Demografia da Alemanha
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A Demografia da Alemanha é monitorada pelo Statistisches Bundesamt (Escritório Federal de Estatística Alemão). De acordo com o primeiro censo feito desde a reunificação, a população da Alemanha, em setembro de 2022, era de 84 270 625 pessoas,[1] fazendo deste país o décimo-sexto mais populoso do mundo e o mais populoso da União Europeia. Sua taxa de fecundidade é de 1,59 (em 2016), abaixo da taxa de reposição ideal que seria de 2,1.[2][3] Em 2008, a taxa de fertilidade andava paralelo a taxa de desenvolvimento (mulheres com menores índices de educação estavam tendo mais filhos, enquanto mulheres com alto nível acadêmico tendem a engravidar em nível bem menor).[4] Em 2011, no leste da Alemanha, este quadro mudou, com as mulheres com grandes níveis de educação tendo quase tantos filhos quanto as demais.[5] Pessoas que não tem religião tendem a ter menos filhos do que aqueles que se intitulam cristãos; dentre os cristãos, aqueles mais conservadores tendem a ter mais filhos que os progressistas.[6][7] A fertilização in vitro é legal na Alemanha, com idade limite de até 40 anos.[8]
O Fundo de População das Nações Unidas lista a Alemanha como o país com a segunda maior quantidade de imigrantes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.[9] Cerca de 20,8 milhões de pessoas que vivem em território alemão são ou imigrantes ou descendentes de imigrantes (de primeira e segunda geração, incluindo pessoas com etnia misturada com alemão e alemães étnicos repatriados de outras nações), ou aproximadamente um-quarto do número total de habitantes do país. Destes, cerca de 72% tinham origem europeia. Em 2018, aproximadamente 60,8 milhões de alemães não possuíam nenhuma origem estrangeira (uma queda de 10% se comparado com números de 2005), enquanto o número de estrangeiros subiu cerca de 30% no mesmo período.[10] Dentre a população estrangeira, perto de 96% residem na Alemanha Ocidental e em Berlim.[11] Ainda em 2018, perto de 52% dos estrangeiros vivendo na Alemanha (ou 10,9 milhões de pessoas) não tem cidadania alemã. O maior grupo étnico não-alemão são os turcos (quase 2,8 milhões de imigrantes e descendentes). Desde a década de 60, a Alemanha virou um grande centro para imigração e a partir da reunificação este número cresceu exponencialmente. A maioria dos novos imigrantes a partir da década de 1990 vinham da Europa meridional e oriental, além de asiáticos, pessoas do Oriente Médio, do continente americano e África. Após a Segunda Guerra Mundial, para ajudar na reconstrução, a Alemanha recebeu muitos trabalhadores estrangeiros, incluindo centenas de milhares de turcos. Com o passar das décadas, estes trabalhadores e seus descendentes receberam cidadania alemã. O país também foi se tornando um centro para refugiados, já que a constituição alemã lista "asilo político" como um direito humano, mas restrições foram, aos poucos, sendo implementadas ao longo dos anos.
Com uma economia de mercado aberto, mantendo paralelo a isso um Estado de bem-estar social, a Alemanha possui um dos maiores índices de produtividade econômica, educação e desenvolvimento tecnológico do mundo. Desde a Segunda Guerra Mundial, o número de estudantes estrangeiros que buscam entrar nas universidades alemãs mais que triplicou, e suas escolas de tecnologia e comércio estão entre as melhores do planeta. Com uma média de paridade do poder de compra de $41,370 em 2012,[12] a Alemanha é uma sociedade predominante de classe média, como altos padrões de qualidade de vida. Contudo, o número de crianças nascidas em pobreza vem crescendo, principalmente em regiões majoritariamente formadas por imigrantes. Em 1965, uma em cada 75 crianças nascidas na Alemanha estavam recebendo algum tipo de auxílio governamental. Em 2007, esse número havia subido vertiginosamente para uma em cada 6, embora o número de pessoas em pobreza absoluta tenha caído.[13]