Timpanometria
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A timpanometria é um exame objetivo utilizado para avaliar a função da orelha média,[1] isto é, analisa a mobilidade do sistema tímpano-ossicular (membrana timpânica e ossos de condução do som), criando variações da pressão do ar no canal auditivo (meato acústico externo). A timpanometria pode ser classificada como uma medida dinâmica e faz parte da bateria de testes da imitância acústica, também chamada de imitanciometria.
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Em resumo, a timpanometria permite verificar a medida da variação da imitância do sistema auditivo, seja a impedância ou a admitância, em razão da variação de pressão introduzida. O objetivo é encontrar em qual pressão está o pico de admitância sonora do sistema; sendo o padrão de normalidade entre -100Pa a +50Pa. Os picos que fogem a esses valores sugerem, normalmente, disfunção tubária. [2]
A base do equipamento de medidas de imitância acústica, que segue sendo usado até os dias atuais, é composta por um gerador de tom puro, um microfone para monitorar esse tom puro e o pessurizador, responsável por fazer a variação de pressão na orelha externa. Essa variação pode se dar entre +200da Pa e -400da Pa (podendo estender-se até -600daPa, se necessário). [3]
O resultado dessa medida é plotado em um gráfico denominado timpanograma, no qual é possível identificar a pressão do pico timpanométrico (PPT), onde ocorre o ponto de máxima admitância, e a altura do pico timpanométrico, comumente denominado volume do pico de admitância. Outra medida importante é o volume equivalente no meato acústico externo. Ao utilizarmos o tom de sonda de 226Hz e monitorá-lo no ponto de +200da Pa de pressão no MAE, a admitância é numericamente igual ao volume do meato acústico externo. Assim, a admitância de um volume de ar de 1 mL, é igual a 1 mmho. Por esse motivo, na imitanciometria com tom de sonda de 226Hz, é possível fazer a medida de admitância em ml. Ao usar frequências mais altas como tom de sonda, é necessário mudar a medida para mmho, já que a medida não se comporta da mesma forma.[3]
A timpanometria auxilia no diagnóstico de alterações na orelha média e de perdas auditivas, tanto em adultos, quanto em crianças.[4] Na avaliação da perda auditiva, a timpanometria permite uma distinção entre perda auditiva sensorioneural e condutiva. Além disso, pode ser útil no diagnóstico da otite média, demonstrando a presença de acúmulo de líquido na cavidade da orelha média por meio da curva timpanométrica.
O exame não deve ser usado para avaliar a sensibilidade da audição, e seus resultados devem sempre ser vistos em conjunto com a avaliação da audiometria.