Auguste François Marie Glaziou
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Auguste François Marie Glaziou (Lannion, Bretanha, 30 de agosto de 1828 — Bordeaux, 30 de março 1906) foi engenheiro civil e botânico formado pelo Museu de História Natural de Paris, tendo aprofundando seus estudos em agricultura e horticultura com a orientação de renomados professores: Adolphe-Théodore Brongniart e Joseph Decaisne. Filho de um jardineiro, agricultor e horticultor, François aprendeu a trabalhar com jardinagem e se aperfeiçoou na profissão do pai.[1]
Auguste François Marie Glaziou | |
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Nascimento | 30 de agosto de 1828 Lannion |
Morte | 30 de março de 1906 (77 anos) Bordéus |
Cidadania | França |
Ocupação | botânico, engenheiro, ilustrador |
Prêmios |
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Glaziou chegou ao Brasil - mais especificamente no Rio de Janeiro - em 1858 em busca de novas oportunidades. Foi nesse momento que o botânico adiciona o prenome Auguste, em uma possível homenagem ao botânico Auguste Saint-Hilaire, grande pesquisador da flora brasileira.[2]
O paisagista foi o responsável por desenvolver diversos projetos na Corte, como as reformas do Passeio Público, da Quinta da Boa Vista e do Campo de Santana. O trabalho de Glaziou, no entanto, não se resumiu apenas aos espaços públicos. Famoso por seu trabalho, o paisagista também foi convidado a realizar seu trabalhos em casa de grandes personalidades, como o Barão de Nova Friburgo e o Barão de Mauá, no Rio de Janeiro, e de Tavares Guerra, em Petrópolis.[3]
Além de transformar a paisagem do Rio de Janeiro e - por consequência - do Brasil, o arborista garantiu a presença de plantas brasileiras e advindas de todo o mundo[4] em praças e ruas do país, sendo o responsável pela descoberta de diversas espécies, como a Glaziovia Bauhinioides,[5] da família das bignoniáceas, descrita na Flora Brasiliensis, e a Manihot glaziovii,[6] a árvore da mandioca.[7]
Ao longo de sua estadia no Brasil, Glaziou realizou expedições no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Goiás. Além da descoberta de novas espécies e da transformação dos espaços públicos, o botânico também integrou a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil (1861-1895), expedição que avaliou a localização de uma nova capital no Brasil central, hoje Brasília.[8]