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Trapfunk
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Trapfunk é a fusão do trap com funk brasileiro, dancehall e R&B,[1][2] um subgênero do rap brasileiro que traz a vivência das favelas brasileiras mesclado a um estilo "gringo" de ostentação.[3]
Há controvérsias a respeito do pertencimento da vertente ao movimento hip-hop, havendo questionamentos sobre seu enquadramento no RAP. Porém, de um modo geral, aceita-se sua legitimidade, tendo em vista seu surgimento, sua história e pertencimento na cultura como um todo.[4] "A ascensão do Trap influenciou indiscutivelmente a estética do hip-hop. Isso deslocou o foco de histórias tradicionais e rap consciente para uma abordagem mais enérgica, hedonista e às vezes niilista. Críticos argumentam que essa mudança levou a um declínio na profundidade lírica e no comentário social, enquanto os apoiadores a vêem como um reflexo do ambiente cultural atual."[5]
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História
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Perspectiva
O subgênero surgiu na década de 2010[6], momento de constante ressignificação das barreiras entre rap, hip-hop e funk - principalmente no Rio de Janeiro. As intenções semelhantes nas letras e influências norte-americanas passam a ganhar espaço, criando novas estéticas e sonoridades. "No final dos anos 2010, o trap já era abundante no Brasil, com novas vertentes e subgêneros surgindo a cada esquina. Mas foi o trap funk quem brilhou mais forte. A pandemia e os períodos de isolamento social, a partir de 2020, garantiram que esse sucesso fosse ainda mais longe, fazendo a música de festa (o funk) dar lugar a uma versão mais relaxada e vagarosa, mais apropriada para ouvir em casa."[7]
A aproximação entre os dois gêneros foi sendo consolidada aos poucos, sendo parte dela fomentada pelas pesquisas de DJ's, parcerias entre MC's de funk e de RAP e a abertura para a percepção de um mercado musical rentável e representativo das periferias como um todo. "Essa troca entre os dois gêneros tem se tornado também uma forma de posicionamento de mercado. O papo já vem rolando há alguns anos, mas agora parece mais claro do que nunca que funk e trap se equiparam por ser os sons populares nas periferias de seus respectivos países; ambos um expurgo da juventude negra e pobre."[8]
Os músicos WC no Beat e MC PK são exemplos de artistas do trapfunk que ajudam a espalhar o gênero fazendo parcerias com cantores das antigas, como Anitta, Ludmilla, MC Cabelinho, Kevin O Chris.[9][10] E assim produziram as músicas “Hoje tá bom” de MC Rebecca com PK; “Princesa” do Nego do Borel com Matuê; “Sacanagenzinha” de PK com Kevin O Chris e DJ Pedro Henrique;[10] “Meu Mundo” Mc Cabelinho de PK, Mc Hariel & Orochi; “Trabalho Lindo” de MC TH com Pelé MilFlows, e; “Ménage à Trois” de BK com Mc Maneirinho & Sain.[9]
Um cenário que mostra o reconhecimento deste gênero musical nos grandes festivais, foi o show Lollapalooza Brasil 2000 com WC, Ludmilla, PK, Filipe Ret, Haikais, Felp 22 e, Kevin O Chris.[11][12] Nomes como Borges, Kawe, Kyan e Kayblack começam a serem reconhecidos como a nova geração do rap brasileiro e trapfunk. Kawe junto Lele JP colocou a música MDS como a mais ouvida no Spotify Brasil.[13]
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Referências
- Nicolle (2 de março de 2020). «Com Anitta e Ludmilla, WC no Beat impulsiona o trapfunk para o mainstream». Rolling Stone Brasil. Consultado em 23 de outubro de 2025
- «Trap Funk artists, songs, albums, playlists and listeners – volt.fm». volt.fm (em inglês). Consultado em 23 de outubro de 2025
- Simmer, Guilherme (13 de fevereiro de 2021). «Kayblack, Kawe e BIN: nova geração consolida trapfunk no Brasil». www.metropoles.com. Consultado em 23 de outubro de 2025
- «MD Chefe diz que rap e trap não têm diferença: 'Canto trap, mas sou rapper'». UOL. 3 de novembro de 2025. Consultado em 7 de novembro de 2025
- «Trap – Como o filho rebelde do rap tomou a cena de assalto». Consultado em 7 de novembro de 2025
- «Trap se estabelece na cena hip-hop brasileira com influências de emo e anime». Folha de S.Paulo. 19 de dezembro de 2018. Consultado em 27 de outubro de 2025
- NOIZE; Cavalcanti, Amanda (15 de maio de 2025). «"Me Sinto Abençoado": Uma história do trap no Rio de Janeiro». NOIZE | Música do site à revista. Consultado em 7 de novembro de 2025
- Cavalcanti, Amanda (29 de janeiro de 2018). «Seria o trap a ponte entre o rap e o funk?». VICE (em inglês). Consultado em 7 de novembro de 2025
- Nicolle (2 de março de 2020). «Com Anitta e Ludmilla, WC no Beat impulsiona o trapfunk para o mainstream». Rolling Stone Brasil. Consultado em 23 de outubro de 2025
- Ferreira, Gabriela (18 de fevereiro de 2020). «Trapfunk cresce nas quebradas e motiva jovens a se jogarem no movimento». KondZilla. Consultado em 23 de outubro de 2025
- Nicolle (2 de março de 2020). «Com Anitta e Ludmilla, WC no Beat impulsiona o trapfunk para o mainstream». Rolling Stone Brasil. Consultado em 23 de outubro de 2025
- «Lollapalooza anuncia Guns, Strokes, Lana Del Rey e Gwen Stefani em 2020». Jornal Amazonas Atual. 2 de julho 2021
- Simmer, Guilherme (13 de fevereiro de 2021). «Kayblack, Kawe e BIN: nova geração consolida trapfunk no Brasil». Metrópoles. Consultado em 23 de outubro de 2025
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