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militante transexual brasileira dos direitos LGBT Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Brenda Lee (Bodocó, 10 de janeiro de 1948 – São Paulo, 28 de maio de 1996) foi uma militante transexual brasileira dos direitos LGBT. Brenda foi considerada o «anjo da guarda das travestis» e tinha como objetivo ajudar a todos, doentes ou não, que eram discriminados pela sociedade.[2]
Brenda Lee | |
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Nome completo | Cícero Caetano Leonardo[1] |
Nascimento | 10 de janeiro de 1948 Bodocó, PE |
Morte | 28 de maio de 1996 (48 anos) São Paulo, SP |
Nacionalidade | brasileira |
Ocupação | ativista LGBT |
Seu trabalho tornou um referencial e um marco importante e, por isso, em 21 de outubro de 2008 foi instituído o Prêmio Brenda Lee concedido quinquenalmente para sete categorias por ocasião das comemorações do Dia Mundial de Combate à Aids e aniversário do Programa Estadual DST/Aids do Estado de São Paulo.[3][2]
Nascida no interior de Pernambuco,[4] Brenda era muito efeminada ainda na infância, o que desde cedo lhe tornou alvo de preconceitos. Inicialmente adotou o nome social de Caetana, mas ao se estabelecer em São Paulo escolheu o nome que a tornaria conhecida: Brenda Lee.[4]
Brenda chegou a São Paulo aos catorze anos e tornou-se figura conhecida e festejada do bairro do Bixiga. Comprou uma casa nesse bairro e acolheu o primeiro portador do vírus HIV em 1984 numa época em que predominava muita desinformação e preconceito sobre a AIDS, quando até mesmo os familiares rejeitavam quem sofria dessa doença e não havia infraestrutura para acolher quem recebia alta hospitalar e não tinha onde morar.[2][5]
A «Casa de Apoio Brenda Lee», também conhecida como «Palácio das Princesas», foi instituída formalmente em 1988 para abrigar pessoas homossexuais e portadores de HIV rejeitados por parentes e também com o objetivo de dar assistência médica, social, moral e material, fossem elas travestis ou não.[6][7] A casa, que ficava na Rua Major Diogo, 779, Bixiga, começou com três pacientes ainda no ano de sua compra.[8]
Em 1988, o cineasta suíço Pierre-Alain Meier dirigiu o filme-documentário intitulado Dores de Amor, no qual expôs a vida nua e crua de quatro mulheres transgêneras. Além da própria Brenda, figuravam Andréa de Mayo, Cláudia Wonder, Condessa Mônica e Thelma Lipp.[9]
No dia 28 de maio de 1996, Brenda foi assassinada com um tiro na boca e outro no peito, e seu corpo foi encontrado em um terreno baldio, pois descobrira que Gilmar Dantas Felismino, motorista da Casa de Apoio Brenda Lee, havia falsificado um cheque emitido por ela.[6] Sua missa de corpo presente — realizada pelo padre Júlio Lancellotti, representando o cardeal Dom Paulo Evaristo Arns — foi rezada na sede da casa de apoio, na rua Major Diogo, na Bela Vista.[6] O caso foi solucionado pela Equipe B-Leste da Divisão de Homicídios do DHPP da Polícia Civil de São Paulo e levou à prisão dos autores do crime, os irmãos Gilmar Dantas Felismino e José Rogério de Araújo Felismino; na época do crime, José Rogério era soldado da Polícia Militar.[2]
Em 29 de janeiro de 2019, o Google adicionou em sua página principal para o Brasil um doodle em homenagem ao Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais:[10]
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