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Área importante para a preservação de aves, termo internacionalmente mais conhecido pelo acrônimo IBA (do inglês Important Bird Area), é a designação dada a um território reconhecido, segundo critérios fixados internacionalmente, como constituindo um habitat globalmente importante para a conservação de populações de aves.[1]
Existem cerca de 10 000 áreas designadas como IBA, a nível mundial, com base num programa de identificação conduzido pela BirdLife International (organização internacional de estudo da avifauna). Os sítios designados devem ser suficientemente pequenos para serem objecto de medidas de conservação específicas e diferir em relação às áreas vizinhas pelas suas características ecológicas, habitats que albergam ou pela sua importância ornitológica, constituindo indubitavelmente habitats importantes para a conservação das populações de aves. O programa é gerido em cada país por uma ou mais organizações afiliadas.[2]
Para ser classificado como IBA, um sítio deve satisfazer pelo menos um dos seguintes critérios:
O sítio alberga regularmente um número significativo de indivíduos de pelo menos uma espécie globalmente ameaçada, classificada na Lista Vermelha da IUCN como em "perigo crítico", "em perigo" ou "vulnerável".
O sítio pertence a um conjunto de áreas seleccionado para assegurar que todas as espécies com distribuição restrita de uma Área para Aves Endémicas (Endemic Bird Area ou EBA)[3] ou Área Secundária (Secondary Area ou SA)[4] estejam presentes em número significativo em pelo menos uma dessas áreas ou, preferencialmente, em várias delas.
O sítio alberga regularmente uma população significativa de espécies cuja distribuição é inteiramente ou largamente limitada um particular bioma.
Com base nos critérios atrás apontados foram identificadas cerca de 10 000 IBAs em cerca de 170 países (2008). O organismo internacional que superintende a identificação das IBAs é a BirdLife International, uma rede internacional de organizações para a conservação da avifauna que elaborou a primeira lista de IBAs nos finais da década de 1970, tendo-a publicado em 1981.
No Brasil, este programa de identificação está a cargo da Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil).[6]
Em Portugal a tarefa de gerir o programa de identificação das IBAs é responsabilidade da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).[7]
Em 2012, estavam identificadas em Portugal 90 áreas importantes para as aves, correspondendo a 1 472 386 ha (14 724 km²).[8] Este valor corresponde a quase 16 % dos 92 090 km² do território português.
A maior IBA de Portugal situa-se no Nordeste Transmontano, integrando as serras de Montesinho e Nogueira enquanto que a mais pequena é o Leixão das Gaivotas, no Algarve.[9]
Na União Europeia a lista de IBAs foi em boa parte, mas não totalmente, utilizada como base para a elaboração da lista de zonas de protecção especial que dá cumprimento ao estabelecido na Directiva Aves (Directiva 79/409/CEE do Conselho, de 2 de Abril de 1979, relativa à conservação das aves selvagens, entretanto substituída pela Directiva 2009/147/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de Novembro de 2009, relativa à conservação das aves selvagens)[10]
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