Panetone

O panetone é um alimento tradicional da época de Natal, de origem milanesa, região a noroeste da Itália.^[1] O pão doce ou bolo de natal possui fragrância discreta de baunilha e recheio de frutas secas, tais como damasco, mamão, laranja, limão, maçã, cidra e a uva passa.

Panetone, provavelmente em sua versão piemontesa

Apesar de geralmente ser associado à cultura milanesa, tendo a forma alta e mais fina, há também o panetone piemontês, diferente apenas por ser mais largo e redondo.^[2]

Produção

Durante sua fabricação a massa passa por um processo de fermentação natural que busca garantir que o panetone fique com uma consistência macia. Com o tempo a receita sofreu diversas inovações, e aprimorada deu origem a versões como Chocotone, Sorvetone e Colomba Pascal, variações mais conhecidas da receita, além de várias outras versões.^[3][4]

Informações nutricionais

Panetone tradicional

O produto final é rico em carboidrato e possui grande quantidade de calorias: uma fatia de 80 gramas do panetone da marca Nestlé, por exemplo, possui cerca de 280 Kcal (ou 1171,52 kJ).

Etimologia

A palavra panetone (do italiano panettone) tem sua origem no vocábulo milanês panatón ou panattón, de origem e significados controversos. Por outro lado, pode-se deduzir que a origem do termo panettone se deva à contração entre o diminutivo da palavra "pão" (do italiano panetto) com o superlativo da mesma palavra (do italiano panone), isto é, panetto + panone = panettone, o que em português se assemelharia ao neologismo "pãozinhão".^[5]

Outra lenda conta que ele teria sido criado na cidade de Milão, na Idade Média, por um confeiteiro chamado Tony, o qual teria dedicado seu invento à mulher amada, de "Pão de Tony", ele teria evoluído para panetone. Mas essa lenda não tem o menor fundamento, pois não há nenhuma evidência histórica que respalde essa versão.^[6]

No Brasil

O panetone chegou ao Brasil como influência dos imigrantes italianos, que entre o final do século 19 e a primeira metade do século 20, atravessaram o Atlântico em busca de oportunidades na América do Sul.^[7]

Na indústria, a primeira marca a produzir e comercializar o panetone no Brasil foi a empresa Bauducco, fundada pelo ítalo-brasileiro Carlo Bauducco. A produção do panetone da Bauducco foi iniciada em meados de 1950 e a marca foi a responsável por ajudar a popularizar o produto pelo país.^[8]

No Brasil, existem mais de 100 marcas que produzem o bolinho italiano em diversas versões, e levantamentos apontam que, no período das festas de fim de ano, essa quantidade de produtores pode triplicar, por conta das padarias e confeitarias de pequeno porte e de empreendedores sazonais, que produzem o panetone para ter uma renda extra.^[9]

Ver também

• Pandoro
• Pudim de Natal
• Chocotone
• Bolo-rei
• Culinária da Itália

Referências

1. «Qual é a origem do panetone, uma das comidas mais típicas do Natal?». National Geographic. 6 de dezembro de 2024. Consultado em 23 de dezembro de 2025
2. Lombardo, Damares (6 de dezembro de 2011). «O Panetone é Milanês». Keviagem. Consultado em 21 de dezembro de 2020
3. guiadacozinha (21 de dezembro de 2021). «Panetone diferente: 10 receitas para fugir do tradicional». Terra. Consultado em 23 de dezembro de 2025
4. «Morango do amor, pistache e mais: panetone ganha versões ousadas». G1. 15 de dezembro de 2025. Consultado em 23 de dezembro de 2025
5. Publishers, HarperCollins. «The American Heritage Dictionary entry: panettone». www.ahdictionary.com. Consultado em 23 de dezembro de 2025
6. Bizzocchi, Aldo (5 de janeiro de 2021). «A origem do nome do panetone». DIÁRIO DE UM LINGUISTA. Consultado em 23 de dezembro de 2025
7. «Qual é a origem do panetone e como ele se tornou a iguaria de Natal mais consumida no Brasil». BBC News Brasil. 25 de dezembro de 2019. Consultado em 23 de dezembro de 2025
8. Amazonas, Lorena (23 de dezembro de 2013). «Tradicional no Natal, panetone surgiu por "erro" de padeiro». www.uol.com.br. Consultado em 23 de dezembro de 2025
9. «História do Panetone: conheça a origem da sobremesa que é o símbolo do Natal». Nobre Cestas. Consultado em 23 de dezembro de 2025