na IX Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em Roma, abril de 1994. Padre sinodal eleito pela Assembleia da CNBB e confirmado por João Paulo II na Assembleia Especial para a América do Sínodo dos Bispos, em Roma no ano de 1997.[3]
Participou da Conferência de Aparecida em 2007, como membro delegado pela CNBB.[14]
Dom Raymundo foi nomeado pelo Papa Bento XVI como padre sinodal da 2ª Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, que aconteceu em Roma no mês de outubro de 2009.[15]
Participou como padre sinodal nomeado pelo Papa Bento XVI da Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos, que aconteceu em Roma no mês de outubro de 2010.[16]
Atividades na CNBB
Ocupou o cargo de secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, por dois mandatos, de 1995 a 1999, e de 1999 a 2003,[17] foi membro da sua Comissão Episcopal de Pastoral para a Comunicação, Educação e Cultura;[18] presidente do Conselho Fiscal, de 2003 a 2006;[19] presidente da Comissão Episcopal da CNBB da Campanha para a Evangelização, de 2003 a 2006.[3]
Em 9 de maio de 2011, durante a 49ª reunião da CNBB, Assis foi eleito presidente da instituição pelos quatro anos seguintes (2011–2015).[20] Dom Raymundo foi eleito na segunda votação, com 196 votos, derrotando Dom Odilo Scherer, que recebeu 75 votos.[21] Foi sucedido por Dom Sérgio da Rocha.[22]
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Atividades no CELAM
Foi ainda membro da Comissão Episcopal do Departamento de Catequese do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) de 1987 a 1991; secretário-geral do CELAM, de 1991 a 1995;[23] secretário-geral da Quarta Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992, nomeado pelo Papa João Paulo II,[24] e ainda membro do Comitê Econômico do CELAM, em Bogotá, de 1995 a 1999 e membro da Comissão Episcopal de Comunicação do CELAM, de 2003 a 2006. Suplente do Delegado da CNBB junto ao CELAM de 2003 a 2006 e delegado da CNBB na Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho, em maio de 2007.[carece de fontes]
Na 31ª Assembleia Ordinária do CELAM, realizada na cidade de Havana no mês de julho de 2007, foi eleito seu presidente para o quadriênio 2007–2011.[25][26]
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Cardinalato

No dia 20 de outubro de 2010 foi anunciada a sua criação como cardeal pelo Papa Bento XVI, no consistório de 20 de novembro.[10][27][28] Com a eleição de Dom Raymundo Damasceno, o Brasil passa a dispor de nove cardeais, dos quais seis são eméritos.[29] Passou a usar o titulus de Cardeal-presbítero da Imaculada em Tiburtino, do qual tomou posse no dia 3 de abril de 2011.[30] Como Cardeal, tomou parte no Conclave de 2013, que elegeu o jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio como Pontífice, conhecido como Papa Francisco.[31]
Após aposentar-se da Arquidiocese de Aparecida, mudou-se para Brasília, sua diocese de origem, onde contribui nos trabalhos pastorais da Arquidiocese de Brasília e na CNBB.[2]
Em setembro de 2019, foi nomeado pelo Papa Francisco como Comissário Pontifício junto aos Arautos do Evangelho, devido a ter encontrado no grupo "deficiências no que diz respeito ao estilo de governo, à vida dos membros do Conselho, à pastoral, à formação de novas vocações, à administração, à gestão das obras e à captação de recursos."[32]
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Atividades extra-eclesiásticas
Elegeu-se membro da Academia Brasiliense de Letras em novembro de 2003,[33] tomando posse na cadeira 33, em 23 de junho de 2004 e integrou o Conselho da Comunidade Solidária.[34]
Ordenações episcopais
Dom Raymundo presidiu a ordenação episcopal de:[10]
- Vilson Dias de Oliveira, D.C. (2007)
- Darci José Nicioli, C.Ss.R. (2013)
Dom Raymundo foi concelebrante da ordenação episcopal de:[10]
- Dimas Lara Barbosa (2003)
- Moacir Silva (2004)
- Joércio Gonçalves Pereira, C.Ss.R. (2006)
- José Ronaldo Ribeiro (2007)
- José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R. (2010)
- Luiz Fernando Lisboa, C.P. (2013)
- Marcony Vinícius Ferreira (2014)
- Jeová Elias Ferreira (2020)
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Referências
- «Card. Damasceno: "Reconstruir o Brasil é também dever dos cidadãos"». Dom Total. 1 de julho de 2017. Consultado em 21 de fevereiro de 2021
- «Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis». Arquidiocese de Aparecida. Consultado em 16 de fevereiro de 2012
