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Telecatch
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Telecatch foi um programa de televisão criado na extinta TV Excelsior Rio de Janeiro, dedicado à exibição de combates de luta livre profissional que combinavam lutas encenadas, encenações teatrais, combate corpo a corpo e acrobacias de circo, inspirados pelos programas de wrestling dos Estados Unidos e pela lucha libre mexicana.[1][2] Com a extinção do Palácio de Alumínio (uma cúpula de alumínio dedicada à exibição de combates corpo a corpo), um dos protagonistas da rede de lojas Imperatriz das Sedas (cuja sede era vizinha ao palácio montado no terreno do extinto tesouro nacional - doado aos comerciários) e um dos sócios da empresa, "Sr Rafick", resolveu promover um programa de lutas livres (via televisão) e cuja modalidade era o Tele-catch. Durante a década de 1960, alcançou o auge do sucesso, criando vários heróis, como Ted Boy Marino, Aquiles, Fantomas, et..[3] Devido a popularidade dos programas na épica, "Telecatch" virou um termo genérico para a luta livre profissional no Brasil.[4] O nome vem da junção de "Televisão" e "Catch", do Catch Wrestling, modalidade de wrestling que deu a origem à luta livre profissional, para diferenciar de outras formas de luta livre, como a luta livre esportiva e a luta livre olímpica.[1]
Inicialmente chamado Telecatch Vulcan devido a uma ligação com a casa da borracha dos Cassini (esportes náuticos) e Imperatriz das Sedas (dos sócios César Murane e Rafick), a TV Excelsior televisou dos anos de 1965 a 1966. Devido a outro patrocinador, posteriormente passou a ser denominado Telecatch Montilla (TV Globo - 1967 a 1969)[5] e finalmente como Os Reis do Ringue (TV Record) na década de 1970. Por razões de economia, a rede de lojas Imperatriz das Sedas (a principal patrocinadora) e empresas associadas resolveram não mais financiar o programa.
A luta livre profissional no Brasil nunca mais alcançou a expressividade dos anos 70, porém ainda existem companhias que promovem a luta livre profissional no Brasil, a de maior expressão é a Brazilian Wrestling Federation (BWF), criada em 2002 e que possuí o próprio programa chamado simplesmente de "BWF Telecatch", que é transmitido na televisão aberta no Band e na internet.[6]
O Telecatch chegou a ser criticado por Hélio Gracie, um dos fundadores do jiu-jitsu brasileiro, que demonstrou preocupação com os “falsos combates” que caracterizavam o espetáculo. Gracie, pioneiro do vale-tudo e inspiração para o MMA (Artes Marciais Mistas), sempre defendeu a prática de lutas reais e efetivas, considerando que o Telecatch deturpava a imagem das artes marciais legítimas.[7] Curiosamente, ele apareceu ao lado de Ted Boy Marino em um episódio dos Trapalhões.[8]
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Lutadores e personagens
- Abdala arab (o Carrasco Arab)
- Aguiar
- Alex Mineiro
- Ali Bunani
- Antoniello
- Apolo Colombiano
- Aquiles
- Atila (Rei dos Unos)
- Bala de Prata
- Mister Lenzi
- Falcão
- Peter Karonia
- Caveira
- Barba Negra
- Barba Ruiva
- Beduino Baru
- Belo
- Bittencourt -juiz
- Bob Júnior
- Bob Léo
- Bobby Olsen
- Búfalo Bill
- Cabeleira
- Califa das Tormentas
- Cangaceiro
- Capanga
- Cavalheiro Vermelho
- Caveirito
- Cavernari
- Celso (o juiz que "roubava" para os lutadores trapaceiros)
- Charles
- Chaves
- Christus
- Ciclone
- Conde Romano
- Crispim (o juiz mais famoso)
- Dani Rei
- Demônio Cubano
- Edson "Bolinha" Cury (apresentador)
- Edu
- El Caveira
- El Chasqui
- El Cid
- El Condor
- El Duende
- El Rino
- El Toro
- Espanholito
- Esteves
- Fantomas
- Frank Butcher
- Frankestein
- Garoto de Ouro
- Gato
- Gino Duranti
- Gran Caruso
- Hércules
- He-Man
- Hiena de Capalgo
- Hinata
- Homem Montanha
- Índio
- Índio Kindar
- Índio Saltense (árbitro)
- Igor Ivanoski
- Jacob
- Jangada
- Jean Rabiu
- Killinger
- King Kong
- Kitaka
- Kurts
- La Mumia
- Leal
- Leão do Libano
- Leoneto
- Leopardo
- Lothar
- Luchetti
- Marinheiro
- Mestiço
- Mestre David
- Michel Serdan
- Mister Argentina
- Mister Atlas
- Mister Chile
- Mister Puma
- Mongol
- Moretto
- Muhammed Tufik
- Natalino
- Neutron
- Pantera
- Perez
- Real Mizuchi
- Richard
- Ringo
- Roberto "Brasa"
- Scaramouch
- Sconparin
- Silva
- Stiner
- Tagaki
- Ted Boy Marino
- Ted Boy II (Gaúcho que ganhou o nome por ser bem parecido com o Ted Boy Marino)
- Tigre Paraguaio
- Tony Videla
- Toureiro Cordobez
- Touro de Bronze (morador de Guadalupe)
- Ulisses
- Ursus
- Verdugo
- Viking
- Vingador
- Waldemar Santini (árbitro)
- Wolppe
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Referências
- Russio, Marcelo; Albuquerque, Adriano; Rodrigues, Evelyn; Bianchi, Léo (14 de novembro de 2014). «Tradicional no México, a "lucha libre" tem um misterioso ídolo brasileiro». SporTV. Consultado em 5 de junho de 2025
- «Fantomas e Múmia fizeram luta histórica». Folha de S.Paulo. 8 de maio de 2000
- Almanaque da TV, pág. 52. Bia Braune, Rixa. Ediouro Publicações. ISBN 9788500020704 (2007)
- «Estrela do MMA migra para telecatch em busca de mais dinheiro e audiência». Folha de S.Paulo. 17 de novembro de 2018. Consultado em 7 de junho de 2025
- Telecatch Montilla Memoria Globo - acessado em 20 de março de 2020
- «Fenômeno nos anos 1970, luta livre nacional volta à TV aberta na Band; saiba detalhes». F5. 2 de janeiro de 2024. Consultado em 7 de junho de 2025
- «Relíquia: O dia em que Helio Gracie ensinou Jiu-Jitsu e defesa pessoal nos Trapalhões | Graciemag». www.graciemag.com. 8 de março de 2024. Consultado em 10 de junho de 2025
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Ligações externas
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