Cisleitânia
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Cisleitânia (alemão: Cisleithanien, checo: Předlitavsko) era a parte austríaca da Áustria-Hungria, a monarquia dual criada em 1867 e dissolvida em 1918, após a derrota na Primeira Guerra Mundial. As terras das Cisleitânia, de certa maneira, continuavam a constituir o Império Austríaco e o nome oficial era "Die im Reichsrate vertretenen Königreiche und Länder" (ou, em português, "Os Reinos e Terras representados pelo Conselho Imperial).
Cisleitânia Die im Reichsrat vertretenen Königreiche und Länder (alemão) | |||||||||
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Capital | Viena | ||||||||
Línguas oficiais | Alemão Esloveno Checo Polonês Croata Sérvio Iídiche Ucraniano Romeno Italiano | ||||||||
Religiões | Catolicismo romano Protestantismo Ortodoxia oriental Judaísmo | ||||||||
História | |||||||||
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A capital da Cisleitânia era a cidade austríaca de Viena. O território tinha uma população de 28.571.900 em 1910.
O nome latino Cisleitânia deriva do rio Leitha,[1] que se encontrava a leste da parte austríaca do Império Austro-Húngaro. A Transleitânia, que representava as terras do Reino da Hungria dentro do sistema da monarquia dual, se encontrava do lado oriental do rio Leitha.
Apesar de tudo, nem "Cisleitânia" e nem "Transleitânia" eram termos em uso na Áustria.
A Cisleitânia consistia em quinze reinos e estados representados no Reichsrat austríaco (o parlamento da Cisleitânia).
State | Capital |
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Boêmia | Praga (Praga) |
Bucovina (Bucovina) | Czernowitz (Chernivtsi) |
Dalmácia | Zadar |
Galícia e Lodoméria | Lemberga (Lviv) |
Caríntia | Klagenfurt |
Carniola (Carniola) | Liubliana |
Litoral Austríaco (Küstenland) | Trieste |
Morávia | Brünn (Brno) |
Österreich, Nieder- (Baixa Áustria) | Viena |
Österreich, Ober- (Alta Áustria) | Linz |
Salzburgo | Salzburgo |
Silésia (Silésia) | Opava |
Estíria | Graz |
Tirol | Insbruque |
Vorarlberg | Bregenz |
Cada coroa possuía um parlamento regional, o Landtag, que enviava seus representantes para o Reichsrat até 1873, quando a população recebeu o sufrágio universal baseado nas diferenças entre classes sociais (as classes altas tinham mais influência nas eleições).
O Reichsrat (com 498 membros) era um palco para os confrontos nacionalistas entre os austríacos e o eslavos que viviam dentro das fronteiras do império, especialmente os checos. No começo, os austríacos dominaram o parlamento, mas os eslavos ganharam maioria depois de uma reforma eleitoral de 1907, que aboliu o sufrágio universal baseado nas classes sociais.
Para a representação de âmbito federal (finanças e defesa), o Reichsrat indicava uma delegação de sessenta membros para discutir estes assuntos com o imperador.
O parlamento era freqüentemente paralisado pelos conflitos entre as diferentes nacionalidades integrantes do império. A partir de 1909, o imperador Francisco José da Áustria passou a governar a Áustria-Hungria a partir de decretos imperais. O Reichsrat foi dissolvido temporariamente em março de 1914 e não voltou a se reunir até a morte de Francisco José e a ascensão do imperador Carlos I da Áustria em 1916.
De acordo com o censo realizado em 1910.[2]
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