- «ASSIS, Raimundo Damasceno». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas. 21 de setembro de 2014. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Arcebispo de Aparecida será nomeado cardeal pelo Papa». Revista Época. 20 de outubro de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Novo Presidente do CELAM». Arquidiocese de Cuiabá. 10 de julho de 2007. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Prefeito participa de Celebração do ano jubilar de Dom Raymundo». Município de Conselheiro Lafaiete. 20 de março de 2018. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Dom Raymundo Damasceno Assis». Canção Nova. 26 de fevereiro de 2013. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Discurso de Dom Raymundo Damasceno no CEN 2010». Canção Nova. 14 de maio de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «CNBB saúda Dom Damasceno pelos 25 anos de ordenação episcopal». Canção Nova. 12 de setembro de 2011. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Nomeado cardeal pelo Papa, Dom Raymundo Damasceno é recebido com festa em Aparecida». Extra. 26 de outubro de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Arcebispo de Aparecida será nomeado cardeal pelo Papa». Terra. 20 de outubro de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Papa aceita renúncia de Damasceno e nomeia novo arcebispo para Aparecida». Jornal de Brasília. 16 de novembro de 2016. Consultado em 10 de agosto de 2020
- Carmen Munari (13 de maio de 2007). «IGREJA ESPERA DIRETRIZES DO PAPA PARA RECONQUISTA DE FIÉIS». Reuters. G1. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Dom Raymundo Damasceno é nomeado para o Sínodo da África». Canção Nova. 18 de setembro de 2009. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Testemunhar Cristo com o perdão, pedem Bispos aos católicos no Oriente Médio». Aci Digital. 12 de outubro de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Papa anuncia os novos arcebispos de Aparecida, Belo Horizonte e Brasília». Folha de S. Paulo. 29 de janeiro de 2004. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Cardeal Raymundo Damasceno completa 75 anos com homenagem na sede da CNBB». Aci Digital. 16 de fevereiro de 2012. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Papa nomeia arcebispo de Aparecida como cardeal». SRZD. 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Dom Damasceno é o novo presidente da CNBB». Canção Nova. 9 de maio de 2011. Consultado em 10 de agosto de 2020
- Isabela Lemos (10 de maio de 2011). «Cardeal Raymundo Damasceno é eleito presidente da CNBB». JC - Uol. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Arcebispo de Brasília é eleito presidente da CNBB». Diário do Poder. 21 de abril de 2015. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «REQUERIMENTO». Senado Federal do Brasil. Novembro de 2010. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Cardeal Dom Raymundo Damasceno é o novo presidente da CNBB». O Nacional. 10 de maio de 2011. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Arcebispo de Aparecida é eleito presidente do Celam». AFP. Uol. 10 de julho de 2007. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «Dom Damasceno é o novo presidente do CELAM». AFP. Canção Nova. 11 de julho de 2007. Consultado em 10 de agosto de 2020
- G1 (20 de outubro de 2010). «Arcebispo de Aparecida será nomeado cardeal pelo Papa». Consultado em 20 de outubro de 2010
- Vaticano (20 de outubro de 2010). «Annuncio di Concistoro per la creazione di nuovi Cardinali , 20.10.2010» (em italiano)[ligação inativa]
- e-band (20 de outubro de 2010). «Arcebispo de Aparecida é nomeado cardeal por Bento 16». Consultado em 21 de outubro de 2010
- The Cardinals of the Holy Roman Church
- Juliana Cardilli (6 de março de 2013). «Repórter do G1 relata expectativa de cardeal brasileiro para o conclave». G1. Consultado em 10 de agosto de 2020
- «O Vaticano nomeia comissário para os Arautos do Evangelho, a Associação brasileira envolvida em estranhos exorcismos sob investigação desde 2017». Instituto Humanitas Unisinos. 30 de setembro de 2019. Consultado em 23 de janeiro de 2025
- Revista da Academia Brasiliense de Letras. Ano XXII - nº 18 - Brasília, 2005
- «Dom Orlando Brandes é nomeado novo Arcebispo da Arquidiocese de Aparecida». Arquidiocese de Florianópolis. 16 de novembro de 2016. Consultado em 10 de agosto de 2020
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Ligações externas
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