Apocalipse (Dürer)
série de quinze xilogravuras datáveis de cerca de 1496-1498 de Albrecht Dürer / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Apocalipse é uma série de quinze xilogravuras datáveis de cerca de 1496-1498 do mestre alemão Albrecht Dürer e cujas melhores cópias existentes se encontram no Staatliche Kunsthalle, em Karlsruhe.
Apocalipse (Frontispício da edição de 1511) | |
---|---|
Autor | Albrecht Dürer |
Data | c. 1496-1498 |
Técnica | xilogravura |
Dimensões | 39 cm × 28 cm (cada gravura) |
Localização | Staatliche Kunsthalle, Karlsruhe |
As quinze gravuras que se destinaram inicialmente a ilustrar a impressão do Apocalipse de João pelo próprio Dürer são as seguintes:
- Martírio de São João
- Visão de Cristo e dos sete candeeiros
- São João e os vinte e quatro anciãos no céu
- Os quatro cavaleiros do Apocalipse
- Abertura do quinto e sexto selos
- Quatro anjos sustêm os ventos e os que foram com selo assinalados
- Sete anjos com trombetas
- Quatro Anjos da morte
- São João devora o livro
- A mulher vestida de luz e o dragão das sete cabeças
- São Miguel combate o dragão
- O monstro marinho e a besta com chifres de carneiro
- Adoração do cordeiro e hino dos eleitos
- Prostituta da Babilónia
- Anjo com a chave do poço sem fundo
Em vez das xilogravuras tradicionais em formato horizontal, Dürer escolheu um formato vertical grandioso e rompeu com o estilo do modelo bíblico recente, que apresentava numerosas figuras pequenas. Ao invés, as figuras das suas composições são poucas e grandes. Ao todo, Dürer fez quinze xilogravuras, a primeira das quais ilustra o Martírio de São João e as outras os vários episódios do Apocalipse.[1]
Nunca antes as visões de São João foram representadas de modo tão dramático como nestas xilogravuras, concebidas singularmente com um forte contraste de preto e branco. Dürer deu densidade às figuras com um sistema gradual de incisões paralelas, que já eram usadas na gravação em cobre. No desenvolvimento das histórias, há uma progressiva intensificação da síntese, conseguindo o Autor conjugar a natureza visionária dos eventos narrados com o respeito pelas leis naturalistas que dão às figuras uma monumentalidade de tipo clássico.[1]