Eleições estaduais no Ceará em 1966
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As eleições estaduais no Ceará em 1966 ocorreram em duas etapas conforme previa o Ato Institucional Número Três e por isso a eleição indireta do governador Plácido Castelo e do vice-governador Humberto Ellery foi em 3 de setembro e a eleição direta dos senadores Paulo Sarasate e Menezes Pimentel, além de 21 deputados federais e 65 estaduais aconteceu em 15 de novembro num ritual aplicado aos 22 estados e aos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima.[1][2][3][nota 1]
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Eleições estaduais no Ceará em 1966 | ||||
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3 de setembro de 1966 (Eleição indireta) 15 de novembro de 1966 (Eleição direta) | ||||
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Candidato | Plácido Castelo
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Partido | ARENA
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Natural de | Mombaça, CE
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Vice | Humberto Ellery | |||
Votos | 47 | |||
Porcentagem | 95,92% | |||
Titular Eleito | ||||
Para governador foi escolhido o advogado Plácido Castelo. Nascido em Mombaça e graduado em 1930,[nota 2] integrou o Ministério Público e iniciou sua vida política em 1934 como suplente de deputado estadual pela Liga Eleitoral Católica do Ceará. Foi o primeiro presidente do Instituto de Previdência do Estado do Ceará e depois assumiu a prefeitura de Fortaleza durante a interventoria de Beni Carvalho.[nota 3] Suplente de deputado federal pelo PPS em 1945, foi procurador do estado durante cinco anos. Eleito suplente de deputado estadual por duas vezes, ocupou a Secretaria de Agricultura no governo Raul Barbosa sendo eleito deputado estadual pelo PSP em 1954 e 1962 filiando-se depois à ARENA, sendo eleito governador em 1966.[4][5][6] Para vice-governador foi escolhido o general Humberto Ellery, superintendente da Caixa Econômica Federal no Ceará.
Nascido em Fortaleza e formado na Universidade Federal do Ceará em 1930, o advogado, Paulo Sarasate é também professor e jornalista e como tal fundou o jornal O Povo ao lado de Demócrito Rocha. Membro da Ordem dos Advogados do Brasil e da Associação Cearense de Imprensa, iniciou sua carreira política como deputado estadual em 1935 até a extinção de seu mandato pelo Estado Novo. Após voltar à política filiou-se à UDN sendo eleito deputado federal em 1945, 1950, 1958 e 1962 e governador do Ceará em 1954. Filiado à ARENA foi eleito senador em 1966, porém faleceu na capital cearense em 23 de junho de 1968 e assim foi efetivado Waldemar Alcântara.[7][8][nota 4]
Em virtude dos falecimentos sucessivos de Carlos Jereissati e Antônio Jucá foi aberta outra vaga de senador pelo Ceará cujo eleito teria um mandato de quatro anos e para ocupá-la foi eleito o advogado Menezes Pimentel. Nascido em Santa Quitéria e formado em 1914 na Universidade Federal do Ceará, é co-fundador do Ginásio São Luís em Pacoti em 1907 e nele foi professor e exerceu a direção até 1946. Eleito deputado estadual pela Liga Eleitoral Católica teve o mandato extinto pela Revolução de 1930 e em 1935 foi eleito governador do Ceará. Empossado em 26 de maio, foi beneficiado pela decisão de Getúlio Vargas em mantê-lo no cargo durante o Estado Novo e com isso ficou no poder até 31 de outubro de 1945. Filiado ao PSD perdeu a eleição para senador em 1945, todavia foi eleito vice-governador em 1947 pela Assembleia Legislativa do Ceará[nota 5] e assim formou par com o governador Faustino de Albuquerque. Sem deixar o partido foi eleito deputado federal em 1950 e 1954 e senador em 1958, filiando-se à ARENA após o Regime Militar de 1964 instituir o bipartidarismo sendo reeleito em 1966.[9][10][11]