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Sanhaço-cinzento

espécie de ave Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Sanhaço-cinzento
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O sanhaçu-cinzento[2] (nome científico: Thraupis sayaca) é um pássaro da família Thraupidae, nativo da Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai.[3] O sanhaçu-cinzento é uma das aves mais comuns do Brasil.[4]

Factos rápidos Estado de conservação, Classificação científica ...
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Outros nomes, grafias e etimologia

Também conhecido como sanhaçu-do-mamoeiro,[5] sanhaçu-azul[6] ou ainda pipira-azul.

O nome "sanhaço-cinzento" foi selecionado como nome vernáculo técnico para a espécie pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos.[7]

Caracterização

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O sanhaçu-cinzento mede de 16,5 a 19 cm de comprimento, pesando em média 42 gramas. Possui plumagem cinzenta fosca e ligeiramente azulada, com partes inferiores mais claras. As rêmiges são marginadas de um azul um pouco mais pronunciado com reflexos verdes, próximo de azul-turquesa, o mesmo efeito encontrado nos ombros e nas margens das tetrizes. Jovens têm uma cor mais esverdeada-pardacenta.[8][9][10] É facilmente confundido com o seu parente próximo, Thraupis episcopus, mas este tem o ombro de tom branco.[10]

Sua população não foi quantificada mas é descrito como uma ave comum; ocorre em uma grande área e a tendência da população global é se manter estável. Desta forma, a IUCN a classifica como em condição pouco preocupante. Contudo, na Colômbia já foi extinto, e as populações peruanas são pequenas, compostas por visitantes ocasionais que não nidificam no local.[3][11]

A espécie recebeu sua denominação em 1766, descrita por Lineu, mas sua taxonomia não é muito clara, e já foi proposta sua fusão com a espécie Thraupis episcopus. Também foi sugerido que forme uma superespécie com Thraupis episcopus e Thraupis glaucocolpa. São reconhecidas três subespécies, com variações ligeiras na cor da plumagem e região de origem:[10][12][13]

  • Tangara sayaca boliviana Bond & Meyer de Schauensee, 1941
  • Tangara sayaca obscura Naumburg, 1924
  • Tangara sayaca sayaca (Linnaeus, 1766)
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Ecologia e biologia

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Sua área de ocorrência atual se estende por todo o litoral leste da América do Sul entre a região de São Luís, no Brasil, até a região de Buenos Aires, na Argentina, e dali se estendendo para dentro do continente até encontrar os Andes do Peru até a Argentina, mas não ocorre na Bacia Amazônica.[3] No Brasil é o sanhaçu mais comum e popular. Vive em matas abertas, capões, matas ciliares, zonas de cultivo, matas degradadas ou em recuperação, e mesmo em jardins e parques urbanos, tolerando climas de úmidos a semiáridos.[8][10][14] Pode viver em altitudes de mais de 3 mil metros, mas usualmente ocupa áreas abaixo dos 2 mil metros.[9]

Vivem solitários ou em pequenos bandos, e são muito competitivos na hora da alimentação.[15] Consomem frutas, flores, folhas, néctar, aracnídeos e insetos, que podem ser capturados em pleno voo.[8][14]

No ritual de acasalamento o macho agita os ombros para a fêmea.[14] Nidificam em forquilhas de árvores de copa densa, entre 1,5 e 9 m de altura. O ninho é uma taça compacta feita de folhas, musgos e fibras, possuindo um diâmetro de 11 cm.[8] São postos de 2 a 3 ovos, incubados pela fêmea. Após 12 a 14 dias emergem as crias, que são alimentadas por ambos os pais. Com 20 dias de vida os jovens alçam voo.[5]

Referências

  1. BirdLife International. (2024). «Tangara sayaca». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2024: e.T22722534A263299447. doi:10.2305/IUCN.UK.2024-2.RLTS.T22722534A263299447.enAcessível livremente. Consultado em 27 de julho de 2025
  2. «Tangara | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 27 de janeiro de 2021
  3. BirdLife International 2012. Thraupis sayaca. In: IUCN 2012. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2012.1.
  4. «Sanhaçu-cinzento intimida os adversários com o canto rouco». Especiais. 1 de dezembro de 2015. Consultado em 27 de janeiro de 2021
  5. Höfling, E. & Camargo, H. F. A. Aves no Campus Arquivado em 3 de setembro de 2014, no Wayback Machine.. 3 ed. São Paulo: USP, 1999.
  6. José Wilson Silvestre (2016). Vida Animal. Clube de Autores. p. 18.
  7. José Fernando Pacheco; Luís Fábio Silveira; Alexandre Aleixo; et al. (26 de julho de 2021), Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos – segunda edição, doi:10.5281/ZENODO.5138368, Wikidata Q108322590
  8. Kraus, Jane Elizabeth. Fauna e Flora no Campus da Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira. EdUSP, 2005, p. 116
  9. Ridgely, Robert S. & Tudor, Guy. Field Guide to the Songbirds of South America: The Passerines. University of Texas Press, 2009, p. 612
  10. Ridgely, Robert S.; Tudor, Guy & Brown, William L. The Oscine Passerines: Jays and Swallows, Wrens, Thrushes, and Allies, Vireos and Wood-Warblers, Tanagers, Icterids, and Finches. University of Texas Press, 1989, pp. 304-305
  11. Schulenberg, Thomas S. Birds of Peru. Princeton University Press, 2010, p. 554
  12. Ribeiro, Leonardo Barros e Silva, Melisa Gogliath "Comportamento alimentar das aves Pitangus sulphuratus, Coereba flaveola e Thraupis sayaca em palmeiras frutificadas em área urbana". In: Revista de Etologia, v.7 n.1 São Paulo jun. 2005
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Ligações externas

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