Eleições legislativas portuguesas de 1985
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As eleições legislativas portuguesas de 1985 foram realizadas no dia 6 de outubro de 1985. Estas eleições foram antecipadas após Mário Soares, primeiro-ministro entre 1983 a 1985, apresentar a sua demissão após o PSD romper o Bloco Central com o PS. Cavaco Silva, o novo líder do PSD, era um forte crítico de tal solução governativa e rompeu com tal coligação após ser eleito presidente do partido.[1]
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250 lugares da Assembleia da República 125 assentos necessários para maioria | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Comparecimento | 74.16 3.63 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Lista com partidos que ganharam assentos. Confira o resultado abaixo.
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O PSD conseguia um feito histórico e, pela primeira vez concorrendo sozinho, vence umas eleições legislativas e torna-se o maior partido. Apesar desta vitória, os social-democratas ficaram longe de uma maioria parlamentar ao obterem 29,9% e 88 deputados.[2]
O PS, liderado por Almeida Santos, obtinha o seu pior resultado de sempre em eleições nacionais ao ficar-se pelos 20,8% dos votos e perdendo mais de 40 deputados em relação a 1983.[3]
A grande surpresa foi a erupção do Partido Renovador Democrático (PRD) que era bastante próximo do presidente Eanes. Beneficiando de um clima de desilusão em relação aos partidos existentes, o PRD conseguia 18% dos votos e 45 deputados.[4]
A APU liderada pelos comunistas iniciava um longo declínio eleitoral ao perder 6 deputados e obter 15,5% dos votos. Apesar disto, nunca a coligação liderou em tantos círculos eleitorais, visto que conseguiu pela primeira e única vez ser a primeira força política em Portalegre.
Por fim, o CDS, assim como a APU, continuava a perder votos e deputados ao ficar-se pelos 22 deputados e 10,0%.
Cavaco Silva, líder do PSD, tornar-se-ia Primeiro-Ministro após as eleições ao formar um governo minoritário com o apoio parlamentar do CDS e PRD.[2] Porém, o PRD iria romper com o seu apoio em 1987.[4]