Conde do Prado
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O título de Conde do Prado foi um título nobiliárquico de Portugal, atribuído por D. João III a D. Pedro de Sousa (1468-1563), senhor de Vila de Prado e de Beringel, a 22 de Novembro de 1525. Este pertencia à linhagem dos Sousas ditos Chichorros, ou do Prado, descendentes ilegítimos de D. Afonso III, e tinha-se notabilizado como capitão na praça portuguesa de Azamor, em Marrocos.
Mais tarde, o seu filho D. Francisco de Sousa foi Governador-geral do Brasil (1592-1602); e a este foi prometido o título de Marquês das Minas quando foi novamente escolhido pelo rei Filipe II de Portugal para um governo além-mar em 1608. No entanto, D. Francisco de Sousa morreria logo em 1611, e nunca chegou a receber o título de marquês. Este foi apenas atribuído em 1670 ao seu neto homónimo, militar durante a Guerra da Restauração (1640-1668) e embaixador à Santa Sé em 1669, como recompensa pelos seus serviços.
Posteriormente D. Francisco de Sousa, o 1.º Marquês das Minas, herdou ainda o título de Conde do Prado atribuído em 1525 ao seu quarto avô. A partir de então os dois títulos reuniram-se na mesma Casa; e como se tornou costumário nos séculos XVII e XVIII, ao ser absorvido pelo marquesado, o título condal foi usado como um título de cortesia pelos herdeiros aparentes dos Marqueses das Minas em vida destes.
O filho do primeiro marquês, D. António Luís de Sousa, o 2.º e dito Marquês das Minas, foi o mais famoso membro da Casa, graças ao seu papel na Guerra de Sucessão Espanhola (1701-1714). Como comandante supremo do exército aliado anglo-luso-holandês que invadiu Espanha em 1706, logrou conquistar Salamanca e Madrid esse ano, mas perdeu a importante Batalha de Almansa no ano seguinte.
A genealogia desta linhagem é sobejamente conhecida: são os Sousas ditos Chichorros, ou do Prado, descendentes ilegítimos de D. Afonso III (com a célebre Madragana), de quem o primeiro marquês era décimo neto. À época dos primeiros marqueses, também por exemplo os Condes de Redondo eram de varonia Sousa Chichorro. A Casa foi descrita por D. António Caetano de Sousa nas Memorias Historicas e Genealogicas dos Grandes de Portugal (1755),[1] e as suas armas podem também ser vistas por exemplo no armorial Thesouro de Nobreza (1675), na página intitulada "ARMAS DOS DVQVES E MARQVEZES DE PORTVGAL" (fl. 23r). Anselmo Braamcamp Freire nos Brasões da Sala de Sintra dedica aos Sousas o Cap. IX do Vol. I da obra.[2]
Note-se que após a morte da última titular em 1827, os títulos seriam novamente concedidos em 1842 a um ramo afastado da linhagem, que não se compara em importância aos titulares dos séculos XVII e XVIII.