Eleições legislativas portuguesas de 2002
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As eleições legislativas portuguesas de 2002 realizaram-se a 17 de março na sequência da dissolução da Assembleia da República em dezembro de 2001. Estas eleições foram antecipadas como sequência após António Guterres, primeiro-ministro desde 1995 e líder do PS, se ter demitido após a derrota socialista nas autárquicas de 2001.[1]
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230 lugares da Assembleia da República 116 assentos necessários para maioria | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Comparecimento | 61.48 0.39 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Lista com partidos que ganharam assentos. Confira o resultado abaixo.
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O PSD com Durão Barroso ao leme de novo voltava a vencer as eleições legislativas, 11 anos depois da última vitória em 1991.[2] Com 40,2% e 105 deputados, o PSD tornava-se o maior partido embora sem ter a maioria absoluta. O PS, liderado por Ferro Rodrigues, perdia mas com um resultado superior ao esperado ao conseguir 38% dos votos e 96 deputados. Os socialistas conseguiam vencer nos distritos de Lisboa e Porto e a diferença de 2% entre PSD e PS faziam destas as eleições mais renhidas de sempre.[3] Quase 80% dos eleitores votaram PSD ou PS, demonstrando assim a forte bipolarização da política nacional.
O CDS-PP com Paulo Portas perdia um deputado mas repetia os resultados de 1999, ao conseguir 8,7% dos votos. A coligação liderada pelo PCP (CDU) obtinha o pior resultado de sempre ao ficar-se abaixo dos 7% e perdendo cinco deputados. De realçar o péssimo resultado dos comunistas nos bastiões de Setúbal e Évora, onde ficaram atrás de PS e PSD. Por fim, o Bloco de Esquerda consolidava-se na política nacional ao eleger mais um deputado e passando assim a ter três deputados.
Apesar de uma ligeira subida, a participação continuava baixa com apenas 61,5% dos portugueses a votarem.
Após as eleições, o PSD formaria um governo de coligação com o CDS, sendo este o primeiro governo deste género desde o Bloco Central em 1983.[2] Em 2004, Durão Barroso deixava o cargo de Primeiro-Ministro para se tornar Presidente da Comissão Europeia[4] e seria substituído no cargo por Santana Lopes.[5] Santana Lopes iria durar poucos meses no cargo e voltariam a haver eleições antecipadas em 2005.[6]