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área das ciências da saúde Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Biomedicina (também conhecida como medicina ocidental, medicina tradicional ou medicina convencional)[1] é um ramo da ciência médica que aplica princípios biológicos e fisiológicos à prática clínica. A biomedicina enfatiza o tratamento padronizado e baseado em evidências, validado por meio de pesquisas biológicas, com tratamento administrado por médicos, enfermeiras e outros profissionais licenciados formalmente treinados.[2]
A biomedicina também pode se relacionar com muitas outras categorias em campos relacionados à saúde e biológicos. Tem sido o sistema dominante de medicina no mundo ocidental por mais de um século.[3][4][5][6]
Inclui muitas disciplinas biomédicas e áreas de especialidade que normalmente contêm o prefixo "bio-", como biologia molecular, bioquímica, biotecnologia, biologia celular, embriologia, nanobiotecnologia, engenharia biológica, biologia médica laboratorial, citogenética, genética, terapia genética, bioinformática, bioestatística, biologia de sistemas, neurociência, microbiologia, virologia, imunologia, parasitologia, fisiologia, patologia, anatomia, toxicologia e muitas outras que geralmente dizem respeito às ciências da vida aplicadas à medicina.
Inicialmente, com o objetivo de criar um curso de graduação com profissionais específicos para atuar, através do ingresso em programas de mestrado e doutorado, no ensino e pesquisas nas ciências básicas da saúde (ciências biomédicas), consequentemente, no desenvolvimento da saúde humana, foram implantados na UNIFESP e UERJ em 1966[7] os primeiros cursos de Biomedicina (antes denominados Ciências Biológicas - Modalidade Médica). Contudo, apenas em 1979 veio a regulamentação pela Lei Federal nº 6.684, de 03 de setembro de 1979 e Decreto Nº 88.439, de 28 de junho de 1983[8] das atividades exercidas pelos biomédicos que optavam pela carreira não universitária, sendo a principal entre elas, os serviços complementares de diagnósticos, pelo seu próprio currículo sólido no método científico e na pesquisa relacionada às doenças humanas. Como, de acordo com a legislação que as regulamenta, as carreiras em Biomedicina e em Biologia divergiam em atribuições diversas, o Presidente da República João Figueiredo, através da Lei Federal 7.017 - de 30 de Agosto de 1982, desmembrou os Conselhos, criando assim os sistemas Conselho Federal e Regionais de Biomedicina e os Conselho Federal e Regionais de Biologia e com isso os profissionais distintos: o Biomédico e o Biólogo. Atualmente o curso de graduação[9] é denominado Ciências biomédicas ou Biomedicina (Medicina Biológica).
O profissional formado em biomedicina está apto a realizar estudos, pesquisas experimentais e ensino[10] universitário (onde, normalmente, exige-se pós-graduação: Especialização, Mestrado ou Doutorado) em disciplinas biomédicas, tais como Anatomia, Biofísica, Bioquímica, Biologia Molecular, Embriologia, Farmacologia, Fisiologia, Fisiologia Clínica Geral, Genética Médica, Histologia, Imunologia, Microbiologia, Neurociências, Parasitologia, Patologia Geral, Psicobiologia, Biomedicina do Esporte e da Prática do Exercício Físico, Saúde Pública e Toxicologia.
No Brasil, os biomédicos dedicam-se principalmente (cerca de 80%[11]) às Análises Clínicas, que é a área responsável pela execução e liberação de exames laboratoriais. O biomédico habilitado em análises clínicas atua neste setor em todas as etapas, pré-analítica, analítica e pós-analítica, desde a coleta e recebimento de amostras, administração laboratorial, supervisão, gerenciamento da qualidade, responsabilidade técnica e analisando amostras biológicas tais como sangue, fezes, urina, escarro, líquidos corporais, entre outros, para a liberação de laudos que auxiliam no diagnóstico. O profissional biomédico também atua em todos os setores laboratoriais, como o de coleta de amostras, hematologia e hemostasia, bioquímica, endocrinologia, imunologia, microbiologia, urinálise, biologia molecular, parasitologia e gestão da qualidade. Para isto, durante a graduação, inserido na grade curricular do ciclo básico, estão o aprendizado sobre diversão áreas das ciências básicas, como a histologia, anatomia, biologia celular, biofísica, biomatemática, bioestatística, neurociências, bacteriologia, biossegurança, fisiologia, patologia, epidemiologia, entre outras, que ajudam a embasar o profissional para cursar as disciplinas específicas, que incluem o aprendizado sobre coleta e análise de diversos tipos de amostras biológicas para realização dos mais variados exames, como também supervisionar os respectivos setores de coleta e análise de materiais biológicos de qualquer estabelecimento que a isso se destine. Em relação a coleta de amostras, excetuam-se procedimentos invasivos como as biópsias, coleta de líquido cefalorraquidiano (líquor) e punção para obtenção de líquidos cavitários em qualquer situação;
No entanto, devido à sólida base que o profissional biomédico possui na área das ciências básicas da saúde, há uma variedade muito grande de áreas de atuação que o biomédico está habilitado para exercer, de acordo com a sua especialidade.
