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Rio Queique
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Queique (em árabe: قويق; romaniz.: Quwayq, [quˈwajq] ; árabe levantino: ʾWēʾ, [ʔwɛːʔ]), anteriormente conhecido como Belo (em latim: Belus; em grego: Βήλος; romaniz.: Bḗlos) e no Ocidente às vezes chamado de Alepo, é um rio e vale da província de Alepo na Síria e numa pequena porção da Turquia. Possui aproximadamente 129 quilômetros de extensão e seu fluxo é intermitente.

O rio nasce no planalto de Aintabe, no sul da Turquia. Destaca-se o rio Acpenar, na província de Quilisse, um dos primeiros afluentes do rio. Uma vez na Síria, irriga a região fértil de Dabique (مرج دابق Marj Dabiq ) e depois flui para a cidade de Alepo. Seguindo o leito do rio chega-se ao sítio histórico de Quinacerim.[1] Ali, o seu canal divide-se ao longo da depressão Matá.[2] O vale é habitado há milhares de anos e, nos tempos antigos, o vale do Queique era reconhecido pelas suas indústrias de sílex e cerâmica.[3]
O rio passou por um período de estiagem no final da década de 1960, devido a projetos de irrigação do lado turco da fronteira. Recentemente, a água do rio Eufrates foi desviada para restaurar o curso do rio e, assim, irrigar a agricultura nas planícies a sul de Alepo.[4] Para revitalizar o rio, a Estação de Bombeamento de Água Tal Hasel foi inaugurada em 2008 na zona rural da cidade. A estação voltou a funcionar em julho de 2022, depois a atividade ter sido suspensa em 2012 após a ocupação da área por organizações terroristas.[5]
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Massacre do Queique
No final de janeiro de 2013, durante a Guerra Civil Síria, mais de 100 corpos foram desovados ou estavam boiando no rio em partes controladas pelas forças rebeldes do distrito de Bustan al-Qasr, em Alepo. Eles normalmente eram encontrados amordaçados com as mãos amarradas e ferimentos de bala na cabeça. A culpa pelos assassinatos foi amplamente atribuída ao regime político de Bashar al-Assad, uma vez que os corpos geralmente vinham a jusante da área controlada pelo governo.[6][7][8][9] Entre fevereiro e março de 2013, cerca de 80 a 120 corpos adicionais foram recuperados do rio.[10][11]
O Instituto Sírio de Justiça investigou o caso e organizou uma conferência de imprensa para revelar a veracidade desses crimes. Abdulkader Mandou, chefe do Instituto e advogado dos direitos humanos do país, está liderando este caso.[12]
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Galeria
- Cheia do Queique em 1922.
- O rio cruzando um parque público de Alepo.
- O rio atravessando centro de Alepo.
Referências
- Phenix, Robert R. (20 de dezembro de 2008). The sermons on Joseph of Balai of Qenneshrin: rhetoric and interpretation in fifth-century Syriac literature. [S.l.]: Mohr Siebeck. p. 53. ISBN 978-3-16-149676-9. Consultado em 30 de Setembro de 2011
- Wagner, Wolfgang (25 de Julho de 2011). Groundwater in the Arab Middle East. [S.l.]: Springer. p. 165. ISBN 978-3-642-19350-7. Consultado em 30 de setembro de 2011
- Peter Neal Peregrine; Melvin Ember; Human Relations Area Files inc (2002). Encyclopedia of Prehistory: South and Southwest Asia. [S.l.]: Springer. p. 42. ISBN 978-0-306-46262-7. Consultado em 30 de Setembro de 2011
- Gren, Erik (2002). Orientalia Suecana. [S.l.]: Almquist & Wiksell Periodical Co. p. 37. Consultado em 30 de setembro de 2011
- Shaza Qreima (8 de Julho de 2022). «President al-Assad inaugurates Tal Hasel water pumping plant, Aleppo». SANA. Consultado em 10 de Julho de 2022
- «Syria: A Stream of Bodies in Aleppo's River». Human Rights Watch (em inglês). 4 de junho de 2013. Consultado em 8 de fevereiro de 2023
- Aljasem, Ali (2 de janeiro de 2023). «Queiq: The River That Streamed Bodies in Aleppo». Journal of Genocide Research. 25 (1): 104–112. ISSN 1462-3528. doi:10.1080/14623528.2021.1979911
- «The River Martyrs». The New Yorker (em inglês). 22 de abril de 2013. Consultado em 8 de fevereiro de 2023
- «Syria: the story behind one of the most shocking images of the war». the Guardian (em inglês). 11 de março de 2013. Consultado em 8 de fevereiro de 2023
- «Aleppo's river of death – Global Public Square - CNN.com Blogs». Globalpublicsquare.blogs.cnn.com. 11 de março de 2013. Consultado em 24 de agosto de 2014. Arquivado do original em 27 de março de 2014
- «Twenty bodies turn up in Aleppo's river of martyrs». Reuters. 10 de março de 2013. Consultado em 24 de agosto de 2014. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2015
- «The River Martyrs». The New Yorker (em inglês). 22 de abril de 2013. Consultado em 8 de fevereiro de 2023
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Ligações externas
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