Francisco Alves
cantor brasileiro / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Francisco de Morais Alves, mais conhecido por Francisco Alves, Chico Alves ou Chico Viola (Rio de Janeiro, 19 de agosto de 1898 — Pindamonhangaba, 27 de setembro de 1952), considerado um dos maiores, mais populares e versáteis cantores brasileiros.[2] A qualidade de seu trabalho lhe rendeu em 1933 a alcunha de "Rei da Voz", dada pelo radialista César Ladeira.[3] Foi, ainda, peça decisiva para a construção de vários gêneros populares da música.[4]
Francisco Alves | |
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Informação geral | |
Nome completo | Francisco de Morais Alves |
Também conhecido(a) como | Chico Alves Chico Viola Rei da Voz |
Nascimento | 19 de agosto de 1898 |
Local de nascimento | Rio de Janeiro, RJ |
Morte | 27 de setembro de 1952 (54 anos) |
Local de morte | Pindamonhangaba, SP |
Nacionalidade | brasileiro |
Gênero(s) | samba maxixe marchinha |
Cônjuge | Perpétua Guerra Tutóia (1920) Célia Zenatti (1921—1949) |
Instrumento(s) | violão |
Extensão vocal | tenor barítono[1] |
Período em atividade | 1918-1952 |
Gravadora(s) | Lista
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Afiliação(ões) | dupla com Mário Reis trio com Noel Rosa e Ismael Silva "Ases do Samba" |
Alves era uma figura alta e magra; andava sempre elegante e bem penteado; muito sorridente e avesso às bebidas.[5] Como seu ídolo Vicente Celestino, tinha uma voz de tenor mas, com o tempo, consolidou-se em barítono.[1] De origem humilde, deixou uma vasta produção de mais de quinhentos discos;[nota 1] sua morte trágica causou imensa comoção no país, num sentimento que um de seus biógrafos, David Nasser (que também era amigo e compositor de algumas músicas por ele interpretadas), escreveu: "Tu, só tu, madeira fria, sentirás toda agonia do silêncio do cantor".[3] A despeito disso, muitos no meio artístico o consideravam bruto, de poucos amigos e vários desafetos.[6]
Foi dele a primeira gravação de disco elétrico feita no Brasil.[7] Graças a ele compositores como Cartola, Heitor dos Prazeres ou Ismael Silva vieram a ser consagrados, o mesmo ocorrendo com várias canções que interpretou, como Ai! que saudade da Amélia,[8] ou a primeira gravação do samba Aquarela do Brasil do parceiro Ary Barroso.[3] Representava para o país, quando de sua morte, o que o cantor Maurice Chevalier era para a França: um "caso raro" — como então registrou o Jornal do Brasil.[9]