Anelídeo
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Anelídeos[1] (Annelida, do Latim anellus, "pequenos anéis"), também conhecido como vermes segmentados ou vermes anelares, é um vasto filo, com mais de 17.000 espécies incluindo vermes, minhocas e sanguessugas.[2] Estes animais podem ser encontrados tanto em ambientes terrestres quanto aquáticos. São animais com simetria bilateral, triblásticos, celomados e invertebrados. Esse filo é dividido em dois grupos, conhecidos por “Polychaeta” (poliquetas, vermes-espanadores e equiúros) e Clitellata, sendo este último constituído por Oligochaeta (minhocas) e Hirudinea (sanguessugas).[3]
Annelida | |||||
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Ocorrência: Cambriano - Recente, 518–0 Ma | |||||
Classificação científica | |||||
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Grupos inclusos | |||||
A forma básica de um anelídeo é caracterizada por um corpo alongado, vermiforme, e metamerizado, isto é, com segmentações internas e/ou externas. De maneira geral, o corpo é formado pelo prostômio e peristômio na região anterior, seguidos por número variável de segmentos e o pigídio na região posterior. A metamerização do corpo se reflete também em uma homologia seriada, ou seja, a repetição de diversas estruturas e órgãos ao longo dos segmentos do corpo, como musculatura, nefrídios, vasos sanguíneos (plexos capilares) e sistema nervoso (gânglios únicos ou em pares a cada segmento). Essa organização promove independência de cada segmento.[3]
Acredita-se que a metamerização tenha surgido como benefício para o hábito cavador, dividindo o celoma em câmaras menores sobre as quais agiriam de maneira independente as musculaturas corporais, permitindo dilatação/contração apenas de determinadas partes do corpo, facilitando a escavação. O hábito cavador é uma qualidade muito relevante, já que por conta disso o animal promove a aeração e redistribuição dos nutrientes da terra, enriquecendo o solo. Já os marinhos, promovem a entrada de água no assoalho oceânico, nos dois ambientes essa interferência promove o desenvolvimento dos ecossistemas.[4]
Em relação à sua importância para os seres humanos, além dos possíveis usos citados acima, esse grupo é frequentemente usado como isca (principalmente os poliquetas) e também faz parte da alimentação indireta, já que a farinha de minhoca é usada para a produção de ração animal. As sanguessugas, que também fazem parte deste grupo, são usadas para o tratamento de edemas, ferimentos e até para a regeneração de enxertos e implantes de dedos e outros apêndices.[4]