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Terremoto do Friul em 1348

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O terremoto de 25 de janeiro de 1348, na região alpina meridional do Friul, foi sentido em toda Europa. O sismo ocorreu no mesmo ano que a Peste Negra devastava a Itália.[1] De acordo com fontes contemporâneas, ele provocou grandes danos estruturais: igrejas e casas ruíram, vilas foram destruídas e um odor pestilento emanava da terra.[1]

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Impacto

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Perspectiva

O epicentro estava localizado a leste de Tolmezzo, Venzone e Gemona, com uma intensidade sísmica entre oito e nove de acordo com a Escala Macrossísmica Europeia (aproximadamente 6,9 na Escala Richter). A maior parte dos danos relatados foi no norte da Itália (mas há notícias de danos em Pisa e Nápoles[1]), na moderna região do Friul-Veneza Júlia, nas províncias vizinhas de Belluno, Vicenza e Verona, chegando até a Lombardia e Veneza, além do Ducado da Caríntia,[2] na Áustria, e Carniola (na Eslovênia) para o norte e leste. Choques posteriores foram sentidos até 5 de março.

Começando no início da tarde, o terremoto causou centenas de vítimas e destruiu muitos edifícios. Em Udine, o castelo e a catedral foram muito danificados. Na Caríntia, a cidade de Villach e diversas vilas vizinhas foram praticamente destruídas por grande deslizamento seguido de uma enchente do rio Gail.[2] Mesmo em Roma, segundo alegam algumas fontes, o terremoto provocou danos na Basílica de Santa Maria Maior e na Torre delle Milizie, cujo andar mais alto desabou e cuja estrutura ganhou a leve inclinação visível até hoje. Santi Apostoli, uma basílica do século VI, ficou tão danificada que foi abandonada por uma geração.

O terremoto coincidiu com o começo da Peste Negra na Europa; na mentalidade da época, os desastres estavam ligados como Atos de Deus, mas eram aceitos como algo tremendo e inesperado, mas ainda assim como parte da vida cotidiana.[2] O historiador da medicina A.G. Carmichael observou que "o terremoto de 25 de janeiro de 1348 provavelmente alimentou e focou temores especificamente apocalípticos mais do que a peste".[3] O terremoto foi relatado no diário da freira germânica Christina Ebner e também em diversas crônicas municipais e abaciais, o que permitiu que os historiadores modernos tornar o "evento do Friul" um dos mais estudados terremotos medievais.

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Ver também

Referências

  1. Kreis, Steven. «Lecture 29: Satan Triumphant: The Black Death». The History Guide (em inglês). Consultado em 25 de janeiro de 2014. Cópia arquivada em 29 de maio de 2013
  2. Rohr, Christian (Maio de 2003). «Man and natural disaster in the Late Middle Ages: The Earthquake in Carinthia and Northern Italy on 25 January 1348 and its Perception». Cambridge, UK: White Horse Press. Environment and History (em inglês). 9 (2): 127–149. ISSN 1752-7023. JSTOR 20723281. OCLC 45739177. doi:10.3197/096734003129342791. (pede subscrição (ajuda))
  3. Carmichael, Ann G (Janeiro de 2008). «Universal and Particular: The Language of Plague, 1348–1500». London, UK: Wellcome Trust Centre for the History of Medicine mantido pela Cambridge University Press. Medical History (em inglês). 52 (Supplement S27): 17–52. OCLC 699570464. PMC 2630032Acessível livremente. PMID 18575080. doi:10.1017/S0025727300072070

Bibliografia

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