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Alberto Salvá

diretor de cinema brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre

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Alberto José Bernardo Salvá Contel (Barcelona, 13 de abril de 1938Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2011 [1] ) foi um cineasta brasileiro nascido na Espanha e radicado no Brasil desde 1952, naturalizado em 1961.[2]

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Biografia

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Perspectiva

Em 1952, emigrou com a família para o Rio de Janeiro. Ainda adolescente, trabalhou como pedreiro, pintor de paredes, escriturário e fotógrafo. Interessado desde cedo por cinema, em 1964 passou a assinar críticas de filmes no Jornal dos Sports e matriculou-se num seminário sobre documentário, ministrado pelo sueco Arne Sucksdorff, e promovido pelo Itamaraty no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.[3]

Em seguida passou a realizar curtas, sendo que já o primeiro, Paixão de Aleijadinho (1965), foi premiado como melhor documentário no Festival de Curtas-metragens da Bahia. Foi diretor de fotografia no média-metragem Nossa Escola de Samba (1964), de Manoel Gimenez, episódio do histórico longa Brasil Verdade, um dos marcos do surgimento do Cinema Novo.

Entre 1966-67, fotografou e montou vários curtas para o Instituto Nacional de Cinema e fundou o grupo Câmara, uma cooperativa a partir da qual produziu, fotografou, montou e dirigiu três episódios de Como Vai, Vai Bem? (1968), sua estréia em longas-metragens. No mesmo período, montou os longas Um Homem e Sua Jaula, de Fernando Cony Campos, e Edu, Coração de Ouro, de Domingos de Oliveira. Em 1972, fundou a produtora Thor Filmes, com Teresa Trautman, para quem foi diretor de fotografia em Os Homens que Eu Tive (1973).

No período da pornochanchada, fotografou, roteirizou e até dirigiu algumas comédias eróticas. Mas seus temas mais recorrentes são as dificuldades de relacionamento, analisadas de forma cômica, como em A Cama ao Alcance de Todos, ou dramática, como em Confissões de uma Mulher Casada. O que não o impediu de enveredar com qualidade autoral pelo relato autobiográfico existencial de Um Homem sem Importância, ou mesmo pelo cinema infantil, em As Quatro Chaves Mágicas, uma recriação do conto João e Maria dos irmãos Grimm.

Na TV Globo, dirigiu vários casos especiais, como Tudo Cheio de Formiga (1975), além de documentários para o Globo Repórter e episódios das séries Aplauso (1979), Carga Pesada (1980-81), Obrigado Doutor (1985) e Você Decide (1992).

Em 1983 fotografou Me Beija, de Werner Schünemann. Contratado para dirigir S.O.S. Sex Shop, desentendeu-se com o produtor Pedro Carlos Rovai, que acabou refilmando e remontando o material, creditando a direção a "Alberto S. Contel".

Ainda em 1983 ganhou o concurso nacional de contos eróticos da revista Status, com Alice, que viria a ser a base para o roteiro de A Menina do Lado, uma história de amor entre um escritor quarentão (Reginaldo Farias) e sua vizinha adolescente (Flávia Monteiro, em seu primeiro papel). O filme, além de ter sido um grande sucesso comercial, ganhou prêmios nos festivais de Gramado e Natal.

No período Collor, Salvá foi produtor de Manobra Radical (1991), de Elisa Tolomelli. Em 1997, publicou pela Editora Revan o livro Sexo em Casa ou Tudo que Você Sempre Quis Fazer e Nunca Teve Coragem de Pedir.

A partir de 1990, começou a ministrar cursos de roteiro, a princípio no Parque Lage, na Casa da Gávea e na Casa de Cultura Laura Alvim, mais tarde nas Universidades Cândido Mendes e Estácio de Sá, e mais recentemente no Instituto Brasileiro de Audiovisual – Escola Darcy Ribeiro e na Oficina de Atores do Rio de Janeiro.[4]

Em 2008 dirigiu o filme independente, Na Carne e na Alma,[5] com Karan Machado e Raquel Maia, baseado no livro Deusa Cadela, do escritor fluminense André Abi Ramia.[6][7]

Faleceu em decorrência de um câncer de fígado.[8]

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Filmografia como diretor e roteirista [9]

Longas-metragens

Curtas e média-metragens

  • 2000: Amigas
  • 1997: O Bailarino e a Contorcionista
  • 1996: Antártida, o Último Continente (co-dir. Monica Schmiedt)
  • 1990: O Vendedor
  • 1982: O Ritual
  • 1982: Sem Intermediários
  • 1980: Baloeiros
  • 1967: Sala dos Milagres
  • 1966: Aspectos da Segunda Guerra Mundial
  • 1966: Sol no Labirinto (co-dir. Fernando Cony Campos)
  • 1965: Paixão de Aleijadinho
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Filmografia: apenas como roteirista

  • 1981: Mulher Objeto
  • 1978: Assim era a Pornochanchada
  • 1978: Os Melhores Momentos da Pornochanchada
  • 1976: As Desquitadas em Lua-de-Mel
  • 1975: As Deliciosas Traições do Amor (episódio "Dois é Bom... Quatro é Melhor")

Ver também

Referências

  1. «Perfil de Alberto Salvá no "Quem é quem" da Filme B"». Consultado em 20 de dezembro de 2009. Arquivado do original em 26 de dezembro de 2009
  2. MIRANDA, Luiz F.A.: Dicionário de cineastas brasileiros. São Paulo: Art Editors, 1990 (p. 292).
  3. Dados mais recentes conferidos em: NAGIB, Lúcia: O Cinema da retomada - depoimentos de 90 cineastas dos anos 90. Editora 34, São Paulo, 2002 (pp. 423-425)
  4. Em 23 de junho de 2010, no twitter, o cineasta escreve: "O nome do meu filme não é mais Deusa Cadela, que sempre vai parecer o que não é: pornô. O título agora é Na Carne e na Alma.
  5. «Filmografia no IMDb». Consultado em 20 de dezembro de 2009
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