Doença arterial coronariana
doença arterial caracterizada pela acumulação de placas ao longo das paredes interiores das artérias do coração, o que resulta no seu estreitamento e diminuição da irrigação sanguínea dos músculos cardíacos / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Doença arterial coronária (português europeu) ou doença arterial coronariana (português brasileiro) é um grupo de doenças que inclui angina estável, angina instável, enfarte do miocárdio e paragem cardiorrespiratória.[10] Este grupo faz parte de um grupo maior de doenças, denominado doenças cardiovasculares, do qual é o tipo mais comum.[11] O sintoma mais comum é dor ou desconforto no peito que se pode deslocar para o ombro, braço, costas, pescoço ou maxilar.[1] Ocasionalmente os sintomas podem ser semelhantes a azia. Geralmente os sintomas manifestam-se durante o exercício físico ou em situações de stresse, duram poucos minutos e melhoram com repouso.[1] Pode ainda verificar-se falta de ar. Em alguns casos não se manifestam sintomas.[1] Ocasionalmente, o primeiro sinal é um ataque cardíaco.[2] Entre outras complicações estão insuficiência cardíaca ou arritmia cardíaca.[2]
Doença arterial coronária | |
---|---|
Aterosclerose numa artéria coronária | |
Sinónimos | Doença arterial coronariana, doença coronária aterosclerótica, doença vascular aterosclerótica |
Especialidade | Cardiologia, cirurgia cardíaca |
Sintomas | Dor no peito, falta de ar[1] |
Complicações | Insuficiência cardíaca, arritmia cardíaca, enfarte do miocárdio, choque cardiogénico, parada cardíaca[2] |
Causas | Aterosclerose das artérias do coração[3] |
Fatores de risco | Hipertensão arterial, fumar, diabetes, falta de exercício físico, obesidade, colesterol elevado[3][4] |
Método de diagnóstico | Electrocardiograma, prova de esforço, coronariografia por tomografia computorizada e angiografia coronária por cateterismo[5] |
Prevenção | Dieta saudável, exercício regular, peso saudável, não fumar[6] |
Tratamento | Angioplastia coronária, cirurgia de bypass[7] |
Medicação | Aspirina, bloqueadores beta, nitroglicerina, estatinas[7] |
Frequência | 110 milhões (2015)[8] |
Mortes | 8,9 milhões (2015)[9] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | I20-I25, K76.1, I25.10, I25, I25.9, I25.1 |
CID-9 | 410-414.99, 414.0, 414.9, 414.00 |
CID-11 | 1059873720 |
OMIM | 300464, 607339, 608316, 608318, 608320, 610947, 611139, 612030, 614293 |
MedlinePlus | 007115 |
eMedicine | 349040 |
MeSH | D003324 |
Leia o aviso médico |
Entre os fatores de risco estão a hipertensão arterial, fumar, diabetes, falta de exercício, obesidade, colesterol elevado, dieta inadequada, consumo excessivo de bebidas alcoólicas[4][3] e depressão.[12] O mecanismo subjacente envolve a aterosclerose das artérias do coração.[3] Há vários exames que podem auxiliar o diagnóstico, incluindo eletrocardiogramas, provas de esforço, coronariografia por tomografia computorizada e angiografia coronária por cateterismo, entre outros.[5]
A prevenção consiste em manter uma dieta saudável, praticar exercício físico com regularidade, manter um peso saudável e não fumar.[6] Por vezes são também usados medicamentos para controlar a diabetes, o colesterol elevado ou a hipertensão arterial.[6] As evidências dos benefícios do rastreio em pessoas de baixo risco e sem sintomas são limitadas.[13] O tratamento consiste nas mesmas medidas de prevenção,[14][7] podendo ainda ser recomendados outros medicamentos, incluindo antiagregantes plaquetares como a aspirina, betabloqueadores ou nitroglicerina.[7] Nos casos graves pode ser consideradas intervenções como Angioplastia coronária ou cirurgia de bypass coronário.[7][15] No entanto, em pessoas com doença estável não é claro se estas intervenções aumentam a esperança de vida ou diminuem o risco de ataques cardíacos em relação aos restantes tratamentos.[16]
Em 2015, as doenças arteriais coronárias afetavam 110 milhões de pessoas em todo o mundo, tendo resultado em 8,9 milhões de mortes,[8][9] um aumento em relação às 5,74 milhões de mortes em 1990.[11] No entanto, o risco de morte por doenças coronárias em determinada idade tem vindo a diminuir entre 1980 e 2010, sobretudo nos países desenvolvidos.[17] O número de casos de doenças coronárias em determinada idade também tem vindo a diminuir entre 1990 e 2010.[18] Em 2010, nos Estados Unidos, cerca de 20% das pessoas com mais de 65 anos apresentavam doenças arteriais coronárias, enquanto entre os 45 e 64 anos a percentagem era de apenas 7% e entre os 18 e 45 anos de 1,3%.[19] Em dada idade, a prevalência da doença é maior entre homens do que em mulheres.[19]