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Vigília pascal

celebração cristã Da Wikipédia, a enciclopédia livre

Vigília pascal
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Vigília Pascal(Francês) Pascoal(Latim) ou Grande Vigília, é uma celebração cristã sabatina realizada na véspera do Domingo de Páscoa (Sábado de Aleluia), a partir das 18h. Nesta vigília, celebra-se ritualmente a ressurreição de Jesus Cristo. A vigília é tradição antiquíssima no catolicismo, considerada a "mãe de todas as vigílias". Na celebração, os fiéis exortam diversas passagem das leituras sagradas e do Evangelho, que está adornada pelo cumprimento de todas as profecias de vinda do Messias e sua ressurreição dos mortos.

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Diácono canta o canto Exsultet.
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Rito Romano

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Perspectiva

Na tradição católica romana, a Vigília Pascal consiste em quatro partes:

Liturgia da Luz
Liturgia da Palavra
Liturgia Batismal
Liturgia Eucarística

Para os católicos a vigília tem início após o pôr-do-sol do Sábado Santo, uma vez que, segundo a tradição bíblica, o novo dia litúrgico começa ao anoitecer. A celebração se inicia fora da igreja ou na entrada, num espaço escuro e silencioso, onde se realiza o rito da bênção do fogo novo. Esse fogo, aceso e abençoado pelo celebrante, simboliza Cristo ressuscitado, a Luz que venceu as trevas do pecado e da morte. A partir desse fogo novo, acende-se o Círio Pascal, uma grande vela que representa o próprio Cristo — "Luz do Mundo" (Jo 8,12). Em seguida, os fiéis também acendem suas velas a partir do Círio, e a assembleia caminha para o interior da igreja, agora iluminada pouco a pouco pela chama da fé que se propaga.

[1] Durante todo o Tempo Pascal, o Círio permanece aceso e visível no santuário da igreja, junto ao altar ou ao ambão, como sinal da presença luminosa do Cristo ressuscitado no meio de seu povo. Após esse tempo litúrgico, ele é conservado junto ao batistério e é utilizado em celebrações de Batismo, Crisma e funerais, recordando que Cristo é a luz que guia cada fiel desde o nascimento para a vida nova até a entrada na vida eterna.


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Liturgia da Luz

Assim que a vela for acesa segue o antigo rito do Lucernário, em que a vela é carregada por um sacerdote ou diácono através da nave da igreja, em completa escuridão, parando-se três vezes e cantando a aclamação: "Lumen Christi" ou Luz de Cristo (em português), ao qual a assembleia responde "Deo Gratias", Graças a Deus em português. A vela prossegue através da igreja, e os presentes portam velas que são acesas a partir do fogo do círio pascal, este gesto simbólico representa a "Luz de Cristo" que se espalhando por todos, a escuridão que é diminuída.

Assim que a vela foi colocada num lugar dignamente preparado no santuário, ela é incensada pelo diácono, que entoa solenemente o canto Exsultet, de tradição milenar. Ele é conhecido também como Proclamação da Páscoa, ou Pregão Pascal. Nele, a Igreja pede que as forças do céu exultem a vitória de Cristo sobre a morte, passando pela libertação do Egito e até mesmo agradecendo a Adão pelo seu pecado "indispensável", pois as consequências de tal pecado foram o motivo da vinda de Cristo.

Precônio Pascal

É o texto da Proclamação da Páscoa, proferido pelo celebrante ou diácono durante a liturgia da Luz em forma de cântico. Eis o texto:

Mais informação Em português, Em latim ...
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Bênção da Páscoa em Igreja Católica de Lvov.

Ao findar do canto, apagam-se as velas e inicia-se a Liturgia da Palavra, composta de sete leituras do Antigo Testamento, que são como um resumo de toda a história da salvação. Cada leitura é seguida por um salmo e uma oração relativa a aquilo que foi lido. Depois de concluir todas as leituras, é entoado solenemente o hino de louvor, Gloria in excelsis Deo, os sinos, sinetas e campainhas da igreja são tocados. É a primeira vez que se entoa o hino de louvor desde a quarta-feira de Cinzas, com exceção da quinta-feira Santa. No pré-rito Vaticano II, as imagens, que foram cobertas durante a última semana, são reveladas neste momento.

