Estado Português da Índia
Colônia de Portugal por 1505 até 1961 / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Estado Português da Índia[1] (em hindi: भारत राज्य), Estado das Índias, Estado da Índia ou Índia Portuguesa[1] refere-se a um conjunto de possessões, cidades portuárias, entrepostos e fortalezas conquistados ou instalados pelos portugueses, ao longo de sua expansão marítima e comercial, desde pelo menos finais do século XV até meados do XIX.[2] Existiram desde 1505 até 1961, sofrendo variações geográficas, ao longo de mais de quatro séculos.
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Estado Português da Índia
Colónia portuguesa | |||||||||||||
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Continente | Ásia | ||||||||||||
Capitais | Cochim (1505-1510) Goa (1510-1843) Nova Goa (1843-1961) | ||||||||||||
Língua oficial | português | ||||||||||||
Outros idiomas | concani | ||||||||||||
Religiões | |||||||||||||
Moeda | rupia da Índia Portuguesa escudo da Índia Portuguesa | ||||||||||||
Forma de governo | administração colonial | ||||||||||||
Governador do Estado Português da Índia ou vice-rei | |||||||||||||
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História | |||||||||||||
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Estados antecessores e sucessores
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O Estado Português da Índia foi fundado em 1505, seis anos após a descoberta da rota entre Portugal e o subcontinente indiano, com vista a servir de referência administrativa para uma cadeia de fortificações, feitorias e colónias ultramarinas. O primeiro vice-rei foi D. Francisco de Almeida, que estabeleceu o seu governo em Cochim. Os governadores subsequentes não receberam o título de vice-rei. Em 1510, a capital do Estado Português da Índia foi transferida para Goa.[3] No transcurso do século XVI ocorreu a expansão e estabilização na luta contra várias estruturas estatais asiáticas, comandadas por muçulmanos de origem árabe e turcos otomanos. No entanto, os portugueses nunca conseguiram exercer plenamente o poder nas zonas do estreito de Malaca ou dominar o mar Vermelho, mesmo após o contorno do cabo da Boa Esperança (1498), mas exerceram o monopólio, por muito tempo, sobre a única rota marítima de produtos orientais para os mercados europeus. Antes do século XVIII, o governador português ali estabelecido exercia sua autoridade em todas as possessões portuguesas no oceano Índico, desde o cabo da Boa Esperança, a oeste, passando pelas ilhas Molucas, Macau e Nagasáqui (esta nunca foi formalmente parte dos domínios portugueses) ao leste.
O declínio do domínio português na Ásia começou em nível econômico na década de 1670 e, politicamente, desde o fim do século XVI, com a entrada de outros países europeus, especialmente os holandeses, no oceano Índico. Depois de um período de lutas ferozes nos três primeiros quartos do século XVII, nas quais os monarcas asiáticos desempenharam um papel importante, a superioridade portuguesa foi dissipada. Em 1752, Moçambique passou a ter um governo próprio e, em 1844, foi a vez dos territórios de Macau, Solor e Timor, restringindo a autoridade do governador do Estado Português da Índia às possessões portuguesas na costa do Malabar, assim permanecendo até 1961. Antes da independência da Índia, ocorrida em 1947, a província ultramarina restringia-se aos territórios de Goa, Damão, Diu e Dadrá e Nagar Aveli. Portugal perdeu o controlo efetivo dos enclaves de Dadrá e Nagar Aveli em 1954 e, finalmente, o resto dos territórios do subcontinente indiano em dezembro de 1961, quando foram tomados por uma operação militar indiana. Portugal só reconheceu oficialmente o controlo indiano em 1975, após a Revolução de 25 de Abril de 1974 e a consequente queda do Estado Novo.