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Ventosaterapia
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Ventosaterapia (representada em chinês pelo ideograma 拔罐) é uma forma de medicina alternativa no qual é feita uma sucção na pele através de ventosas. Sua prática ocorre principalmente na Ásia, mas também na Europa Oriental, Oriente Médio e América Latina.[1][2] A prática se baseia em crendices populares e é considerada uma pseudociência por carecer de evidências científicas válidas sobre sua eficácia.[3]

Os praticantes alegam que a ventosaterapia pode tratar uma ampla variedade de condições médicas,[1][2] mas não há evidências suficientes de que ela traga benefícios à saúde e em alguns casos pode ser nociva para o paciente,[4] causando queimaduras[5][6] e irritação da pele.[7][8][9]
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Eficácia
No livro Trick or Treatment (Truque ou tratamento), Simon Singh e Edzard Ernst escreveram que não existe nenhuma evidência de quaisquer efeitos benéficos da ventosaterapia para qualquer condição médica.[8]
A ventosaterapia é muito utilizada como alternativa de tratamento para o câncer. No entanto, a American Cancer Society (Sociedade Americana de Câncer) informa que "a evidência científica disponível não suporta afirmações de que ventosaterapia tem quaisquer benefícios para a saúde", e também que o tratamento apresenta um pequeno risco de queimaduras.[7]
Não há evidências de que a ventosaterapia funcione melhor do que um placebo.[10][11]
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História
Resumir
Perspectiva

A origem da ventosaterapia é desconhecida. A medicina tradicional iraniana usa práticas de hijama, com a crença de que a ventosaterapia com escarificação pode eliminar tecido cicatricial, enquanto que sem a escarificação, a prática teria uma função purificadora através dos órgãos.[12]
A ventosaterapia foi usada Grécia antiga por Hippocrates (c. 460) para doenças variadas, e por médicos da Roma antiga como forma de sangria.[13][14] O método foi recomendado pelo profeta islâmico Maomé[15] e, a partir disso, foi bastante praticado por médicos muçulmanos que seguiram desenvolvendo o método. Com a expansão islâmica, este método em suas variadas formas foi difundido na Ásia e Europa.[15] Na China, o uso mais antigo da ventosaterapia que se tem registro é do alquimista e curandeiro taoísta Ge Hong (281–341 AD).[16] A ventosaterapia também é mencionada no livro de Maimonides sobre saúde e era usada em comunidades judaicas do leste europeu.[17] William Osler recomendava seu uso para tratar pneumonia e mielite aguda no início do século XX.[18]
Desde os anos de 1950, é uma das modalidades de medicina tradicional chinesa praticada em hospitais da China.[19]
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Prática
Os copos redondos de vidro são aquecidos internamente com fogo, que expande o ar aí existente. Após aplicação numa área da pele, o ar aquecido começa a arrefecer e forma-se um vácuo parcial no seu interior. A diferença de pressão entre o ar interior e o exterior acaba por gerar uma força de sucção.[carece de fontes]
Os copos são aplicados imediatamente após o aquecimento em áreas especificas da pele, principalmente nas costas.[carece de fontes]
Seus praticantes alegam que seu uso é indicado para tratar diversos problemas de saúde, incluindo dores, gastrite, artrite, lombalgia, resfriados e gripe.[carece de fontes]
Ver também
Galeria
Referências
- Vashi, NA; Patzelt, N; Wirya, S; Maymone, MBC; Zancanaro, P; Kundu, RV (Julho de 2018). «Dermatoses caused by cultural practices: Therapeutic cultural practices». Journal of the American Academy of Dermatology. 79 (1): 1–16. PMID 29908818. doi:10.1016/j.jaad.2017.06.159
- Lilly, E; Kundu, RV (Abril de 2012). «Dermatoses secondary to Asian cultural practices». International Journal of Dermatology. 51 (4): 372–379. PMID 22435423. doi:10.1111/j.1365-4632.2011.05170.x
- Novella, Steve. «Cupping – Olympic Pseudoscience». Science-Based Medicine. Consultado em 10 de agosto de 2016
- Salzberg, Steven (13 de maio de 2019). «The Ridiculous And Possibly Harmful Practice Of Cupping». Forbes (em inglês). Cópia arquivada em 13 de maio de 2019
- Jing-Chun, Zhao; Yu Jia-Ao, Xian Chun-Jing, Shi Kai, Lu Lai-Jin (2014). «Burns Induced by Cupping Therapy in a Burn Center in Northeast China». WOUNDS (em inglês). 26 (7): 214-220. Consultado em 9 de agosto de 2016
- Morrow, Michael (25 de junho de 2016). «Cupping treatment therapy in China leaves man with burn marks on his back» (em inglês). www.news.com.au. Consultado em 10 de agosto de 2016
- Cupping - American Cancer Society. Novembro de 2008. Visitado em 25/09/2015.
- Trick or Treatment?. Singh, Simon; Ernst, Edzard (2008). Transworld Publishers, p. 368. ISBN 9780552157629.
- Cho, Hyun-Woo; Eui-Hyoung Hwang, Byungmook Lim, Kwang-Ho Heo, Jian-Ping Liu, Kiichiro Tsutani, Myeong Soo Lee, Byung-Cheul Shin (2014). Nós não recomendamos a ventosaterapia ... devido à ausência de evidência.. «How Current Clinical Practice Guidelines for Low Back Pain Reflect Traditional Medicine in East Asian Countries: A Systematic Review of Clinical Practice Guidelines and Systematic Reviews». PLOS ONE (em inglês). 9 (2): e88027. ISSN 1932-6203. PMID 24505363. doi:10.1371/journal.pone.0088027
- «Can "Cupping" Treatments Raise Anything but Welts for Phelps or Other Olympians?». Scientific American. 8 de agosto de 2016. Consultado em 9 de agosto de 2016
- «Cupping therapy really sucks». news.com.au. Consultado em 9 de agosto de 2016
- Nimrouzi M; Mahbodi A; Jaladat AM; Sadeghfard A; Zarshenas MM (2014). «Hijama in traditional Persian medicine: risks and benefits.». J Evid Based Complementary Altern Med. 19 (2): 128–136. PMID 24647093. doi:10.1177/2156587214524578
- Chirali, Ilkay Z. (27 de junho de 2014). Traditional Chinese Medicine Cupping Therapy - E-Book (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 18. ISBN 978-0-7020-5834-9
- Baker, Patricia A. (2013). The Archaeology of Medicine in the Greco-Roman World (em inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. p. 74. ISBN 978-1-107-29213-0
- Qayyim Al-Jauziyah (2003). Abdullah, Abdul Rahman (née Raymond J. Manderola), ed. Healing with the Medicine of the Prophet. [S.l.]: Darussalam. ISBN 978-9960892917
- Ingall, Marjorie (11 de agosto de 2016). «Everything You Ever Wanted to Know About Cupping – and Some Stuff You Probably Didn't». Tablet Magazine. Consultado em 14 de agosto de 2016
- Lilly, E; Kundu, RV (abril de 2012). «Dermatoses secondary to Asian cultural practices» 4 ed. International Journal of Dermatology. 51: 372–379. PMID 22435423. doi:10.1111/j.1365-4632.2011.05170.x
- Cao, H; Li, X; Liu, J (2012). «An updated review of the efficacy of cupping therapy.». PLOS ONE. 7 (2): e31793. Bibcode:2012PLoSO...731793C. PMC 3289625
. PMID 22389674. doi:10.1371/journal.pone.0031793
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Ligações externas
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