Eleições estaduais na Paraíba em 2002
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As eleições estaduais na Paraíba aconteceram em 6 de outubro como parte das eleições gerais no Distrito Federal e em 26 estados. Foram escolhidos o governador Cássio Cunha Lima, a vice-governadora Lauremília Lucena, os senadores José Maranhão e Efraim Morais, 12 deputados federais e 36 estaduais. Como nenhum candidato a governador obteve metade dos votos válidos (50% + 1%), houve um segundo turno em 27 de outubro e conforme a Constituição a posse do governador e de sua vice-governadora se daria em 1º de janeiro de 2003 para quatro anos de mandato já sob a égide da reeleição.[1][2][3][4][nota 1]
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Eleições estaduais na Paraíba em 2002 | ||||||
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6 de outubro de 2002 (Primeiro turno) 27 de outubro de 2002 (Segundo turno) | ||||||
Candidato | Cássio Cunha Lima | Roberto Paulino | ||||
Partido | PSDB | PMDB | ||||
Natural de | Campina Grande, PB | Guarabira, PB | ||||
Vice | Lauremília Lucena | Gervásio Maia | ||||
Votos | 889.922 | 843.127 | ||||
Porcentagem | 51,35% | 48,65% | ||||
Candidato mais votado por município no 2.º turno (223):
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Titular Eleito | ||||||
Nascido em Campina Grande o governador Cássio Cunha Lima graduou-se advogado em 1991 pela Universidade Federal da Paraíba. Nessa época já estava na vida política, posto que fora eleito deputado federal pelo PMDB em 1986. Membro da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988 elegeu-se prefeito de sua cidade natal no mesmo ano, contudo renunciou em 3 de dezembro de 1992 para assumir a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste por escolha do presidente Itamar Franco após indicação de seu partido.[5][6][7] Sua gestão à frente do órgão durou treze meses e foi alvo de denúncias e críticas por parte de adversários políticos e suscitou o rumoroso episódio onde seu pai, o então governador Ronaldo Cunha Lima, atirou duas vezes à queima-roupa contra Tarcísio Burity no Restaurante "Gulliver", em João Pessoa.[8][9][10] Eleito deputado federal em 1994, retornou à prefeitura de Campina Grande em 1996 sendo reeleito no ano 2000. Após migrar para o PSDB (Partido Social Democrata Brasileiro) foi eleito governador da Paraíba em 2002.[nota 2]
Em meio aos resultados do pleito a odontóloga Lauremília Lucena chamou a atenção por ser a primeira mulher eleita para um cargo executivo na seara estadual. Natural de Sousa, ela foi eleita vice-governadora e é esposa de Cícero Lucena, prefeito de João Pessoa na época da eleição.[11]
Advogado nascido em Araruna e formado na Universidade Federal da Paraíba, José Maranhão começou sua vida política no PTB onde foi eleito deputado estadual em 1954, 1958 e 1962 ocupando a Secretaria de Agricultura no governo José Fernandes de Lima. Adversário do Regime Militar de 1964 obteve um novo mandato pelo MDB em 1966, mas foi cassado pelo Ato Institucional Número Cinco em 1969.[12] Ficou então alheio à política até ingressar no PMDB e ser eleito deputado federal em 1982, 1986 e 1990.[13] Favorável à emenda Dante de Oliveira, eleitor de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, esteve presente na elaboração da Constituição de 1988 e votou a favor do impeachment de Fernando Collor em 1992.[3][14][15][16] Eleito vice-governador na chapa de Antônio Mariz em 1994, foi efetivado em setembro de 1995 após a morte do titular. Reeleito governador da Paraíba em 1998, renunciou ao cargo em 2002 e foi eleito senador.[17]
Engenheiro civil diplomado em 1977 na Universidade Federal da Paraíba, o professor Efraim Morais nasceu em Santa Luzia. Chefe da Carteira de Habitação do Instituto de Previdência do Estado da Paraíba em Campina Grande durante o governo Ivan Bichara e diretor-técnico da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado da Paraíba no primeiro governo Tarcísio Burity, ingressou no PDS e foi eleito deputado estadual em 1982. Criado o PFL, trocou de legenda e foi reeleito em 1986. Em 1990 foi eleito deputado federal ausentando-se na votação sobre a abertura do impeachment de Fernando Collor em 1992, fato que não o impediu de ser reeleito em 1994 e 1998. Sua primeira experiência numa disputa majoritária aconteceu em 2002 quando obteve o mandato de senador.[18][19]