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Iberospinus é um gênero de dinossauros terópodes do grupo dos Espinossaurídeos, nativo da Formação Papo Seco, do Centro-Oeste de Portugal. Essa formação data do Cretáceo Inferior, durante a idade Barremiana, há cerca de 129 a 125 milhões de anos. Até o momento, somente uma espécie foi nomeada, Iberospinus natarioi. O nome do gênero significa "Espinha da Ibéria", em alusão às espinhas neurais alongadas típicas do clado Spinosauridae e ao lugar que foi encontrado, a Península Ibérica.[1]
Iberospinus | |
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Diagrama esquelético do Baryonyx relacionado, mostrando os ossos conhecidos de Iberospinus em vermelho (Scott Hartman) | |
Classificação científica | |
Domínio: | Eukaryota |
Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Clado: | Dinosauria |
Clado: | Saurischia |
Clado: | Theropoda |
Família: | †Spinosauridae |
Gênero: | †Iberospinus Mateus & Estraviz-López, 2022 |
Espécies: | †I. natarioi |
Nome binomial | |
†Iberospinus natarioi Mateus & Estraviz-López, 2022 | |
Este é o primeiro espinossaurídeo descrito de Portugal e o terceiro da Península Ibérica, junto com Camarillasaurus e Vallibonavenatrix.[1]
O holótipo do gênero, o espécime ML1190, consiste em: fragmentos do dentário, dentes, uma escápula direita fragmentária, partes de costelas, vértebras dorsais e caudais, um pedúnculo do púbis, um calcâneo e uma falange ungual pedal. Esses elementos foram encontrados associados em uma área de 5x2 metros, levando a conclusão que são parte de um mesmo indivíduo. Os fósseis foram escavados em várias expedições durante os anos de 1999, 2004, 2008 e 2020, na localidade da Praia das Aguncheiras, cidade de Sesimbra, distrito de Setúbal, região Centro-Oeste de Portugal. As rochas desse sítio são afloramentos da Formação Papo Seco, que data da idade Barremiana do Cretáceo Inferior, há entre 129 a 125 milhões de anos.[1]
O nome Iberospinus une Ibero, que se refere a Península Ibérica, e Spinus, que significa espinha em Latim, em alusão às espinhas neurais alongados típicas do clado Spinosauridae. Já o epíteto específico I.natarioi homenageia Carlos Natário, descobridor do espécime. Assim temos: "Espinha Ibérica de Carlos Natário".[1]
Tal como a maioria dos outros espinossaurídeos, o Iberospinus provavelmente era um terópode bípede e de cauda longa, adaptado para pescar fora e possivelmente dentro de água.[1]
A Formação Papo Seco também produziu fósseis de ornitópodes, saurópodes e terópodes indeterminados, e nenhum foi nomeado até agora.[1]
Mesmo antes de ser nomeado, o Iberospinus já foi inserido em diversas análises filogenéticas. Inicialmente, Iberospinus foi classficado como parte do gênero Baryonyx ou até da espécie B.walkerii.[2] Após novas análises, foi classificado como grupo irmão de Baryonychinae e Spinosaurinae, um pouco mais basal, em uma tricotomia. Na descrição de Ceratosuchops e Riparovenator ele foi encontrado como táxon mais próximo de Baryonyx, e ambos agrupados junto com Ceratosuchopsini dentro de Baryonychinae, porém na sua descrição a sua classificação mais antiga foi novamente encontrada, onde está em uma tricotomia. Mesmo assim, existem algumas características que indicariam um parentesco mais próximo com os Baryonchinae, porém material mais completo é necessário.[1][2][3][4]
Filogenia de Arden et al, 2018 (originalmente citado como "Táxon da Praia das Aguncheiras"):[3]
Spinosauridae |
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Filogenia de Barker et al, 2021 (Originalmente citado como "ML1190/cf. Baryonyx sp.):[4]
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Filogenia de Mateus & Estraviz-López (2022), o artigo de nomeação de Iberospinus:[1]
Spinosauridae |
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