Auto-hemoterapia
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Auto-hemoterapia é uma prática terapêutica "isoterápica",[1] que consiste na extração de sangue venoso de uma pessoa, e a sua injeção na mesma pessoa, por via intramuscular.[2] A auto-hemoterapia, também conhecida como injeção de sangue autólogo, compreende certos tipos de hemoterapia usando o próprio sangue da pessoa ( auto- + hemo- + terapia). Existem vários tipos, os originais pertencentes apenas à medicina tradicional, medicina alternativa ou charlatanismo, e alguns tipos mais recentes sob investigação. A forma original e não científica é a imediata injeção intramuscular ou subcutânea do próprio sangue recém coletado. Foi usada no início do século XX, quando alguns médicos acreditavam que tinha eficácia e mecanismo lógico de ação, mas foi abandonada mais tarde. O avanço da ciência deixou claro que lhes faltava evidências seguras.[3]
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As outras formas envolvem alguma mudança no sangue antes de ser novamente injetado, tipicamente oxigenação, ozonização (auto-hemoterapia ozonizada)[4][5], exposição à luz ultravioleta, ou centrifugação. As formas incluem plasma rico em plaquetas (PRP) e soro condicionado autólogo (SCA).[6]
Não é impossível que a auto-hemoterapia ozonizada, ou UV, possa ter eficácia e efetividade real em doenças autoimunes, uma vez que eles são imunomoduladores de alguma forma (por exemplo, interferindo com os desarranjados autoanticorpos);[4] mas esse mecanismo de ação, se existir, ainda não é bem entendido,[4] e também é improvável que quaisquer mudanças moleculares que o ozono e o UV causem atuam especificamente apenas nas moléculas alvo desejadas, o que significa que os riscos envolvidos são altos.
A técnica é condenada oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) do Brasil desde 2007, e pelo Conselho Federal de Enfermagem do Brasil desde 2009, que alertam ainda para os possíveis riscos à saúde dos pacientes.[7][8][9] A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) também considera que a técnica é potencialmente perigosa e que não existem pesquisas que comprovem sua eficácia.[10] Em fevereiro de 2015 o CFM emitiu nota reforçando que a auto-hemoterapia não tem eficácia comprovada e que os médicos são proibidos de praticá-la.[11]