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Joachim von Ribbentrop
político alemão Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Ulrich Friedrich Wilhelm Joachim von Ribbentrop (Wesel, 30 de abril de 1893 — Nuremberg, 16 de outubro de 1946) foi um político alemão, ministro de Relações Exteriores da Alemanha Nazista entre 1938 e 1945 e uma das principais e influentes figuras do Terceiro Reich de Adolf Hitler.
Foi também um dos líderes nazistas acusado de crimes contra a humanidade pelo Tribunal de Nuremberg, condenado à morte e enforcado em 1946 após a derrota e rendição da alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
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Origens
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Ribbentrop nasceu na Prússia, filho de um oficial do exército do Kaiser alemão,[1] e teve uma educação errática em escolas particulares da Alemanha e da Suíça até a metade da adolescência.[2] Fluente em francês e inglês, ele e a família viveram períodos em Grenoble e em Londres, antes de mudarem-se para o Canadá em 1910.[3]
Até ao início da I Guerra Mundial trabalhou como engenheiro e jornalista em vários locais da América do Norte (Montreal, Nova Iorque e Boston) e dirigiu um negócio de importação de vinhos e vinhos espumantes alemães para o Canadá.[4] Com o advento da guerra, ele deixou o Canadá e voltou para seu país em 1914, onde integrou o 125º batalhão de Hussardos.[5] Durante a guerra, lutou nas frentes oriental e ocidental, chegando à patente de tenente e sendo condecorado com a Cruz de Ferro.
Ribbentrop foi apresentado a Hitler em 1928, e filiou-se ao partido nazista em 1 de maio de 1932.
Antes da Segunda Guerra Mundial, foi embaixador alemão no Reino Unido, de 1935 a 1938, e um dos protagonistas das negociações do sistema de alianças acordadas entre a Alemanha, a Itália e o Japão (conhecido como Pacto do Eixo). Também foi um dos promotores do plano de expansão alemão, que levou à anexação da Áustria e da Tchecoslováquia.
Tornou-se célebre por ter representado a Alemanha no chamado Pacto Ribbentrop-Molotov, um acordo de não agressão, firmado em Moscou, com a União Soviética, sendo esta representada por Viatcheslav Molotov.
Após a derrota alemã na guerra (1945), Ribbentrop foi capturado pelas tropas britânicas.
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Julgamento e execução
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Ribbentrop foi um dos réus dos julgamentos de Nuremberg. O Tribunal Militar Internacional dos Aliados condenou-o por todas as quatro acusações: crimes contra a paz, planejando deliberadamente uma guerra de agressão; crimes de guerra e crimes contra a humanidade. De acordo com o julgamento, Ribbentrop esteve ativamente envolvido no planejamento da invasão da Polônia e, antes disso, na anexação da Áustria e da Tchecoslováquia. Também, segundo o tribunal, esteve intimamente envolvido na "solução final" e, já em 1942, ordenara aos diplomatas alemães em países do Eixo que intensificassem o processo de envio de judeus para campos de extermínio, no leste. Sempre segundo o veredito, Ribbentrop apoiou o linchamento de aviadores aliados, abatidos quando sobrevoavam a Alemanha e ajudou a encobrir o assassinato de um general francês, que era mantido como prisioneiro de guerra, em 1944. Ribbentrop foi também responsabilizado pelas atrocidades que aconteceram na Dinamarca e na França de Vichy, uma vez que, nesses dois países ocupados, os oficiais superiores se reportavam a ele. Ribbentrop afirmou que Hitler tomou todas as decisões importantes, e que ele havia sido enganado pelas repetidas afirmações de Hitler de que ele só queria a paz. O Tribunal rejeitou essa alegação, considerando que, dado o grau de envolvimento de Ribbentrop na execução da guerra, "ele não poderia desconhecer a natureza agressiva das ações de Hitler".[6]
As sentenças de morte em Nuremberg foram executadas a 16 de outubro de 1946.[7][8] Ribbentrop foi o primeiro a ser morto (Göring cometera suicídio antes de sua execução). Suas últimas palavras foram: "Deus proteja a Alemanha. Deus tenha piedade de minha alma. Meu último desejo é que a Alemanha recupere a sua unidade e que, em nome da paz, haja entendimento entre o Oriente e o Ocidente. Desejo paz para o mundo".[9] Membros do Exército dos EUA cremaram os restos de Ribbentrop e espalharam suas cinzas em local não especificado.[10]
Segundo o historiador Giles MacDonogh, "o carrasco trabalhou mal na execução, e a corda estrangulou o ex-ministro das relações exteriores por 20 minutos antes que ele morresse".[11][12][13][14] O exército dos EUA negou as acusações de que a queda do corpo fora muito curta, fazendo com que o condenado morresse lentamente, por estrangulamento, em vez de ter o pescoço quebrado - o que teria causado paralisia, imobilização e provável inconsciência imediata, sobrevindo a morte rápida.
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Ver também
Referências
- Bloch, Ribbentrop, pags 1–2.
- Bloch, Ribbentrop, pags 3–4.
- Bloch, Ribbentrop, pag 6.
- Bloch, Ribbentrop, pag 7.
- Current Biography 1941, pp. 707-709
- "Judgment against Ribbentrop", International Military Tribunal. Jewish Virtual Library.
- «The trial of the century». Consultado em 28 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 10 de junho de 2010
- Bloch, Michael. Ribbentrop. New York: Crown Publishing, 1992. ISBN 0-517-59310-6, p. 456.
- Weitz, John. Hitler's Diplomat: The Life And Times Of Joachim von Ribbentrop. New York: Ticknor & Fields, 1992. ISBN 0-395-62152-6., p. 339.
- MacDonogh G., After the Reich. John Murray: London, 2008; p.450
- War Crimes: Night without Dawn.. Time Magazine, 28 de outubro de 1946.
- The Not-So-Fine Art of Hanging, por Tom Zeller Jr.. The New York Times, 16 de janeiro de 2007.
- The Nuremberg Hangings — Not So Smooth Either. Por Tom Zeller Jr. NY Times, 17 de janeiro de 2007.
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Bibliografia
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