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Eva Schloss (MBE[1]) (Viena, 11 de maio de 1929) é uma escritora, educadora e sobrevivente judia dos campos de concentração de Auschwitz-Birkenau, nascida na Áustria.
Eva Schloss | |
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Eva em 1989 | |
Nascimento | 11 de maio de 1929 (95 anos) Viena, Primeira República Austríaca |
Residência | Londres, Reino Unido |
Alma mater | Universidade de Amsterdã |
Ocupação | escritora |
Nascida Eva Geiringer, é enteada de Otto Frank, pai de Anne Frank. Eva fala publicamente sobre suas experiência durante a Segunda Guerra Mundial, sendo autora da autobiografia Depois de Auschwitz.[2][3]
Eva nasceu em Viena, em 1929, no seio de uma família judaica. Era filha de Elfriede Geiringer com Erich Geiringer (1901-1945). Seu irmão mais velho, Heinz, nasceu em 1926, com quem adorava esquiar nas montanhas no inverno e nadar no lago nos meses de verão. Mas com a Anschluss, em 1938, sua família começou a ser evitada até mesmo pelos amigos. Seu irmão, Heinz, chegou a ser atacado na rua por colegas de escola, enquanto os professores assistiam. Uma das melhores amigas de Eva, uma garota católica em Viena, se recusou a recebê-la e a mãe da menina bateu a porta na sua frente.[3][4]
Para tentar fugir da perseguição, a família emigrou primeiro para a Bélgica até se estabelecer nos Países Baixos, onde morou no mesmo prédio em Amsterdã que Anne Frank. Costumavam brincar juntas já que tinham uma pequena diferença de idade.[5] Pouco tempo depois da família chegar a Amsterdã, em 1940, os nazistas invadiram a Holanda e a perseguição aos judeus logo começou. Eles tentaram deixar o país, mas desta vez não conseguiram.[3][6]
Em 1942, as duas garotas se escondiam dos nazistas que caçavam judeus na cidade. A família Geiringer se dividiu estrategicamente em casas diferentes a fim de evitar a prisão da família inteira: Eva se refugiou com a mãe, enquanto seu irmão, Heinz, se escondeu com o pai. Porém, em maio de 1944, sua família foi presa pelos nazistas depois de ser traída por um agente duplo da resistência holandesa e foi transferida para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau.[4]
A família foi separada ao chegar no campo. Quando os alemães abandonaram Auschwitz, eles levaram um contingente de prisioneiros, no que ficou conhecido como a Marcha da Morte, e entre eles estavam Erich e Heinz. Tanto Eva quanto sua mãe estavam em péssimas condições de saúde quando foram libertadas do campo por tropas soviéticas.[5][7]
Depois de se recuperarem em um hospital, ambas retornaram para Amsterdã, na esperança de descobrir o que acontera a Erich e Heinz. Mas infelizmente, em agosto de 1945, Eva descobriu que seu pai e irmão foram forçados a marchar até Mauthausen, na Áustria, o último campo de concentração a ser liberado pelos aliados. Heinz morreu de exaustão, e seu pai faleceu apenas três dias antes do fim da guerra.[3][6]
Elas reencontraram Otto Frank que na época ainda se recuperava da perda de toda a família e tinha acabado de descobrir o diário da filha, Anne. Em novembro de 1953, Elfriede se casou com Otto.[5][3][8]
Eva retomou os estudos, ingressando no curso de história da arte na Universidade de Amsterdã. Viajou para a Inglaterra para estudar fotografia por um ano. Lá conheceu Zvi Schloss, refugiado judeu, nascido na Alemanha, cujo pai esteve preso no Campo de concentração de Dachau e que morava no Mandato Britânico da Palestina. Eva e Zvi se casaram em 1952. O casal acabou se estabelecendo em Londres e ganharam a cidadania britânica.[9][6]
O casal teve três filhas. Zvi faleceu em 2016.[10]
Como um gesto de reconciliação com seu país de origem, Eva se tornou novamente cidadã da Áustria, em junho de 2021.[9]
Eva não falou de suas experiências no campo de concentração até a morto de Otto Frank, em 1980. Tendo visto o envolvimento emocional de Otto com a memória da filha, Eva se sentiu responsável por manter o legado de Anne Frank e seu nome vivos. Eva então começou a falar sobre as experiências de sua família durante o Holocausto em escolas e universidades.[5]
Em um esforço de manter viva as memórias de sobreviventes do Holocausto para as futuras gerações, Eva participa da Fundação Shoah, onde respondeu a várias perguntas sobre suas experiências na Segunda Guerra, enquanto era gravada e preservada em arquivo.[11]
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