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Rinoceronte-negro

espécie de mamífero Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Rinoceronte-negro
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O rinoceronte-negro (nome científico: Diceros bicornis) é uma espécie de rinoceronte, nativa do leste, sul e centro da África, incluindo o Quênia, Tanzânia, Camarões, África do Sul, Namíbia, Zimbábue e Angola. Embora referido como "negro", sua cor varia do marrom ao cinza.

Factos rápidos Estado de conservação, Classificação científica ...

O outro rinoceronte africano é o rinoceronte-branco (Ceratotherium simum). A palavra "branco" no nome é frequentemente dita como um erro na tradução da palavra africâner wyd, que significa largo, referindo-se ao lábio superior em forma de quadrado, em oposição ao lábio pontudo do rinoceronte-negro.[5]

A espécie é classificada como criticamente em perigo, mas três subespécies já foram declaradas extintas, como declarado pela IUCN em 2011. Atualmente, existem cerca de 5.000 exemplares dessa espécie de rinoceronte por toda a África.[6][7]

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Taxonomia

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Perspectiva

A espécie foi nomeada primeiramente como Rhinoceros bicornis por Carolus Linnaeus (Lineu) na décima edição do Systema naturae em 1758. O nome significa "rinoceronte de dois cornos". Há alguma confusão sobre porque Lineu deu esse nome a essa espécie, dado que sua nomeação se aseou em um crânio de rinoceronte-indiano (Rhinoceros unicornis), com um segundo corno adicionado artificialmente pelo coletor. Tal crânio fez com que Lineu mencionasse a origem da espécie como a Índia. Entretanto, ele também se refere a rinocerontes de dois chifres na África e o nome passou a se referir a todas as duas espécies de rinocerontes africanos (o rinoceronte-branco só foi reconhecido em 1812).[8] Em 1911 foi oficialmente considerada a localidade tipo como o Cabo da Boa Esperança.[9]

Subespécies

A variação intraespecífica no rinoceronte-negro tem sido discutida por vários autores e não está totalmente resolvida.[10] O mais aceito arranjo considera a existência de sete ou oito subespécies,[3][11][12] sendo que três já foram extintas em tempos históricos e uma está à beira da extinção:

  • Diceros bicornis bicornis – Extinto. Já foi abundante do Cabo da Boa Esperança até Transvaal, África do Sul e provavelmente sul da Namíbia e era a maior subespécie. Tornou-se extinta devido à caça excessiva e destruição do habita por volta de 1850.[13]
  • Diceros bicornis brucii – Extinto. Originalmente centro do Sudão, Eritreia, norte e sudeste da Etiópia, Djibouti e norte e sudeste da Somália. Populações relictuais do norte da Somália foram extintas no início do século XX.R
  • Diceros bicornis chobiensis – Subespécie restrita ao Rio Cuando no sudeste de Angola, Namíbia (Faixa de Caprivi) e norte de Botswana. Quase extinto, possivelmente um indivíduo em Botswana.[12]
  • Diceros bicronis ladoensis – Distribuição original desde o sul do Sudão, por Uganda até o oeste do Quênia e sudoeste da Etiópia. Considerado extinto em grande parte de sua distruibuição, provavelmente ainda ocorre em áreas protegidas do Quênia.
  • Rinoceronte negro ocidental (Diceros bicornis longipes) – Extinto. Já ocorreu no sul do Sudão, norte da República Centro-Africana, sul do Chade, norte dos Camarões, nordeste da Nigéria e sudeste do Níger. Não foi confirmada sua presença em Burkina Faso e Libéria, mas existem nomes nativos para a espécie.[4] Uma ampla distribuição ao longo da África Ocidental como proposto[14] foi contestado em um estudo de 2004.[4] O último indivíduo selvagem viveu nos Camarões. Em 2006 estudos tentando encontrar a espécie na região dos Camarões falharam em localizá-los levando a considerá-lo extinto na natureza.[15][16] Em 10 de novembro de 2011 a IUCN declarou essa subespécie como extinta.[15][17]
  • Diceros bicornis michaeli – Já ocorreu do sul do Sudão, Etiópia, Quênia e centro-norte da Tanzânia. Atualmente ocorre apenas na Tanzânia.
  • Diceros bicornis minor – A espécie com maior distribuição geográfica, caracterizada por um corpo compacto, com uma cabeça proporcionalmente grande. Ocorria desde o nordeste da África do Sul (KwaZulu-Natal) até o nordeste da Tanzânia e sudeste do Quênia. Protegido em muitas reservas, mas provavelmente extinto do leste de Angola, sul da República Democrática do Congo e possivelmente Moçambique. Extinto mas reintroduzido em Malawi, Botswana, e Zâmbia.
  • Rinoceronte negro sulocidental (Diceros bicornis occidentalis) – Uma subespécie pequena, adaptada a viver em áreas desérticas e semi-desérticas. Originalmente ocorria no noroeste da Namíbia e sudoeste de Angola, estando restrita a reservas na Namíbia, com alguns avistamentos esporádicos em Angola. Essas populações são referidas erroneamente como D. b. bicornis ou D. b. minor mas podem ser consideradas uma subespécie válida.[12]

