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Sacelo
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Sacelo[1] (em latim: Sacellum; forma diminutiva de sacer, lit. "pertencente a um deus"),[2] na religião da Roma Antiga, era um termo empregado para designar um pequeno recinto com altar dedicado a um deus, ou, às vezes, a própria estátua do deus.[3] Seu significado pode sobrepor-se ao do sacrário, um lugar onde objetos sagrados (sacra) foram guardados ou depositados para salvaguardá-los.[4] Num manuscrito da Abadia de São Galo, o sacelo é glossado como o irlandês antigo nemed e o gaulês nemeto, originalmente um bosque sagrado ou espaço definido para propósitos religiosos, e depois um edifício.[5]
Os sacelos eram numerosos e podiam localizar-se em espaços públicos ou nas propriedades de particulares.[3] Cada cúria tinha seu próprio sacelo assistido pelos celeres, originalmente os guardas do rei romano, que preservaram uma função religiosa em tempos posteriores.[6] Os sacelos podiam ser circulares ou quadrados e possuíam uma cerca ou muro circundante. Segundo Festo e Vérrio Flaco não possuíam telhado,[3] e segundo Varrão equivaliam a uma cela.[7] Em casas privadas, o sacrário era a parte da casa onde as imagens das penates, deuses protetores do lar, eram mantidas; o larário era uma forma de sacrário para os lares.[8] Tanto o sacelo como o sacrário mais tarde foram incorporados pelo cristianismo.[9] Na arquitetura eclesiástica, sem teto deixa de ser uma característica definidora e a palavra pode ser aplicada para uma pequena capela marcada por uma tela do corpo principal de uma igreja.[10]
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Lista de sacelos/sacrários públicos
- Sacelo de Jano - supostamente construído por Rômulo, era quadrado, continha a imagem do deus e tinha duas portas;[11]
- Sacelo dos lares[12] (Sacellum Larum/Larundae) - um dos quadro pontos da fronteira sagrada de Roma (pomério) como estabelecido por Rômulo;[13]
- Sacrário de Marte, que mantinha uma lança de Marte, na Régia;[14]
- Sacelo ou santuário de Hércules, no Fórum Boário;[15]
- Sacelo de Caca,[16] a irmã de Caco, o gigante que Hércules derrotou;[17]
- Sacelos ou sacrários dos arges;[18][19]
- Sacelo de Diana (Sacellum Dianae), sobre o Célio,[20] onde alguns senadores ofereceram sacrifícios anuais;[a]
- Sacelo ou delubro de Minerva Cativa, um santuário sobre o Célio que continha uma estátua de Minerva capturada de Falérios quando a cidade foi tomada pelos romanos em 241 a.C.;[21]
- Sacelo de Júpiter Fagutal, no Luco Fagutal, sobre o Esquilino;[22]
- Sacelo de Nênia;[3]
- Sacelo de Pudicícia Patrícia;[23]
- Sacelo de Múrcia, no sopé do Aventino.[3]
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Notas
- [a] ^ Apesar da afirmação de Cícero, Rutledge 2007, p. 182 sugere que pudesse ser não mais que um santuário compital.
Referências
- Aulo Gélio século II, VII.12.5.
- Smith 1870, p. 843.
- Ulpiano século VI, I.8.9.2.
- Maier 1997, p. 207.
- Varrão século I a.C., frg. 62.
- Ulrich 2008, p. 228.
- Balch 2008, p. 178.
- Ovídio & 8, 1.275.
- Woodard 2013, p. 82.
- Tácito século I, 12.24..
- Forsythe 2005, p. 87.
- Plínio, o Velho século I, 10.29.
- Sérvio século V, 8.190..
- Gradel 2002, p. 10.
- Varrão século I a.C., 5.54.
- Schilling 1992, p. 137.
- Woodard 2006, p. 254.
- Tito Lívio século I a.C., 10.23..
Bibliografia
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