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Suiriri-pequeno

espécie de ave Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Suiriri-pequeno
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O suiriri-pequeno[4] (Satrapa icterophrys) é uma espécie de ave passeriforme pertencente à família dos tiranídeos, a única do gênero monotípico Satrapa. É nativo da América do Sul.

Factos rápidos Estado de conservação, Classificação científica ...
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Etimologia

O nome do gênero “Satrapa” deriva do latim ,significando: sátrapa, soberano persa;[5] e o nome da espécie “icterophrys” deriva do gregoikteros”: amarelo de icterícia e “ophrus, ophruos”: sobrancelha, significando "de sobrancelha amarela icterícia”. [6]

Taxonomia

O suiriri-pequeno foi descrito pela primeira vez pelo naturalista francés Louis Jean Pierre Vieillot em 1818 sob o nome científico Muscicapa icteroprhys; tendo como localidade-tipo o Paraguai.[7]

O gênero Satrapa foi descrito pelo ornitólogo britânico Hugh Edwin Strickland em 1844.[2]

A proximidade desta espécie com outras é incerta; algumas vezes foi posto junto de Tumbezia e Myiozetetes com base em semelhanças de plumagem, porém o tipo de ninho, a coloração dos ovos e a morfologia da siringe não oferecem pistas taxonômicas óbvias. É monotípica.[7]

Os amplos estudos genético-moleculares realizados por Tello et al. (2009) descobriram uma quantidade de novos relacionamentos dentro da família Tyrannidae que ainda não estão refletidos na maioria das classificações.[8] Seguindo estes estudos, Ohlson et al. (2013) propuseram a divisão da familia Tyrannidae em cinco. De acordo com essa proposta, Satrapa permanece em Tyrannidae, na subfamília Fluvicolinae, em uma nova tribo Xolmiini junto a Agriornis, Lessonia, Muscisaxicola, Hymenops, Xolmis, Cnemarchus, Polioxolmis, Knipolegus, Neoxolmis e Myiotheretes.[9]

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Descrição

Mede 16,5 cm de comprimento. Oliváceo por cima, mais acinzentado na coroa, com listra superciliar amarelo-brilhante e bochechas escuras; as asas são enegrecidas com duas listras cinza-pálidas, a cauda com o contorno das retrizes mais externas esbranquiçado. É amarelo-brilhante por baixo, a fêmea sendo ligeiramente mais apagada, com manchas oliva.[10]

Distribuição e habitat

Nidifica e é residente localmente no centro da Venezuela, também desde o norte e leste da Bolívia e centro e leste do Brasil para o sul até o norte e nordeste de Argentina, Paraguai e Uruguai; as populações do sul migram para o norte na estação reprodutiva até o sul da Bacia Amazônica, incluindo o extremo sudeste do Peru.[11][7]

Esta espécie é amplamente disseminada, mas não muito comum, entre árvores e bosques espalhados, matas de galeria e montanhas, principalmente abaixo de 2000 m de altitude, podendo chegar a 2.500 m na Bolívia.[10]

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Comportamento

Normalmente é visto sozinho, menos frequentemente em pares, empoleirado ereto e frequentemente em áreas semiabertas; nunca em bandos.[10] Costuma abanar a cauda e levantar as asas em uma exibição curiosa. O casal fica junto o ano todo. Após o período reprodutivo, é migratório, quando convergem às centenas para a Amazônia durante os meses de verão.[12]

Thumb

Alimentação

Alimenta-se de insetos que captura em voos curtos entre a folhagem.[10]

Reprodução

Constrói seu ninho em forma de taça. O chupim (Molothrus bonariensis) frequentemente deposita seus ovos nos ninhos desta espécie, em um caso típico de parasitismo de ninhada.[12]

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Referências

  1. BirdLife International (2012). «Satrapa icterophrys». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2012. Consultado em 26 de Novembro de 2013
  2. Strickland, H.E. (1844). «Descriptions of several new or imperfectly defined Genera and Species of Birds». The Annals and Magazine of Natural History (em inglês). Series 1, 13 no.86: 409–421. ISSN 0374-5481
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 209. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de julho de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
  4. Jobling, J. A. (2017). del Hoyo, J.; Elliott, A.; Sargatal, J.; Christie, D.A.; de Juana, E., eds. Key to Scientific Names in Ornithology. Handbook of the Birds of the World Alive (em inglês). Barcelona: Lynx Edicions. Consultado em 27 de Janeiro de 2018
  5. Jobling, J. A. (2017). del Hoyo, J.; Elliott, A.; Sargatal, J.; Christie, D.A.; de Juana, E., eds. Key to Scientific Names in Ornithology. Handbook of the Birds of the World Alive (em inglês). Barcelona: Lynx Edicions. Consultado em 27 de Janeiro de 2018
  6. Yellow-browed Tyrant (Satrapa icterophrys) em Handbook of the Birds of the World - Alive (em inglês). Consultado em 27 de janeiro de 2018.
  7. Ohlson, J.I.; Irestedt, M.; Ericson, P.G.P.; Fjeldså, J. (2013). «Phylogeny and classification of the New World suboscines (Aves, Passeriformes)» (PDF). Zootaxa (em inglês). 3613. pp. 1–35. ISSN 1175-5326. doi:10.11646/zootaxa.3613.1.1
  8. Ridgely, Robert; Tudor, Guy (2009). Field guide to the songbirds of South America: the passerines 1ª ed. Austin: University of Texas Press. p. 463, prancha 53(8). ISBN 978-0-292-71748-0
  9. «Mosquero Cejiamarillo Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818)». Avibase. Consultado em 1 de dezembro de 2015
  10. Sigrist, Tomas (2013). Guia de Campo Avis Brasilis – Avifauna brasileira. São Paulo: Avis Brasilis. p. 406. ISBN 978-85-60120-25-3
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Ligações externas

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