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Isaac Casaubon, também por vezes Isaac Casaubono[1] (Genebra, 18 de fevereiro de 1559 - Londres, 1 de julho de 1614) foi um erudito protestante e humanista, ativo primeiro na França e mais tarde na Inglaterra. É considerado o mais importante estudioso helenista da sua época.
Isaac Casaubon | |
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Nascimento | 18 de fevereiro de 1559 Genebra, Suíça |
Morte | 1 de julho de 1614 (-29 anos) Londres, Inglaterra |
Sepultamento | Abadia de Westminster |
Cidadania | França, Reino da Inglaterra, República de Genebra |
Progenitores |
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Filho(a)(s) | Méric Casaubon |
Alma mater | |
Ocupação | Teólogo, filólogo, helenista |
Empregador(a) | Collège de France, Universidade de Genebra |
Religião | calvinismo |
Casaubon nasceu em Genebra, filho de pais huguenotes que haviam fugido das perseguições religiosas da França.[2] Foi educado pelo pai até a juventude e entrou para a Academia de Genebra, onde passou a dar aulas de grego. Em 1586 foi à França lecionar na Universidade de Montpellier, e daí partiu a Paris, a convite de seus amigos eruditos.[3] Em 1600 chegou à cidade, onde tomou parte de uma disputa religiosa entre católicos e protestantes sobre a Eucaristia. Nesta disputa, Casaubon apoiou a visão católica, o que lhe valeu o ressentimento protestante.[2][3] Em Paris trabalhou na Biblioteca Real, mas recusou-se a se converter ao catolicismo.[2]
Em 1610, após o assassinato de Henrique IV de França, seu protetor, Casaubon mudou-se à Inglaterra. Foi bem recebido pelo rei, Jaime I, assim como pelos arcebispos anglicanos, o que o fez converter-se à Igreja Anglicana e trabalhar na Catedral da Cantuária.[2] Trabalhou na refutação do Catolicismo, especialmente contra as ideias de César Barônio e seus Annales eclesiastici, uma história cristã da humanidade escrita desde uma perspectiva antiprotestante.[3] Em 1611 adotou a cidadania inglesa, morrendo em Londres em 1614. Está sepultado na Abadia de Westminster.[2]
Como humanista, Casaubon destacou-se na edição de obras de escritores gregos clássicos.[2] Em 1587, em Genebra, Casaubon publicou uma edição da obra de Estrabão e comentários ao Novo Testamento.[3] Na mesma cidade publicou em 1590 as obras de Aristóteles em grego e latim, seguida em 1592 por uma edição d'Os Caracteres de Teofrasto, o que permitiu um ressurgimento do interesse pelo autor.[3]
Em Paris, sua edição mais importante foi a dedicada ao historiador Políbio. Na Inglaterra redatou uma refutação ao cardeal César Barônio, publicando a primeira parte em 1614. Morreu sem terminá-la, mas o tomo editado foi uma importante obra para a teologia da época.[3]
O narrador-personagem do romance O Pêndulo de Foucault, de Umberto Eco, chama-se Casaubon em referência ao erudito.
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