Uma das grandes áreas da biomedicina é a área da pesquisa científica, onde estes profissionais atuam como pesquisadores cientistas em centros de pesquisas, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Butantan, Instituto Nacional de Câncer (INCA), Instituto Nacional de Neurociência Translacional(INNT), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), Instituto Internacional de Neurociências de Natal (IINN-ELS), Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) etc.) e universidades,[12] contribuindo com o desenvolvimento científico trazendo novas descobertas no campo das pesquisas teóricas e o desenvolvimento de métodos diagnósticos, vacinas e medicações no campo das ciências aplicadas.
Para exercer suas atividades o biomédico deverá, além de estar inscrito em seu respectivo Conselho Regional de Biomedicina, atuar dentro de sua habilitação ou especialidade, a qual deverá ser reconhecida e regulamentada pelo Conselho Federal de Biomedicina. Desta forma, a habilitação será obtida através de:
Detalhes e descrição das atividades da profissão pode ser encontrado na Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego.
O Dia Nacional do Biomédico é comemorado em 20 de novembro, de acordo com a Lei nº 11.339, de 3 de Agosto de 2006.[16] No dia 15 de abril é comemorado o Dia Nacional do Biomédico Analista Clínico e o Dia Internacional do Biomédico (International Biomedical Laboratory Science Day).
A designação internacional da profissão é Biomedical Scientist ou Biomedical Laboratory Scientist. Nos EUA, a designação é Clinical Laboratory Scientist ou Medical Laboratory Technologist (denominação mais antiga). Em Portugal, Ciências Biomédicas Laboratoriais.[17]
A partir de 2016, surge o curso de licenciatura (equivalente a graduação no Brasil) e profissão de ciências biomédicas laboratoriais, a partir da fusão dos cursos e profissões de técnico de análises clínicas e de saúde pública e de técnico de anatomia patológica, citológica e tanatológica.[18]
O Técnico de Análises Clínicas e de Saúde Pública (TACSP), desenvolvia a sua actividade ao nível da Patologia clínica e da Saúde Pública, através do estudo, aplicação e avaliação das técnicas e métodos analíticos próprios, com fins de diagnóstico e rastreio, conforme D.L. 564/99 de 21 de Dezembro, e DL 320/99. Desenvolve a sua actividade em contexto laboratorial, no âmbito do diagnóstico, terapêutica e prevenção da doença, nomeadamente em áreas como a microbiologia, hematologia, química clínica, imunologia, endocrinologia, genética, imunohemoterapia, histocompatibilidade, bromatologia. Efectua colheitas de produtos biológicos, selecciona as técnicas, os equipamentos e os reagentes mais adequados ao trabalho a realizar; planeia, programa e efectua determinações analíticas, procedendo ao controlo e garantia da qualidade; regista e avalia os resultados em função do diagnóstico, tratamento ou rasteio a que se destinam.
Em Portugal, designa-se Técnico de Análises Clínicas e de Saúde pública, é o profissional que está abrangido pelo DL 261/93 (pré-ensino superior) ou aquele que detenha no mínimo um bacharel e a respectiva cédula profissional tal como o DL 320/99 assim o define. Desde a implementação do tratado de Bolonha que só se formam licenciados de 4 anos na área.
O conteúdo curricular do curso de biomedicina varia de acordo com a universidade. No geral, é composto por disciplinas como: Anatomia - Biologia Celular e Molecular - Histologia - Embriologia - Biofísica - Química Geral - Biomatemática - Físico-Química - Química analítica - Química Orgânica e Inorgânica - Bioquímica - Imunologia - Fisiologia - Genética - Metodologia Científica - Bioestatística - Biossegurança - Saúde Coletiva - Bioética - Bacteriologia - Micologia - Parasitologia - Virologia - Ecologia e Evolução - Radiobiologia - Exames citológicos - Biotecnologia - Análises Ambientais - Patologia Geral - Urinálise - Líquidos Biológicos - Parasitologia Clínica - Bioquímica Clínica - Microbiologia Clínica - Imunologia Clínica - Hematologia Clínica - Coleta de amostras biológicas - Gestão e Empreendedorismo - Controle de Qualidade - Epidemiologia - Farmacologia - Farmacologia de produtos naturais - Toxicologia - Animais de Laboratório - Biomedicina Estética - Imagenologia - Acupuntura - Fisiologia do Esporte - Psicobiologia - entre outras.
Algumas das habilitações[19] de um biomédico são:
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