O mais utilizado arranjo alternativo de subespécie considera a ocorrência de cinco subespécies: D. b. bicornis, D. b. brucii, D. b. longipes, D. b. michaeli, e D. b. minor.[18] este arranjo foi adotado pela IUCN, listando três subespécies iventes e reconhecendo D. b. brucii e D. b. longipes como extintas. A mais importante diferença entre os dois arranjos é incluir as subespécies das Namíbia em D. b. bicornis, onde a subespécie nominal é considerada extinta.[6]

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Referências

  1. Emslie, R. (2020). «Diceros bicornis». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2020: e.T6557A152728945. doi:10.2305/IUCN.UK.2020-1.RLTS.T6557A152728945.enAcessível livremente. Consultado em 12 de novembro de 2021
  2. «Appendices | CITES». cites.org. Consultado em 14 de janeiro de 2022. Cópia arquivada em 5 de dezembro de 2017
  3. Hillman-Smith, A.K.K. & Groves, C.P. (1994). «Diceros bicornis» (PDF). Mammalian Species (455): 1–8. JSTOR 3504292. doi:10.2307/3504292
  4. Rookmaaker, L.C. (2004). «Historical distribution of the black rhinoceros (Diceros bicornis) in West Africa» (PDF). African Zoology. 39 (1): 63–70. Consultado em 9 de outubro de 2012. Cópia arquivada (PDF) em 25 de maio de 2013
  5. White rhinoceros, Animal Corner
  6. Knight, Matthew (2011-11-10) Western black rhino declared extinct. Us.cnn.com.
  7. Rookmaaker, L.C. (2005). «Review of the European perception of the African Rhinoceros» (PDF). Journal of Zoology. 265 (4): 365–376. doi:10.1017/S0952836905006436
  8. Rookmaaker, L.C. (1982). «Die Unterarten des Spitzmaulnashorns (Diceros bicornis) und ihre Zucht in Menschenobhut» (PDF). Zoologischer Garten Berlin. Internationales Zuchtbuch für afrikanische Nashörner (2): 41–45
  9. Groves, C.P. (1967). «Geographic variation in the black rhinoceros (Diceros bicornis Linnaeus, 1758)». Zeitschrift für Säugetierkunde (32): 267–276
  10. Groves, C.; Grubb, P. (2011). Ungulate Taxonomy. Baltimore: The Johns Hopkins University Press. p. 317. ISBN 978-1-4214-0093-8
  11. Rookmaaker, L.C. and Groves, C.P. (1978). «The extinct Cape Rhinoceros, Diceros bicornis bicornis (Linnaeus, 1758)» (PDF). Säugetierkundliche Mitteilungen. 26 (2): 117–126
  12. Emslie, R.H.; Brooks, M. (1999). African Rhinos: Status Survey and Conservation Action Plan (PDF). Gland and Cambridge: IUCN/SSC African Rhino Specialist Group. pp. x+92. Consultado em 7 de outubro de 2012
  13. Emslie, R. (2011). longipes Diceros longipes (em inglês). IUCN {{{anoIUCN1}}}. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. {{{anoIUCN1}}}. Página visitada em 2 de setembro de 2015..
  14. Meldrum, Andrew (12 de julho de 2006). «West African black rhino feared extinct». The Guardian. London. Consultado em 9 de outubro de 2007
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