Uma leitura da epístola aos Romanos é lida, e se segue o canto do Salmo 118. O canto de aleluia então é cantado pelo celebrante, também de forma muito solene, pois também não é cantado desde o início da quaresma. Após a celebração da Liturgia da Palavra, se entoa a ladainha de todos os santos, em seguida a água da pia baptismal é solenemente abençoada e quaisquer catecúmenos e candidatos à plena comunhão são iniciados na Igreja, pelo batismo ou confirmação. Após a celebração destes sacramentos da iniciação, a congregação renova os seus votos batismais e recebem a aspersão da água batismal. A oração dos fiéis (do qual os recém-batizados são agora uma parte) se seguem.

Depois da oração, a Liturgia Eucarística continua como de costume, sendo tradição a utilização da Oração Eucarística I, ou Cânon Romano, a mais solene de todas. Esta é a primeira missa do dia da Páscoa. Durante a Eucaristia, o recém-batizados adultos recebem a Sagrada Comunhão pela primeira vez, podendo ou não serem crismados também. De acordo com as rubricas do Missal, a Eucaristia deve terminar antes do amanhecer.[2]

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Rito Oriental

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Perspectiva

A páscoa na Igreja Ortodoxa e no oriente é referida como Pascha. Note que na tradição bizantina, o que corresponde estruturalmente a vigília pascal é a vesperal e litúrgica do Sábado Santo, comemorada no sábado de manhã (como foi a Vigília na Igreja Católica Romana até 1955). Esta é a celebração que inclui as longas séries de leituras do Antigo Testamento e os ritos do Batismo, como no Ocidente. Embora a Igreja Católica Romana pratique atualmente a celebração da Vigília pascal durante a noite. A vesperal liturgia reconta a angustiante do inferno, foi o momento, de acordo com a teologia ortodoxa, que os justos mortos foram autorizados a deixar Lúcifer e a entrar no Paraíso. A boa nova de Jesus Cristo, do triunfo sobre a morte, ensina que somente nessa altura revelada a partida. A revelação ocorreu quando foi descoberto o seu túmulo vazio conforme o evangelho segundo Marcos no capítulo 16, versículo 2.

A ordem da vigília pascal para os ortodoxos e orientais é a seguinte, ressalvadas as pequenas variações locais:

O ofício da meia-noite é celebrado no Sábado Santo pouco antes da meia-noite. Na sua conclusão, todas as luzes da igreja são extintas, exceto a sobre o altar, e todos esperam em silêncio na escuridão. No golpe da meia-noite, o padre vai com o turíbulo ao redor do altar, e acende sua vela. Então, todo o clero e as pessoas saem da igreja e vão em procissão cantando um hino da ressurreição, durante a procissão os sinos tocam incessantemente. Esta procissão reconta a jornada ao túmulo de Cristo. Antes na frente da porta da igreja, o chefe celebrante dá a bênção para o inicio a matins. O clero, seguido pelo povo, cantam, a saudação pascal "Cristo ressuscitou!", "Verdadeiramente Ele ressuscitou!", é tocada pela primeira vez. Então, todos entram na igreja cantando. O resto da Matins é celebrada de acordo com especial pascal rubricas. Tudo que a celebração se destina é ser exultante e cheia de luz. Nada é lido, mas tudo é cantado. Durante a celebração, o sacerdote icensa a Igreja. As horas pascais são cantadas. Estas são completamente diferentes do que em qualquer outra altura do ano. A divina liturgia de São João Crisóstomo é celebrada como de costume, mas com características especiais que são únicos para a época pascal. No final da celebração, o sacerdote abençoa o Artos, uma grande fatia de pão, que representa a ressureição de Cristo.

Em seguida, fixado ao lado do ícone da ressurreição e é venerado pelos fiéis em todo Semana Santa. As velas acesas à meia-noite são detidas pelas pessoas ao longo de todo a celebração, tal como é feita pelos recém-batizados. Durante a vigília, normalmente perto do final da Matins, a pascal homilia de São João Crisóstomo é proclamada. Na sequência da emissão da divina liturgia, ovos abençoados que foram tingidos de vermelho são normalmente distribuídos à população para a quebra do Grande jejum da Quaresma, e cestas de alimentos para a festa que se segue são abençoados com água benta. A celebração geralmente termina em torno de 4:00 da manhã. Mas, no domingo tarde há um especial, Vésperas pascais, em que o Evangelho é cantado em muitas línguas.

A semana que começa no domingo de Pascal é chamada "Feliz Semana" ou "Semana iluminada", e são considerados contínuos dias. As Santas Portas dos Iconóstase são deixadas em aberto a semana, sendo fechada apenas no final da Nona Hora do sábado.

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Referências

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