Genocídio armênio
assassinato em massa no Império Otomano de 1915–1917 contra o povo armênio / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Genocídio Armênio (português brasileiro) ou Arménio (português europeu)[5] (em armênio/arménio: Հայոց ցեղասպանություն; Hayots tseghaspanutyun), também conhecido como Holocausto Armênio,[6] Massacre Armênio e, tradicionalmente, como Medz Yeghern (em armênio: Մեծ Եղեռն; "Grande Crime")[7] foi o extermínio sistemático pelo governo otomano de seus súditos armênios, minoritários dentro de sua pátria histórica, que se encontra no território que constitui a atual República da Turquia. O número total de pessoas mortas como resultado do genocídio é estimado entre 800 mil e 1,8 milhão. O dia 24 de abril de 1915 é convencionalmente considerado a data de início dos massacres, quando as autoridades otomanas caçaram, prenderam e executaram cerca de 250 intelectuais e líderes comunitários armênios em Constantinopla.
Genocídio armênio | |
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Armênios escoltados por soldados otomanos marchando da cidade de Harput (atual Elazığ) para um campo de prisioneiros, abril de 1915. | |
Local: | Império Otomano |
Contexto: | Primeira Guerra Mundial Guerra de independência turca |
Período: | 1915-1923 |
Vítimas: | Armênios |
Tipo de agressão: | Deportação, Assassinato em massa |
Número de vítimas: | 800 000 - 1 800 000[1][2][3][4] |
Responsáveis: | Império Otomano |
O genocídio foi realizado durante e após a Primeira Guerra Mundial e executado em duas fases: a matança da população masculina sã através de massacres e sujeição de recrutas do exército para o trabalho forçado, seguida pela deportação de mulheres, crianças, idosos e enfermos em marchas da morte que levavam ao deserto sírio. Impulsionada por escoltas militares, os deportados foram privados de comida e água e submetidos a roubos, estupros e massacres periódicos.[8][9][10] Outros grupos étnicos nativos e cristãos, como os assírios e gregos otomanos, também foram igualmente perseguidos pelo governo otomano e seu tratamento é considerado por muitos historiadores como parte da mesma política genocida. A maioria das comunidades armênias que surgem após a diáspora deste povo por todo o mundo são um resultado direto do genocídio.
Raphael Lemkin foi expressamente movido pela aniquilação dos armênios ao cunhar a palavra genocídio em 1943 e definir extermínios sistemáticos e premeditados dentro dos parâmetros legais.[11] O genocídio armênio é reconhecido como tendo sido um dos primeiros genocídios modernos,[12][13][14] os estudiosos apontam para a forma organizada em que os assassinatos foram realizados a fim de eliminar o povo armênio, e é o segundo caso mais estudado de genocídio após o Holocausto, promovido pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.[15] Atualmente este conceito é contestado por autores da segunda metade do século XX, pois o Império nunca teve uma concepção étnica ou colonial de Estado antes do genocídio, diferente do colonialismo europeu.[16][17][18]
A Turquia, o Estado sucessor do Império Otomano, nega o termo "genocídio" como uma definição exata para os assassinatos em massa de armênios, que começaram sob o domínio otomano em 1915. Nos últimos anos, o governo turco tem enfrentado seguidas reivindicações para reconhecer o episódio como um genocídio. Até o momento, 29 países reconheceram oficialmente os assassinatos em massa como um genocídio,[19] uma visão que é compartilhada pela maioria dos estudiosos e historiadores deste período histórico.