Top Qs
Linha do tempo
Chat
Contexto

Rio Queique

Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Rio Queique
Remove ads

Queique (em árabe: قويق; romaniz.: Quwayq, [quˈwajq] ; árabe levantino: ʾWēʾ, [ʔwɛːʔ]), anteriormente conhecido como Belo (em latim: Belus; em grego: Βήλος; romaniz.: Bḗlos) e no Ocidente às vezes chamado de Alepo, é um rio e vale da província de Alepo na Síria e numa pequena porção da Turquia. Possui aproximadamente 129 quilômetros de extensão e seu fluxo é intermitente.

Thumb
Rio Queique atravessando a cidade de Alepo

O rio nasce no planalto de Aintabe, no sul da Turquia. Destaca-se o rio Acpenar, na província de Quilisse, um dos primeiros afluentes do rio. Uma vez na Síria, irriga a região fértil de Dabique (مرج دابق Marj Dabiq ) e depois flui para a cidade de Alepo. Seguindo o leito do rio chega-se ao sítio histórico de Quinacerim.[1] Ali, o seu canal divide-se ao longo da depressão Matá.[2] O vale é habitado há milhares de anos e, nos tempos antigos, o vale do Queique era reconhecido pelas suas indústrias de sílex e cerâmica.[3]

O rio passou por um período de estiagem no final da década de 1960, devido a projetos de irrigação do lado turco da fronteira. Recentemente, a água do rio Eufrates foi desviada para restaurar o curso do rio e, assim, irrigar a agricultura nas planícies a sul de Alepo.[4] Para revitalizar o rio, a Estação de Bombeamento de Água Tal Hasel foi inaugurada em 2008 na zona rural da cidade. A estação voltou a funcionar em julho de 2022, depois a atividade ter sido suspensa em 2012 após a ocupação da área por organizações terroristas.[5]

Remove ads

Massacre do Queique

No final de janeiro de 2013, durante a Guerra Civil Síria, mais de 100 corpos foram desovados ou estavam boiando no rio em partes controladas pelas forças rebeldes do distrito de Bustan al-Qasr, em Alepo. Eles normalmente eram encontrados amordaçados com as mãos amarradas e ferimentos de bala na cabeça. A culpa pelos assassinatos foi amplamente atribuída ao regime político de Bashar al-Assad, uma vez que os corpos geralmente vinham a jusante da área controlada pelo governo.[6][7][8][9] Entre fevereiro e março de 2013, cerca de 80 a 120 corpos adicionais foram recuperados do rio.[10][11]

O Instituto Sírio de Justiça investigou o caso e organizou uma conferência de imprensa para revelar a veracidade desses crimes. Abdulkader Mandou, chefe do Instituto e advogado dos direitos humanos do país, está liderando este caso.[12]

Remove ads

Galeria

Referências

  1. Phenix, Robert R. (20 de dezembro de 2008). The sermons on Joseph of Balai of Qenneshrin: rhetoric and interpretation in fifth-century Syriac literature. [S.l.]: Mohr Siebeck. p. 53. ISBN 978-3-16-149676-9. Consultado em 30 de Setembro de 2011
  2. Wagner, Wolfgang (25 de Julho de 2011). Groundwater in the Arab Middle East. [S.l.]: Springer. p. 165. ISBN 978-3-642-19350-7. Consultado em 30 de setembro de 2011
  3. Peter Neal Peregrine; Melvin Ember; Human Relations Area Files inc (2002). Encyclopedia of Prehistory: South and Southwest Asia. [S.l.]: Springer. p. 42. ISBN 978-0-306-46262-7. Consultado em 30 de Setembro de 2011
  4. Gren, Erik (2002). Orientalia Suecana. [S.l.]: Almquist & Wiksell Periodical Co. p. 37. Consultado em 30 de setembro de 2011
  5. Shaza Qreima (8 de Julho de 2022). «President al-Assad inaugurates Tal Hasel water pumping plant, Aleppo». SANA. Consultado em 10 de Julho de 2022
  6. «Syria: A Stream of Bodies in Aleppo's River». Human Rights Watch (em inglês). 4 de junho de 2013. Consultado em 8 de fevereiro de 2023
  7. Aljasem, Ali (2 de janeiro de 2023). «Queiq: The River That Streamed Bodies in Aleppo». Journal of Genocide Research. 25 (1): 104–112. ISSN 1462-3528. doi:10.1080/14623528.2021.1979911
  8. «The River Martyrs». The New Yorker (em inglês). 22 de abril de 2013. Consultado em 8 de fevereiro de 2023
  9. «Syria: the story behind one of the most shocking images of the war». the Guardian (em inglês). 11 de março de 2013. Consultado em 8 de fevereiro de 2023
  10. «Aleppo's river of death – Global Public Square - CNN.com Blogs». Globalpublicsquare.blogs.cnn.com. 11 de março de 2013. Consultado em 24 de agosto de 2014. Arquivado do original em 27 de março de 2014
  11. «Twenty bodies turn up in Aleppo's river of martyrs». Reuters. 10 de março de 2013. Consultado em 24 de agosto de 2014. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2015
  12. «The River Martyrs». The New Yorker (em inglês). 22 de abril de 2013. Consultado em 8 de fevereiro de 2023
Remove ads

Ligações externas

Loading related searches...

Wikiwand - on

Seamless Wikipedia browsing. On steroids.

Remove ads