Cristóvão Ferreira
escritor português / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Cristóvão Ferreira (c. 1580-1650) foi um jesuíta português, que notoriamente cometeu apostasia após ser torturado nos expurgos anticristãos do Japão. Nascido por volta de 1580, em Zibreira, Torres Novas, foi enviado para o Japão, onde missionou entre 1609 e 1633, chefiando os jesuítas durante a regência opressiva do xogunato Tokugawa. Detido em 1633, cometeu apostasia ao cabo de cinco horas de tortura, tornando-se o mais famoso dos «padres caídos». Mudou de nome para Sawano Chuan (em japonês: 沢野忠庵) e, em 1636, escreveu o livro intitulado A Decepção Revelada. Participou em julgamentos oficiais de outros jesuítas capturados.[1][2] Morreu em Nagasáqui em 1650.[3]
Cristóvão Ferreira | |
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Nascimento | 1580 Zibreira |
Morte | 4 de novembro de 1650 Nagasaki |
Sepultamento | Zuirinji Temple |
Cidadania | Reino de Portugal |
Ocupação | missionário, escritor |
Religião | catolicismo |
Em A Decepção Revelada, afirmou que Deus não criou o mundo e que, aliás, o mundo nunca foi criado; não existem inferno, paraíso ou predestinação; as crianças nado-mortas são inocentes do pecado original (que, em qualquer caso, não existe); o cristianismo foi uma invenção; pagamento de missas e indulgências, excomunhão, leis dietéticas, a virgindade de Maria, os Reis Magos, são disparates pegados; a Ressurreição de Jesus não passa de uma burla desprovida de fundamento, ridícula, escandalosa; sacramentos e confissões não têm sentido; a Eucaristia é uma metáfora e o Juízo Final uma ilusão inacreditável.